Notícia na íntegra
Saúde divulga o quarto balanço de dengue e chikungunya na cidade
Atualizada às 21h28
O secretário-adjunto de saúde, Paulo Puccini, apresentou nesta quinta-feira (12) o quarto balanço do ano sobre a situação da dengue até a oitava semana epidemiológica. No período de 4 de janeiro a 28 de fevereiro, 7.501 casos foram notificados e 1.833 foram confirmados autóctones (contraídos no município). No mesmo período de 2014, a cidade teve 2.581 casos notificados e, destes, 613 autóctones confirmados. Cerca de 53% dos casos estão concentrados na zona norte de São Paulo.
Veja aqui os casos de dengue por subprefeitura
Veja aqui os casos de dengue por semana epidemiológica
Um óbito de uma senhora de 84 anos, moradora da Brasilândia, ocorrido no dia 28 de janeiro, foi confirmado e outros dois, um na zona sul e outro na zona leste, seguem em análise. Já para a febre chikungunya, neste ano, não há registro de casos autóctones, mas foram registrados quatro casos importados, todos de fora do país.
“Não há epidemia. É uma ocorrência elevada ainda, particularmente, concentrada na zona norte, que possui a maior parte dos casos confirmados. Por isso, temos uma atenção para todo o município, pois a dengue, no Brasil e mundialmente, não será enfrentada sem a participação social importante, da imprensa e das famílias que moram na cidade”, afirmou Puccini.
Durante todo o ano de 2014 a capital registrou 28.990 casos autóctones (97,7% ocorreram no primeiro semestre), com 14 óbitos ao longo do ano. Em 2015, a estimativa da Secretaria Municipal de Saúde, baseada no coeficiente de incidência das primeiras oito semanas e na taxa de positividade dos exames feitos no laboratório municipal, é que o número pode ser até três vezes maior.
É importante esclarecer que a dengue está mais associada às altas temperaturas e à água limpa do que simplesmente à chuva, porque qualquer pequena concentração de água, desde uma tampinha de garrafa a um prato de vaso pode ser um criadouro.
Entre as hipóteses levantadas pela Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) para o aumento dos casos neste ano está o calor, que acelera o desenvolvimento do mosquito. O acúmulo de água limpa sem proteção, devido à crise de abastecimento dos últimos meses também deve ser considerado.
De acordo com pesquisa revelada nesta quinta-feira (12) com base no número de criadouros nas residências apontou um aumento de 212,7% no número de baldes e de 135,3% de reservatórios não ligados à rede, como caixas d’água. Os dados fazem uma comparação entre outubro de 2014 e fevereiro deste ano e coincidem com o aumento da densidade larvária ou o volume de larvas encontradas, que saltou da taxa de 0,24 para 1.01 domicílios com larvas dentro de cem pesquisados.
Por este motivo, a Prefeitura reforçou o trabalho dos 2.500 agentes de zoonoses em toda cidade, com ações de visitas porta a porta, grupos de orientação e ações de combate nos locais de grande concentração de pessoas.
“Se adiciona um novo criadouro, que não existia no ano passado, que é o resultado do armazenamento, de forma a se defender da falta d’ água, mas precisa tampar de forma adequada esses reservatórios que foram criados dentro da residência”, afirmou Puccini.
As subprefeituras também estão envolvidas neste trabalho preventivo. Os paulistanos devem se atentar à necessidade de ação individual preventiva para eliminar criadouros de mosquito Aedes aegypti. A visita de equipes é programada com base no mapeamento de pontos críticos, a partir dos casos confirmados. E uso de nebulização pesada ("fumacê") só ocorre em última instância, emergencial, e funciona para eliminar mosquitos, sem efeito prático na eliminação de criadouros. Mais de 50.000 domicílios já passaram por ação da nebulização.
Desde segundo semestre do ano passado, a secretaria municipal de Saúde intensificou as ações de prevenção e adotou duas novas estratégias para o combate às doenças. A portaria 2.286/2014 estabelece que os serviços públicos e privados de saúde devem realizar, em até 24 horas, a notificação compulsória dos casos suspeitos. A Secretaria criou ainda comitês locais de prevenção nas subprefeituras, para fortalecer o contato com a comunidade e o trabalho integrado nas ações de campo. Durante uma reunião realizada na manhã de hoje, diretores de hospitais públicos e particulares receberam orientações de como agir e como diagnosticar os casos da doença.
Desde o dia 12 de fevereiro, o Plano Municipal de Combate ao Aedes-Aegypti ganhou reforço com a integração de equipes da Defesa Civil. Em cerimônia realizada no Vale do Anhangabaú, no centro da capital, 32 viaturas do órgão foram entregues devidamente adesivadas e equipadas com alto-falantes para a conscientização da população. Sete viaturas estão somente na região norte, mais atingida pela dengue.
Durante a vigência do plano, toda quarta-feira, desde 25 de fevereiro, equipes da Secretaria de Saúde distribuem panfletos e revistas educativas que tratam das formas de prevenção e combate aos criadouros em pontos estratégicas da cidade, de grande concentração de pessoas, como terminais de ônibus e portas de estações de metrô.
Como prevenir:
- Pratos de vasos de plantas devem ser preenchidos com areia;
- Tampinhas, latinhas e embalagens plásticas devem ser jogadas no lixo e as recicláveis guardadas fora da chuva;
- Latas, baldes, potes e outros frascos devem ser guardados com a boca para baixo;
- Caixas d'água devem ser mantidas fechadas com tampas íntegras sem rachaduras ou cobertas com tela tipo mosquiteiro;
- Piscinas devem ser tratadas com cloro ou cobertas;
- Pneus devem ser furados ou guardados em locais cobertos;
- Lonas, aquários, bacias, brinquedos devem ficar longe da chuva;
- Entulhos ou sobras de obras devem ser cobertos, destinados ao lixo ou "Operação Cata-Bagulho";
- Cuidados especiais para as plantas que acumulam água, como bromélias e espadas de São Jorge; ponha água só na terra.
Clique e veja a apresentação do 4º balanço
Imagens para download:
Crédito: Fernando Pereira / SECOM.
SECOM - Prefeitura da Cidade de São Paulo
E-mail: imprensa@prefeitura.sp.gov.br
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