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Sexta-feira, 18 de Novembro de 2016

Prefeitura intensifica ações de combate à dengue para 2017, após queda de 85% dos casos neste ano

Horário: 00:00
Medidas inovadoras como a aplicação de larvicidas, o teste rápido e a redução pela metade do tempo de processamento dos exames serão ampliadas em 2017. Neste sábado (19), será realizado o Dia ‘D’ contra o Aedes aegypti
1004210-Coletiva para divulgação das ações no combate ao mosquito Aedes aegypti 2016-2017

As ações adotadas pela Prefeitura de São Paulo para o combate ao Aedes aegypti reduziram em quase 85% o número de casos confirmados de dengue na capital paulista e em 72% as mortes causadas pela doença, na comparação entre janeiro a outubro de 2015 e o mesmo período deste ano. De acordo com dados apresentados nesta sexta-feira (18) pela Secretaria Municipal da Saúde, enquanto nos dez primeiros meses de 2015 foram registrados 100.278 casos de dengue e 25 mortes, neste ano os números caíram para 15.946 casos e sete óbitos. A divulgação do balanço dá início às ações do Dia ‘D’ - Todos juntos contra o Aedes aegypti, que será realizado neste sábado (19).

De acordo com o secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha, a queda se deve à participação da população e a inovações adotadas pela Prefeitura, como a aplicação de larvicida por nebulização. A iniciativa reduziu o índice predial da Avaliação de Densidade Larvária (ADL), ou seja, a presença de larvas em imóveis, de 1,03 por 100 mil em fevereiro de 2015 para 0,75 no mesmo mês deste ano, e para 0,4 em outubro de 2016.

Outra medida de impacto foi a utilização do agente aéreo de combate ao aedes aegypti que, por meio de um drone, realizou 50 voos em locais de difícil acesso em 21 subprefeituras buscando focos de proliferação, que depois puderam ser vistoriados com apoio da Lei Municipal nº 16.273, que garantiu a entrada forçada dos agentes. Foram realizadas oito entradas desse tipo, além das que foram franqueadas após notificação. Na identificação da doença, além de mudanças de protocolos, houve aquisição de kits de teste rápido da dengue, que determina o resultado em até 20 minutos. 

“É muito importante manter a atenção. Nós reduzimos em 85% o número de casos, em 72% o número de óbitos, mas isso só foi possível porque alertamos a população, trabalhamos, tivemos iniciativas inovadoras como o uso do teste rápido e o larvicida, sobretudo porque a população estava mais atenta a isso. A população pode ter aprendido com o que foi [feito] em 2016 e temos que manter o mesmo nível de alerta em 2017”, afirmou Padilha.

A redução do tempo para o processamento do resultado do hemograma dengue, que detecta a queda de plaquetas no sangue caiu, no período de pico da doença, de seis para três horas, em média, nos hospitais e prontos socorros. Nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), o resultado saiu no máximo na manhã seguinte à coletagem. Para 2017, essas medidas serão mantidas e aprofundadas, segundo Padilha, com a viabilização de 50 mil novos kits, a manutenção da redução do tempo de processamento dos exames e a presença do drone em outros bairros. 

As tendas, que neste ano foram montadas em dois locais na zona leste, Lajeado e Cangaíba, e realizaram 3.295 atendimentos, poderão ser instaladas em até 10 pontos diferentes, com capacidade para prestar serviço para até 150 pessoas por dia em cada uma delas. “Independente do momento de transição, esse plano tem um grande alinhamento nacional e estadual. O município seguiu recomendações que são internacionais, e aquilo que o município inovou em 2016 foi bastante elogiado tanto pelas equipes técnicas nacionais e estaduais”, disse o secretário da Saúde.

Chikungunya e Zika Vírus
De acordo com o balanço da Secretaria Municipal da Saúde, a cidade registrou, até outubro, nove casos autóctones (do próprio município) de Zika Vírus. Outros 47 casos confirmados são de residentes da cidade, mas importados de outros locais, além de seis casos diagnosticados na rede, mas em pessoas que não são moradoras da capital paulista. Em relação à Febre Chikungunya, foram registrados 41 casos autóctenes, sendo que, em 2014 e 2015, não havia registros desse tipo na cidade.

“A cidade de São Paulo foi inovadora em um protocolo do pré-natal das gestantes, que orienta o profissional da saúde a desconfiar do Zika e Chikungunya, fazer os exames necessários para isso. Isso foi muito importante para que pudéssemos acompanhar desde o começo situações onde havia riscos de o bebê ter nascido com acometimentos ligados ao Zika Vírus”, afirmou Padilha.


Confira os dados do balanço da Dengue em 2016

Dia ‘D’
Ações de intensificação casa a casa serão realizadas neste sábado (19), no Dia ‘D’ - Todos juntos contra o Aedes aegypti. O trabalho envolverá mais de 500 agentes de combate às endemias e profissionais da saúde. A mobilização começará a partir das 9h, com uma concentração na Praça Kantuta. Na região, mais de 100 agentes da Supervisão de Vigilância em Saúde (SUVIS) farão visitas porta a porta. O mesmo ocorrerá simultaneamente em outras regiões da cidade.
“A gente sempre teve uma predominância de pratos de plantas e pingadeiras como os principais vilões de criadouros do mosquito, mas nos últimos anos, principalmente em 2014 e 2015, houve um aumento da prevalência de depósitos de água não ligados à rede e não elevados, que são as caixas d’água que os moradores têm para armazenar água. Começamos a encontrar mais desses recipientes e mais deles com larvas que em outros anos. Houve um aumento de 76%. Batemos nos pratinhos e eles caíram. Agora, precisamos bater em outra tecla para a população saber como armazenar a água”, disse Alessandro Giangola, coordenador-geral das ações de controle do Aedes aegypti, da Coordenação de Vigilância em Saúde (COVISA).

Nos dez primeiros meses de 2016, agentes de saúde da Prefeitura visitaram 3,9 milhões de imóveis, e 5,3 milhões de recipientes foram vistoriados. Foram realizadas ainda 92.660 ações de nebulização. Em parceria entre o município e o Exército, 137.344 imóveis foram visitados e 68.796 recipientes vistoriados.

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