Prefeitura de São Paulo

A Prefeitura, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho e do Observatório da Gastronomia, divulgou segunda-feira (8) os vencedores da primeira edição do Prêmio Gastronomia Social Paulistana. A iniciativa, pioneira no país, busca reconhecer e valorizar ações que alimentam, geram renda e capacitam a população em situação de vulnerabilidade, premiando os três melhores colocados com a quantia total de R$ 18 mil. As vencedores foram Liga Solidária (R$ 10 mil), Projeto Chef Aprendiz (R$ 5 mil) e Instituto Inovação Sustentável (R$ 3 mil).

A cerimônia foi realizada no Mercado Municipal Paulistano e contou com a presença dos dez finalistas, jurados do poder público e sociedade civil.

“É motivo de muito orgulho articular e viabilizar ações como essa, que ficarão marcadas na história. Essa é a primeira edição desse prêmio, que tem a missão de valorizar, incentivar e impulsionar estes projetos tão significativos e importantes para a capital”, declarou a secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso. “Foi muito difícil selecionar apenas três dos dez melhores, pois são projetos distintos. Todos são incríveis, atendem a cidade de diferentes formas, não à toa que a diferença de pontos entre os vencedores foi muito pequena, coisa de décimos”, finalizou.

Sobre o Prêmio Gastronomia Social Paulistana

A iniciativa foi anunciada durante o 1º Encontro de Gastronomia Social Paulistana, em janeiro. O prêmio tem a missão de dar visibilidade e premiar ações que, por meio da gastronomia, fazem a diferença na vida dos paulistanos reduzindo desigualdades sociais e incentivando a inclusão social e econômica. Além disso, a iniciativa fará o mapeamento da gastronomia social na capital paulista e auxiliará na construção de políticas públicas para o setor.

Nesta primeira edição, o Observatório da Gastronomia contou com o apoio da Associação Tiro ao Pombo e Mundo Mesa, além de uma emenda parlamentar cedida pela vereadora Sandra Santana. A premiação abriu inscrições para projetos englobados em três categorias: geração de renda e alimentação saudável; aproveitamento integral de alimentos; e inclusão social.

Todas as candidaturas foram submetidas a um júri especializado, composto por dez integrantes, sendo cinco do poder público e cinco especialistas. Os nomes contam com personalidades renomadas do setor como Davi Hertz, da Gastromotiva; Edson Leite, do Gastronomia Periférica; Adriana Salay, do Quebrada Alimentada; Luccio Oliveira, do Instituto Capim Santo; e Georges Schnyder, do Nosso Prato.

Vencedores

Liga Solidária – 1º lugar

Fundada em 1923, voltou seus olhos para as mulheres que, cada vez mais, passavam a fazer parte de um mercado de trabalho machista e pensado para manter as estruturas elitistas da sociedade. A entidade acredita que a educação sobre esses assuntos fortalecerá o papel das pessoas enquanto agentes transformadores do entorno, criando ambientes propícios para que sejam feitas escolhas alimentares mais saudáveis, sustentáveis e que, nesse processo, potencializam a transformação socioeconômica. A Liga atende direta e indiretamente, cerca de 22 mil pessoas.

Chef Aprendiz – 2º lugar
Em 2014 foi fundada por Beatriz Mansberger, do Instituto Fadaris , para criar um projeto direcionado para os jovens e aproveitou a oportunidade para conscientizar e capacitar os integrantes da comunidade em gastronomia. Começou a atuar de maneira itinerante em parceria com uma organização local de Paraisópolis. O projeto contou com 11 edições em São Paulo, atendendo 163 jovens, sendo que  90% já receberam oportunidades de emprego em cozinhas.

Em 2021, passou a ter um espaço próprio, a Casa Chef Aprendiz, com escritório, sala de terapia para ex-alunos, cozinhas de produção e de estúdio.

Instituto Inovação Sustentável – 3º lugar
Atua desde 2014 com ações voltadas para o desenvolvimento humano, buscando inserir jovens ao mercado de trabalho e desenvolver competências empreendedoras em mulheres e lideranças comunitárias, por meio de seus projetos. Têm como base de trabalho a educação com cidadania, competências e habilidades socioemocionais, sustentabilidade e o empreendedorismo para dar autonomia e desenvolvimento econômico à população de baixa renda.

O projeto também atua como incubadora de pequenos negócios sociais, além da iniciativa cozinha escola que, desde 2017, organiza oficinas de gastronomia, chocolataria e confeitaria, sempre com as atividades de empreendedorismo trazendo a parte de gestão de negócios, fomentando empreendedores e permitindo que conheçam as possibilidades que a gastronomia oferece para todos.