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Segunda-feira, 7 de Março de 2016 | Horário: 17:44

Obras ampliam em 12 anos vida útil do aterro de São Mateus

O aterro sanitário de São Mateus, zona leste, ganhará mais 12 anos de vida útil com obras que possibilitarão o descarte adequado de mais 26,8 milhões toneladas de resíduos. A intervenção cria um novo setor com a interligação dos aterros Central de Tratamento de Resíduos Leste (CTL) e São João. A previsão é a que intervenção esteja concluída no fim de 2016.

Os aterros sanitários são grandes áreas preparadas tecnicamente para receber os resíduos coletados na cidade de São Paulo. Essas áreas utilizam tecnologias de manejo ambiental que evitam a contaminação do lençol freático, solo e rios. Em São Mateus, os gases emitidos são monitorados, extraídos e comercializados. O chorume produzido é coletado e tratado. Outro cuidado é que todo resíduo colocado é coberto com camadas de solo, reduzindo odores e a atração de animais.

“Este aterro de São Mateus é o melhor do Brasil, o que tem mais tecnologia. Em 2013, ele só tinha mais dois anos de vida. Então se não tivéssemos trabalhado na ampliação, neste momento não teríamos mais onde depositar resíduos”, explica o secretário Simão Pedro (Serviços). Segundo o secretário, o esgotamento da área causaria ampliação de custos para a prefeitura, com a necessidade de alugar uma área fora da cidade e de transportar os resíduos até o local.

Para modernizar as áreas, é necessário efetuar a realocação de 3,3 quilômetros da Estrada do Sapopemba e implantar um viaduto com 140 metros de extensão. Isso porque a via passa entre os dois aterros. Estas intervenções integram as duas primeiras fases de obras, atualmente em curso. Essas intervenções geram uma área reconformada e impermeabilizada para disposição de resíduos de 112 mil metros quadrados.

Nas duas fases seguintes serão realizados o remanejamento das antigas lagoas de acumulação e tratamento preliminar de chorume e também construção de novos reservatórios. Também serão realocadas as áreas de apoio operacional e administrativo. A terceira e quarta etapas gerarão área de 60 mil metros quadrados para disposição de resíduos. Em seguida, o aterro estará pronto para a disposição da quantidade de resíduos planejada. No total, a área recebe investimentos de cerca de R$ 300 milhões da concessionária EcoUrbis.

O aterro CTL teve operação iniciada em 2010 e tem área de aproximadamente 1 milhão de metros quadrados, dos quais quase 400 mil metros quadrados (34%) são utilizados para disposição final dos resíduos sólidos urbanos. O restante do espaço é destinado à faixa de proteção ambiental, à revegetação de áreas internas, à estação de queima centralizada de biogás, a balanças e demais unidades de apoio operacional. Atualmente o local recebe cerca de 7 mil toneladas/dia de resíduos domiciliares coletados pela EcoUrbis, que atende as regiões Leste e Sul da capital.

Já o aterro São João funcionou entre 2004 e 2009, quando recebeu aproximadamente 30 milhões de toneladas de resíduos, com média diária de 6 mil toneladas. Como compensação ambiental do aterro desativado, já foram plantadas 62 mil mudas de árvores de espécies nativas do planalto brasileiro em área aproximada de 760 mil metros quadrados.

Resíduos sólidos
Atualmente o município utiliza três aterros para dispor os resíduos domiciliares e de varrição coletados: Aterro Sanitário Caieiras, Aterro Sanitário Centro de Disposição de Resíduos (CDR) Pedreira e o Aterro Sanitário Central de Tratamento de Resíduos Leste (CTL).


A vida útil dos aterros da capital será ampliada ainda mais por meio de políticas públicas de reciclagem e de compostagem. “São números impressionantes que a cidade recolhe todos os dias e dá um destino correto. Com a reciclagem e a compostagem, em 20 anos, os aterros existirão apenas para receber os rejeitos, que são 18% das 20 mil toneladas que nós coletamos por dia”, afirma Simão Pedro.

Com o aumento da oferta do serviço de coleta seletiva, o volume de descarte correto de recicláveis cresceu 62,8% na comparação com 2012. Somente em 2015, a Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb) coletou  86.110 toneladas por meio do Programa de Coleta Seletiva, mais que o dobro do volume que era coletado em 2012.

Para absorver um volume maior de resíduos e dar a destinação correta, como preconiza o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, o município também aumentou sua capacidade de processamento. Houve a inauguração das duas primeiras centrais mecanizadas, em Santo Amaro e Ponte Pequena, implantadas pelas empresas concessionárias do serviço de coleta domiciliar e seletiva e outras duas centrais estão previstas até o fim de 2016.

Outra inovação foi a abertura da primeira central de compostagem do programa Feiras e Jardins Sustentáveis, que processa resíduos orgânicos (frutas, legumes e verduras) coletados nas feiras livres de São Paulo. Na central, aberta na Lapa, o material é transformado em adubo ecológico. O equipamento servirá de referência para outros pátios e quatro centrais de compostagem que serão implantados na cidade em 2016.

Segundo dados de 2008, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE na Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, 99,96% dos municípios brasileiros têm serviços de manejo de Resíduos Sólidos, mas 50,75% deles dispõem seus resíduos em vazadouros (lixões); 22,54% em aterros controlados e 27,68% em aterros sanitários. Esses mesmos dados apontam que 3,79% dos municípios têm unidade de compostagem de resíduos orgânicos; 11,56% têm unidade de triagem de resíduos recicláveis e 0,61% têm unidade de tratamento por incineração.

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Crédito: Cesar Ogata/SECOM
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