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Terça-feira, 11 de Novembro de 2014 | Horário: 11:40
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Centro especializado oferece acolhida e orientação a imigrantes

O prefeito Fernando Haddad visitou nesta terça-feira (11) o Centro de Referência e Acolhida para Imigrantes (CRAI), uma iniciativa pioneira da Prefeitura de São Paulo. O equipamento, inédito no Brasil, oferece serviços de suporte à população imigrante em trânsito ou residente na cidade, além de 100 vagas de abrigamento temporário. O objetivo é receber com dignidade os imigrantes que chegam a São Paulo, com orientação e encaminhamento à autonomia.

“Esta unidade procura integrar serviços de acolhida a imigrantes, em uma cidade que foi forjada por migrantes e imigrantes. Esta cidade é um caldeirão de culturas e 17 nacionalidades já passaram por esta casa, que é uma contribuição da cidade para os imigrantes, pessoas que tanto têm a contribuir para a cidade”, afirmou Haddad.

A visita desta manhã marcou a abertura da área de referência do CRAI, que oferece atendimento especializado aos imigrantes com serviços como agendamento para atendimento na Polícia Federal, intermediação para trabalho e informações sobre regularização migratória, documentação, cursos de qualificação e de português, além de acesso aos serviços públicos municipais. No centro de referência há ainda orientação jurídica, realizada por profissionais especializados na questão migratória, e apoio psicológico com atenção especial aos solicitantes de refúgio e imigrantes em situações de maior vulnerabilidade.

No atendimento, trabalham imigrantes de sete nacionalidades, que oferecem informações em seis línguas: inglês, espanhol, português, árabe, francês e creole (idioma oficial do Haiti). O suporte é prestado independente da nacionalidade, do status migratório ou do amparo legal para a sua estada em território nacional. O CRAI funciona das 8h às 17h e está localizado na Rua Japurá, 234, no bairro da Bela Vista, região central e de fácil acesso.

“É uma porta de entrada para construir a autonomia. É um centro de referência onde nós vamos oferecer todas as informações e a atenção necessária para que as pessoas possam se desenvolver e se sentir constituintes da cidade de São Paulo. Os haitianos ainda estão em maior número por nacionalidade, mas temos [pessoas] do Congo, do Senegal, de Benin, da Bolívia”, disse o secretário Rogério Sotilli (Direitos Humanos e Cidadania). O secretário também mencionou outras iniciativas de apoio aos imigrantes, como a bancarização, a eleição de representantes de imigrantes ao Conselho Participativo, o acolhimento dos refugiados sírios, além de apoio a manifestações culturais das diferentes comunidades

O projeto é uma iniciativa em parceria com a Secretaria Nacional de Justiça , do Ministério da Justiça, que por meio de um convênio investirá R$ 1,2 milhão, verba que deverá ser utilizada ao longo de 18 meses. A manutenção do espaço para acolhida é realizada pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, com repasses mensais de R$ 99 mil. Além disso, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania investirá R$ 560 mil nos serviços do centro de referência. O equipamento será gerido pelo Serviço Franciscano de Solidariedade (Sefras).

Acolhida
Em funcionamento desde agosto de 2014, o serviço de acolhida abriga hoje cerca de 100 pessoas, com espaços para homens, mulheres e famílias com crianças. A área de acolhida do Centro foi aberta após o fechamento do Abrigo Emergencial do Glicério [/noticia/abrigo-provisorio-recebera-120-imigrantes #ad-image-0], por onde passaram mais de 2.400 pessoas em quatro meses.

“As pessoas chegam a São Paulo sem referência nenhuma, muitas vezes fugidas do seu país, em condições precárias. A ideia é que as pessoas possam sair rapidamente, porque o nosso papel é fazer um acolhimento inicial, para elas se estruturarem seja em relação a documentação ou a emprego, para que aí elas possam caminhar com as próprias pernas”, disse a secretária Luciana Temer (Assistência e Desenvolvimento Social). No serviço, os imigrantes acolhidos recebem um atendimento individual com o objetivo de conquistar autonomia.

Para abrigar o CRAI, a Prefeitura reformou um imóvel de 840 m² localizado na rua Japurá, próximo à Câmara Municipal. O centro possui três pavimentos, pelos quais estão distribuídos pelo menos dez dormitórios - com a média de dez leitos em cada -, banheiros, áreas de convivência, cozinha, refeitório e vestiário. O edifício atende a normas de acessibilidade, tendo um quarto e um banheiro no térreo adaptados a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. 

Também estiveram presentes na visita a vice-prefeita Nádia Campeão e os secretários Nunzio Briguglio Filho (Comunicação) e Leonardo Barchini (Relações Internacionais e Federativas).


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Credito: Luiz Guadagnoli/SECOM
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