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Segunda-feira, 8 de Maio de 2017 | Horário: 13:11
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Parcerias viabilizam retirada de muro que separa raia olímpica da USP e Marginal Pinheiros

Ação conta com o apoio da Prefeitura de São Paulo e de empresas da iniciativa privada
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A Prefeitura e a Universidade de São Paulo (USP) anunciam nesta segunda-feira (8) a retirada do muro que separa há 21 anos a raia olímpica, localizada na Cidade Universitária “Armando de Salles Oliveira”, e a Marginal Pinheiros, na Zona Oeste da capital paulista.

“Vamos estabelecer uma nova fronteira visual na Marginal. Um entendimento entre a universidade e a Prefeitura gerou a possibilidade da derrubada do muro que hoje separa a USP do rio. Isso vai permitir a visualização de toda raia olímpica e da universidade por quem passa na Marginal, e ao mesmo tempo que a USP poderá visualizar o restante da cidade”, afirmou o prefeito João Doria.

A medida foi possível graças ao apoio da Prefeitura, que apresentou o projeto a empresários de diversos setores e auxiliou a USP a acertar parcerias com a operadora de saúde Prevent Senior e a GCL Brasil. O projeto prevê a demolição do muro que separa a raia olímpica da Marginal Pinheiros e a substituição por um gradil eletrofundido. Será feito o paisagismo e a iluminação da área e a construção de uma pista de corrida no espaço que separa a raia olímpica da marginal.

“O muro não refletia a integração da USP com a sociedade. Poder substituir o muro por gradil terá um efeito simbólico. Poder compartilhar o campus com a sociedade é o nosso maior desejo”, afirmou Vahan Agopyan, vice-reitor da Universidade de São Paulo.

Desde abril, a USP está promovendo um chamamento público para pessoas físicas ou jurídicas que tenham interesse em doar bens, valores ou serviços para o desenvolvimento do projeto de revitalização da área. Com uma colaboração de cerca de R$ 1,6 milhão, a operadora de saúde dará o aporte financeiro para retirada do muro e a instalação do novo gradil. Caberá à GCL o projeto luminotécnico, instalação, eficientização energética em LED, fornecimento de materiais e a implantação de sistema de telegestão (que permite o controle do funcionamento e a consequente otimização dos gastos). Os investimentos podem chegar a R$ 600 mil.

Todo projeto de iluminação, com valor estimado em R$ 150 mil, foi desenvolvido e doado à universidade pela light designer Frances Alves, e contará com mais de mil refletores LED instalados por toda extensão da raia. O objetivo é valorizar a beleza da natureza do local. A USP fica na região da Prefeitura Regional do Butantã, que irá acompanhar os trabalhos de demolição do muro. A previsão é que os trabalhos sejam iniciados na próxima semana e concluídos no segundo semestre de 2017.

Os entulhos serão retirados durante a madrugada para não atrapalhar o trânsito na região, pois será necessária interdição de faixas por medida de segurança. A instalação do gradil será feita durante o dia, mas fora dos horários de pico, com interdição de uma das faixas.

Sobre a raia
A raia olímpica, paralela à marginal do Rio Pinheiros, é um conjunto esportivo destinado à prática do remo e da canoagem. Conta com vestiários, sala de musculação, pista rústica, barcos e garagem. A raia olímpica tem 2.200 metros de extensão por 100 metros de largura.

A raia foi inaugurada em 1973, com a realização da I Regata Internacional, que contou com a participação de equipes da América do Sul e do Norte. Nesta época, alojaram-se na raia os principais clubes de Remo do Estado de São Paulo, como o Clube de Regatas Tietê, o Clube Espéria, a Atlética São Paulo, o Clube Atlético Paulistano e o Sport Club Corinthians Paulista, além do CEPEUSP.


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