Prefeitura de São Paulo

A rede pública de saúde da Prefeitura de São Paulo está preparada para enfrentar a gripe Influenza A transmitida pelo vírus H1N1. As farmácias municipais possuem o medicamento Oseltamivir (Tamiflu), e os profissionais estão preparados para orientar e atender corretamente a população quanto à prescrição do remédio e os cuidados com a doença. A partir de 11 de abril, Prefeitura e Governo do Estado iniciam a campanha de vacinação para os grupos de risco, que incluem crianças de seis meses até cinco anos de idade, gestantes, pessoas com mais de 60 anos e pacientes com quadro grave, além de profissionais de saúde.

O Oseltamivir está sendo entregue a pacientes por meio de receita médica nas 493 farmácias da rede pública municipal. O secretário municipal de Saúde Alexandre Padilha ressaltou que eventuais casos de falta do medicamento são pontuais. “O que pode acontecer é um afluxo de pessoas para uma unidade específica e em um dia se consumir o que se consome numa semana ou duas semanas naquela unidade, mas a reposição é imediata”, afirmou.

Padilha orientou a população a utilizar o aplicativo Aqui Tem Remédio, lançado pela Prefeitura e que indica, em tempo real, todas as unidades onde há disponibilidade do medicamento. O Oseltamivir (cujo nome comercial é Tamiflu) é o único indicado para tratamento da doença e é distribuído pelo Ministério da Saúde, nas suas apresentações de cápsulas de 30 mg, 45 mg e 75 mg. A prescrição médica deve conter o nome genérico do medicamento, a concentração (30 mg, 45 mg ou 75 mg), a posologia (como o medicamento deve ser administrado) e a duração do tratamento.

Em razão do atual quadro de incidência da doença, a rede municipal atenderá receitas mesmo se estas estiverem escritas com o nome comercial, Tamiflu. Também, como exceção à regra, o medicamento será fornecido mesmo que a concentração prescrita seja diferente daquela disponível na unidade. Exemplificando, se a receita for de Oseltamivir de 30 mg e a concentração disponível na unidade for de 75 mg, o medicamento será fornecido com uma orientação sobre como fazer a diluição do conteúdo da cápsula, que é simples, para atender à necessidade do paciente.

O secretário ressaltou a importância de se tomar o Oseltamivir apenas nos casos em que o medicamento é realmente necessário –uma orientação que vem sendo reforçada aos profissionais de saúde da Rede. “Quero reforçar que não é todo resfriado que é H1N1 ou que vai desenvolver um quadro grave. É muito importante que os profissionais de saúde e a população saibam que nem todo caso tem a indicação do Tamiflu”, afirmou.

Existem duas indicações claras nas quais o medicamento deve ser ministrado:

1 - Todos os pacientes diagnosticados com Síndrome Respiratória Aguda Grave, que é um conjunto de sinais e sintomas respiratórios de início súbito, que apresenta febre persistente, tosse e dispneia (falta de ar) associadas a queda da oxigenação no sangue (abaixo de 95% em ar ambiente), piora das condições clínicas da doença de base e queda da pressão arterial habitual do paciente.

2 – Pacientes que apresentam quadro de síndrome respiratória associada a um fator de risco: crianças de até dois anos de idade, gestantes, puérperas até duas semanas após o parto (incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal), pessoas com 60 anos ou mais, população indígena e obesos. Também são considerados fatores de risco cardiopatias, doenças no fígado, neurológicas e renais, entre outras.

A antecipação da circulação do vírus na cidade de São Paulo neste ano aumenta o risco de contágio da doença e já provocou a morte de 8 pessoas em 2016. Entre as medidas fundamentais para prevenir a gripe Influenza A e o H1NI estão a higienização frequente (lavagem) das mãos; utilizar lenço descartável para higiene nasal; cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca e não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas. Saiba mais.