Prefeitura de São Paulo

A Virada Cultural 2025 foi pensada para todos. A estrutura reservada para pessoas com deficiência, oferecida pela Prefeitura de São Paulo nos 21 palcos distribuídos pela cidade, foi elogiada por quem a utilizou, que também comentou sobre os shows com grandes nomes na periferia, a facilidade de acesso e a atenção de quem trabalhou na organização neste sábado (24).

A edição 2025 da Virada Cultural é a maior da história e também a mais acessível (veja aqui a programação completa). Todos os 21 palcos contam com espaços reservados para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, além de banheiros acessíveis. A Prefeitura também garantiu a presença de serviços de Libras e audiodescrição na programação, permitindo que pessoas surdas, cegas ou com baixa visão possam acompanhar espetáculos com autonomia e conforto. Para facilitar o acesso às informações, um audioconvite com tradução em Libras foi produzido com a programação do evento.

Para Bruno Mendes, de 36 anos, pai de duas crianças autistas, de 5 e 8 anos, a área acessível garantida pela Prefeitura é o que torna a Virada Cultural uma experiência possível — e inesquecível — para sua família. 

“É muito importante esse espaço que a Prefeitura destina às pessoas PCDs. Aqui tem segurança, a gente consegue ficar próximo do artista e do público, e, principalmente, sabemos que nossos filhos estão em um ambiente tranquilo”, afirma. Bruno e a esposa, que estavam no palco Anhangabaú, já frequentavam a Virada Cultural há anos, mas começaram a levar os filhos em 2024. 

“É o segundo ano consecutivo. A gente viu que era muito seguro, uma área boa destinada para PCD. Isso é importante para a gente poder desfrutar com as crianças”, afirma. Para ele, a experiência vai além do momento: “Dá essa visão pras crianças de que a gente pode frequentar o Centro e esses eventos grandes, porque a Prefeitura disponibiliza o espaço. É muito bom”.

No palco M’Boi Mirim, na Zona Sul, a emoção tomou conta da área reservada para pessoas com deficiência com o show do cantor Pablo. Giovana Cruz Silva, de 18 anos, paciente oncológica e cadeirante, fez questão de comparecer. “Fiz quimioterapia ontem (sexta), hoje (sábado) e vou fazer amanhã (domingo). Mas não poderia deixar de ver o Pablo. Gosto demais dele e consegui ficar pertinho. Foi muito melhor do que eu imaginava”, contou, emocionada, mostrando o autógrafo do cantor na capinha do seu celular.

Sua mãe, Rosalina Cruz, acompanhava de perto. “Sou grata a Deus por isso. Conseguimos!”, disse, enquanto celebrava com a filha.

Aline de Cássia Escapuccini dos Santos, que é cadeirante e foi sozinha ao palco da Brasilândia, na Zona Norte, para assistir aos shows de Marcos & Belutti e Tony Garrido, descreveu a experiência como tranquila e segura. Moradora da Brasilândia, Aline ressalta a importância de ter eventos culturais fora da região central. “Ficou muito mais fácil.Tem muita gente que não consegue ir até o Centro, isso ajuda bastante o pessoal que está mais no bairro. Até porque muitas pessoas não têm nem o dinheiro para ir até a Virada fora do bairro, ”, afirmou.

Ela também elogiou a atenção de quem trabalhou na organização do evento. “Teve toda uma acessibilidade aqui dentro. Me senti muito mais tranquila no espaço reservado. Me ajudaram em tudo o que eu precisei e ainda perguntaram se precisava de água”, afirmou ela, que tem 42 anos e é assistente de recrutamento de seleção. “A estrutura aqui no palco está atendendo totalmente minhas necessidades.”

Outra frente importante de atuação foi a capacitação das equipes. Todos os produtores da Virada Cultural participaram do curso “Conhecer para Incluir”, que ofereceu orientações sobre os diferentes tipos de deficiência, as barreiras enfrentadas no dia a dia e as melhores formas de acolhimento e atendimento ao público com deficiência. 

A própria equipe do evento também refletiu esse compromisso: diversos produtores com deficiência foram contratados para atuar durante os dois dias de evento, promovendo inclusão também nos bastidores da festa.

A programação artística também incluiu espetáculos protagonizados por artistas com deficiência.

Com mais de 1.200 atrações e expectativa de 4,7 milhões de pessoas, a Virada Cultural 2025 celebra 20 anos e ocorre neste final de semana em São Paulo. Com expectativa de reunir mais de 4,7 milhões de pessoas, o evento ocupará ruas, praças, centros culturais, casas de cultura, bibliotecas, teatros e 21 grandes palcos distribuídos por todas as regiões da capital. Leia mais aqui.