Prefeitura de São Paulo

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) amplia a rede de atenção à pessoa com deficiência progressivamente, investindo em ações para elevar a qualidade de vida desses cidadãos. Desde 2018, a pasta investe em reformas de acessibilidade em unidades de saúde, além de ter criado o programa Território Inclusivo e ampliado o leque de terapias ofertadas nos Centros Especializados em Reabilitação (CERs).

O Território Inclusivo, programa da atual gestão, prevê atendimento voltado às pessoas com deficiência e seus acompanhantes, semanalmente, em todas as 470 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade. Para se ter uma ideia, entre outubro de 2021, quando foi iniciado o projeto, até agosto deste ano, já foram realizados 25.991 atendimentos médicos e exames diversos para mulheres e homens com deficiência e seus acompanhantes. 

As UBSs são a porta de entrada de toda a linha de cuidado à pessoa com deficiência na Atenção Básica da capital. As equipes multiprofissionais dessas unidades acolhem as diferentes demandas dessa população e quando necessário, encaminham para serviços especializados, entre eles os 32 CERs disponíveis na rede.  

Os CERs contam com equipe multiprofissional que realiza diagnóstico, tratamento, concessão, adaptação e acompanhamento do uso de tecnologias assistivas, como cadeiras de rodas, órteses e aparelhos auditivos e atendem também pessoas que necessitam de intervenção nas diversas modalidades de reabilitação, seja ela física, auditiva, visual ou intelectual.  

Para a secretária-executiva de Atenção Básica, Especialidades e Vigilância em Saúde da SMS, Sandra Sabino, o progresso no atendimento à pessoa com deficiência é motivo de comemoração neste Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. “A qualidade do serviço prestado pelos CERs da capital caminha junto de iniciativas realizadas diretamente nas UBSs. O Território Inclusivo iniciou no segundo semestre de 2021 atendendo apenas mulheres, porém, hoje está disponível também para homens. É um trabalho do qual nos orgulhamos muito.” 

De acordo com dados da Coordenadoria de Epidemiologia e Informação (CEInfo) da SMS, de janeiro a agosto deste ano, 79.214 atendimentos foram realizados nos 32 CERs da capital. Ao longo de todo o ano de 2019, esse número foi de 93.199, enquanto em 2020 e 2021, foram 70.314 e 84.510 atendimentos, respectivamente. 

Tecnologias

Desde 2020, com o suporte da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPED), os CERs da capital foram equipados com dois equipamentos de terapia robótica para membros superiores, 18 salas de recursos sensoriais, 08 equipamentos de realidade virtual, e 30 softwares de comunicação alternativa. Esses recursos aprimoram e qualificam os atendimentos em reabilitação realizados nos CERs.

Lívia Rodrigues Pereira, 32 anos, é uma das beneficiadas pelo serviço. Após sofrer uma série de complicações durante uma internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ela conta que sua fala, seus movimentos e sua saúde mental ficaram comprometidos. Atualmente ela é acompanhada por equipe multiprofissional no CER da Sé, na região central. “Muitas pessoas criticam o serviço público porque não o conhecem. Sou grata, pois sei que se não fosse o SUS não estaria me recuperando tão bem e sem nenhum custo”, descreve.

Os CERs da capital também dispõem da estratégia Acompanhante da Pessoa com Deficiência (APD) para auxiliar na promoção da autonomia e independência de pessoas com deficiência intelectual. Essas equipes são compostas por acompanhantes, terapeuta ocupacional, psicólogo, fonoaudiólogo e enfermeiro. Atualmente, a SMS dispõe de 27 equipes da estratégia APD, que atendem em média duas mil pessoas.