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Segunda-feira, 27 de Abril de 2020 | Horário: 12:58
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Prefeitura inaugura 100 novos leitos para covid-19 em parceria com empresas

Nova ala funcionará anexa ao Hospital Municipal M’Boi Mirim – Dr. Moysés Deutsch
816592-Visita à Ala Destinada à COVID-19 ao lado do Hospital Municipal de MBoi Mirim

A Prefeitura de São Paulo, em parceria com as empresas Ambev, Gerdau e o Hospital Israelita Albert Einstein, entregou nesta segunda-feira (27/04), 100 novos leitos de observação para pacientes com suspeita de infecção pelo novo coronavírus em unidade anexa ao Hospital Municipal M’Boi Mirim – Dr. Moysés Deutsch, na Zona Sul da capital. 

Segundo o prefeito Bruno Covas, essa estrutura vai permanecer depois da pandemia. “São mais 100 leitos de enfermagem, totalizando 514 leitos no Hospital do M’ Boi Mirim específicos na luta do combate ao coronavírus. Aqui se torna a maior estrutura da América Latina com leitos exclusivos dedicados ao coronavírus”, explica Covas.

A unidade ocupa uma área total de 1.388,31 m² e foi construída com dois pavimentos que possuem ligação com a edificação já existente por meio de passarelas modulares. Cada pavimento é composto por áreas de apoio contendo posto de enfermagem e de serviços, farmácia satélite, sala de utilidade, depósito de materiais de limpeza e copa de distribuição. Ao todo são 16 quartos e suas respectivas áreas de apoio que totalizam 100 leitos. 

Destinado a internação de pacientes de média complexidade, o anexo possui toda a infraestrutura necessária: todos os quartos são equipados com leitos hospitalares, banheiro acessível, gases hospitalares e é totalmente climatizada. 

“Os novos leitos entram no sistema de regulação do município hoje para que possam ser utilizados na luta que a cidade vem tendo na questão do coronavírus. São mais 574 profissionais contratados para atuar nessa nova ala”, destaca o prefeito Bruno Covas.

Os leitos serão entregues para uso como enfermaria, o que também é muito importante, já que liberará espaço no hospital para a ampliação de mais 130 leitos de UTI. Esta ampliação será possível pelas doações de equipamentos que o Einstein está realizando (ex: ventiladores, monitores), utilizando recursos próprios e doações que foram captadas pela Instituição e direcionadas ao M´Boi Mirim. Após a pandemia, os leitos serão incorporados à operação regular do Hospital Municipal M’Boi Mirim, o que é importante para adequar o hospital à grande demanda regular de atendimento.  

“O mundo inteiro tem enfrentado essa pandemia e o grande segredo do enfrentamento é a ampliação dos leitos hospitalares e o isolamento social. O poder público está fazendo a sua parte. A cidade de São Paulo tinha 507 leitos de UTI e vamos chegar a mais 1.400 leitos. Temos tido uma ocupação média de 70% nos leitos de UTI na cidade e já estamos buscando novas estratégias como alugar leitos de UTI em hospitais privados. Não adianta a Prefeitura fazer a sua parte se a população não fizer a parte dela permanecendo em casa”, finaliza o prefeito Bruno Covas

Colaboração das empresas

A obra, que começou no dia 24 de março, teve custo de R$ 13,5 milhões e foi viabilizada por empresas parceiras. A Ambev entrou com a gestão do projeto e com os custos de produção. A Gerdau forneceu o aço, principal matéria-prima para o método construtivo escolhido. E o Hospital Israelita Albert Einstein com a expertise na gestão do atendimento. 

“Vamos sair desse momento. Estou confiante e a Prefeitura pode contar com o que for necessário por parte da nossa organização”, disse o presidente do conselho deliberativo do Hospital Israelita Albert Einstein, Claudio Lottenberg.

O hospital foi construído pela Brasil Ao Cubo, a partir de técnica de construção modular off-site BR3. São 70 módulos, ou seja, 70 partes produzidas no parque fabril da Brasil ao Cubo em Tubarão (SC) e que se encaixam perfeitamente entre si. Os módulos foram transportados até a capital paulista em carretas. No local escolhido, foram acoplados na infraestrutura também preparada pela empresa. Entre o início da fabricação e a conclusão da nova ala foram exatos 33 dias, sete a menos que o previsto. O diretor-presidente da Brasil ao Cubo, engenheiro Ricardo Mateus, ressalta que a tecnologia  utilizada pela Construtech Brasil Ao Cubo é capaz de antecipar, em muitos casos, até 6 vezes o processo de construção na comparação com o modelo convencional de alvenaria e que a sustentabilidade da construção é muito mais evidenciada  neste  modelo construtivo.

A fachada da área de expansão recebeu uma obra do arquiteto e artista plástico Gabriel Menezes, o Mena.

“Se essa estrutura contribuir para uma pessoa, uma vida, ela já vai ter sido maravilhosa e cumprido um papel que a gente tem muito orgulho de participar. Colaboração é a palavra. Com esse senso de propósito que a gente consegue fazer coisas maravilhosas”, afirmou o vice-presidente industrial da Ambev, Mauricio Soufen.

O prefeito Bruno Covas ressalta a importância para a capital de parcerias com as empresas e se coloca à disposição de outros representantes da iniciativa privada que desejarem contribuir com a cidade de São Paulo.

Hospital referência covid-19

O Hospital Municipal M’Boi Mirim – Dr. Moysés Deutsch tornou-se referência para covid-19 para uma região de 1,3 milhão de habitantes. Para isso, realizou uma série de ajustes para aumentar a capacidade de atendimento de pacientes com a covid-19, particularmente aqueles com quadros mais graves e necessidade de internação em terapia intensiva. Fluxos foram revistos para reforçar a qualidade e segurança do cuidado, proteção dos colaboradores e atendimento às famílias, com o uso de recursos de vídeo já que as visitas estão limitadas. 

O Hospital tem, no dia-a-dia, 325 leitos operacionais. Para o enfrentamento da covid-19 houve aumento do número de leitos. Hoje temos em operação só para cuidar de pacientes com o novo coronavírus 280 leitos de enfermaria e 104 leitos de UTI.

As equipes estão sendo ampliadas com médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e outros profissionais de saúde para acompanhar o aumento da demanda por atendimento e aumento do número de leitos de enfermaria e UTI, como exemplo os 100 leitos da nova ala de internação do hospital. 

Há uso de EPI por todos os colaboradores, durante todo o período de trabalho, mudando apenas o nível de proteção conforme a atividade desempenhada. 

Treinamentos, comunicação, suporte emocional e ampliação da área de conforto dos colaboradores também fazem parte da nova rotina do hospital.

Reuniões de planejamento para o enfrentamento da covid-19 acontecem desde janeiro de 2020, há comitê de crise instituído e plano de ação específico, antecipando ações e, desta maneira, todos da instituição sabem o que fazer e o que esperar em  cada momento das ampliações em curso.

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