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Sábado, 19 de Setembro de 2015 | Horário: 15:54
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Prefeitura inicia as obras do Hospital da Brasilândia

A Prefeitura de São Paulo iniciou na tarde deste sábado (19) as obras para a construção do Hospital Municipal da Vila Brasilândia, na zona norte. A chegada do equipamento de saúde é um pleito de mais de 20 anos dos moradores da região. O hospital deve começar a funcionar de forma gradativa a partir do final de 2016. Além de beneficiar mais de 410 mil habitantes da Brasilândia, ele deverá atender cerca de 2 milhões de pessoas por mês, desafogando unidades de saúde de toda a zona norte.

"Quando cheguei na Prefeitura, vi que esse hospital da Brasilândia tinha sido prometido há 30 anos. Então, perguntei: onde é o terreno? Não tinha. Cadê o projeto? Não tinha. E o recurso? Não tem. Era só uma palavra. O Hospital da Brasilândia era só uma frase, que não tinha nada por trás, além do desejo do povo de ser bem atendido na saúde. Fora a vontade do povo, não tinha mais nada e por isso, trabalhamos dois anos para chegar nesse dia", afirmou o prefeito Fernando Haddad.

O prédio do novo hospital, que terá cerca de 40 mil metros quadrados, vai abrigar uma piscina para uso da unidade e da comunidade, pronto-socorro adulto e pediátrico, com quatro salas de emergência e 39 leitos de observação, além de pronto-socorro com Atendimento 24h, Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Ortopedia, Ginecologia, Anestesistas, Intensivistas, Neonatologistas, ambulatório adulto e pediátrico. Além disso, o local contará com 16 salas de observação geral, três centros cirúrgicos ambulatoriais, cinco centros cirúrgicos, três centros obstétricos e centro de diagnóstico.  No total, serão 250 leitos, sendo 40 de UTI adulta, pediátrica e neonatal. O Centro de Parto normal contará com 28 leitos.

O futuro hospital ficará anexo a futura estação da Brasilândia da Linha-6 (Laranja), que está em andamento pelo Governo do Estado. "O que é melhor para um médico, enfermeiro, técnico de enfermagem ou nutricionista do que poder trabalhar em um hospital que fica ao lado do metrô? O profissional poderá sair de casa, ir ao trabalho sentado, lendo um livro, aprendendo mais, chegando mais perto e poder atender as pessoas. Não haverá mais aquele papo de ter medo de vir trabalhar na periferia", afirmou o secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha.

O Hospital da Brasilândia será um serviço de referência em sustentabilidade, com aproveitamento de luz e ventilação natural ao máximo, reuso da água de retardo para jardins e descargas e utilização de placas solares para geração de água quente. A previsão é que a construção do hospital seja concluída em 20 meses, ao custo de R$ 209,4 milhões. O responsável pela obra é o Consórcio HM Brasilândia, composto pelas empresas Engeform e Construbase. A primeira etapa da construção será a limpeza do terreno e a instalação de canteiro de obras.

"Todos sabemos que essa luta dos moradores da região tem mais de 20 anos e hoje, graças ao empenho do nosso prefeito, isso está se tornando realidade", disse o subprefeito da Freguesia/Brasilândia, Alexandre Moratore.

"O hospital é uma conquista da nossa comunidade, após uma luta de 20 anos e temos que agradecer por isso, porque tivemos tantos outros que puderam fazer e não o fizeram", afirmou Carmen de Oliveira, representante da sociedade civil durante a cerimônia de início das obras.

As obras do novo equipamento se somam às do Hospital Municipal de Parelheiros, na zona sul, iniciadas em fevereiro deste ano, e do Hospital Municipal Vila Santa Catarina, antigo Hospital Santa Marina, que era particular e estava fechado há quase cinco anos. A unidade foi adquirida pelo município para atender gratuitamente os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e deverá ser aberta ainda em 2015, após reformas.

"Apesar de um momento de crise, essa capacidade de fazer algo como esse hospital na Brasilândia, está acontecendo na cidade inteira. Estamos construindo outro hospital em Parelheiros e também, outro no Jabaquara, algo inédito na cidade. Nem em tempo de vacas gordas, quando tudo estava dando muito certo na economia, São Paulo viu três hospitais sendo construídos ao mesmo tempo na cidade", afirmou o secretário municipal de Infraestrutura Urbana, Roberto Garibe. 

Também participaram da cerimônia a vice-prefeita Nádia Campeão, os secretários Chico Macena (Governo), Celso Jatene (Esportes, Lazer e Recreação) e José Américo Dias (Relações Governamentais).

Parelheiros
Com obras iniciadas em fevereiro deste ano, o Hospital Municipal de Parelheiros irá beneficiar mais de 200 mil pessoas, em uma região que, atualmente, conta com apenas 0,7 leitos públicos por mil habitantes. Na unidade, serão oferecidos 255 novos leitos, maternidade, pronto-socorro, Hospital Dia, Hospital Escola e Centro de Apoio e Diagnóstico, gerando aproximadamente 2 mil vagas de empregos.


O hospital está sendo construído com recursos da Caixa Econômica Federal (CEF), por meio do PAC Mananciais do governo federal, com custo de R$ 145,6 milhões. O financiamento junto ao governo federal foi obtido dentro de um programa de reurbanização da região, que inclui além do hospital a construção de novos equipamentos públicos, como escolas, creches e postos de saúde. Localizado em um terreno de 120 mil metros quadrados entre as ruas Euzébio Goghi e Cacual, o hospital contará com 31 mil metros quadrados de área construída, oferecendo 41 leitos para obstetrícia, dez salas de cirurgia, 30 Unidades de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, infantil e adulto, além de leitos psiquiátricos. Nele, a população poderá realizar exames de mamografia, endoscopia, raio-x, tomografia, ultrassom e ressonância. Também serão oferecidos atendimentos especializados nas áreas de clínica médica, pediatria, ginecologia, neonatologia, cirurgia geral, ortopedia, anestesia, radiologia, entre outros.

O equipamento contará com um sistema de automação predial, que possibilita a monitoração e o controle dos vários subsistemas visando uso racional da energia, água e climatização. O prédio contará com acessibilidade universal e terá estacionamento, bicicletário, brinquedoteca e um heliponto.

Vila Santa Catarina
Em junho do ano passado, a Prefeitura assinou um acordo com o Hospital Albert Einstein para reformar, equipar e gerir antigo Hospital Santa Marina, transformando a unidade em Hospital Municipal Vila Santa Catarina, sem qualquer ônus financeiro para o município e com a garantia da oferta de 100% dos leitos para o SUS. O hospital geral que será instalado no local oferecerá 260 leitos de internação. Possui uma previsão de custo de R$ 134 milhões por ano, dos quais R$ 18 milhões serão provenientes do pagamento dos procedimentos realizados mediante tabela SUS e R$ 116 milhões virão do Einstein com recursos do Proadi-SUS, processo de pactuação entre o hospital privado e o Ministério da Saúde.


Em janeiro deste ano, o equipamento ganhou uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 horas), que beneficia 300 mil habitantes dos bairros de Jabaquara, Cidade Ademar e Pedreira. A unidade oferece atendimento com clínico geral, cirurgião, pediatra e ortopedista. O equipamento funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, e pode resolver grande parte de casos urgentes, como pressão e febre alta, fraturas, cortes, infarto e derrame. De acordo com o Ministério da Saúde, nas localidades que contam com as UPAs, 97% dos casos são solucionados na própria unidade. A expectativa é que o hospital comece a funcionar ainda neste ano.

Fotos
Crédito: Fernando Pereira/SECOM
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