Prefeitura de São Paulo

A Prefeitura realiza nesta quinta-feira (4), às 14h, o primeiro simulado de risco hidrológico no Jardim Lapenna, Zona Leste da cidade. O exercício, promovido pela Secretaria Municipal de Segurança Urbana, por meio da Coordenação Municipal de Defesa Civil, visa capacitar agentes municipais e estaduais, integrantes da comunidade e funcionários da CEI Lapenna para agirem de maneira rápida e eficiente diante de alagamentos e enchentes.

A ação acontecerá em uma área estrategicamente escolhida, devido aos recorrentes problemas enfrentados pela comunidade em dias de fortes chuvas. A Defesa Civil, reconhecendo a vulnerabilidade da região, selecionou o local para garantir que a capacitação seja direcionada e eficaz.

O treinamento incluirá a execução de planos de evacuação, resgate e comunicação de emergência, visando otimizar as ações de prevenção e executar uma resposta rápida frente aos desastres hidrológicos.

As ações serão coordenadas pela Defesa Civil e contarão com o apoio e participação da Guarda Civil Metropolitana, da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), SAMU, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Defesa Civil Estadual, Enel e Sabesp.

Como funcionará

No local escolhido haverá três áreas de atuação demarcadas:

1. Posto de Comando: onde as funções serão exercidas.

2. Área de Espera: local para recepção e cadastramento dos recursos operacionais.

3. Ponto de Encontro: local de encontro da população e identificação de eventuais desaparecidos.

Etapas do Simulado

1. Alerta Inicial

- O Núcleo Comunitário de Proteção e Defesa Civil (NUPDEC) liga para o diretor de Defesa Civil informando que as águas estão subindo.

- O diretor de Defesa Civil informa ao NUPDEC para iniciar os procedimentos de evacuação preventiva.

2. Evacuação

- As equipes da Defesa Civil e o NUPDEC orientarão os moradores a saírem de suas casas, desligando aparelhos elétricos e botijões de gás, além de retirarem seus familiares, todos serão conduzidos ao Ponto de Encontro.

- O diretor de Defesa Civil informa a diretora do CEI Lapenna que a saída principal está bloqueada. Neste momento, a escola deverá dar início ao plano de evacuação dos alunos pela rua lateral.

- O Corpo de Bombeiros é avisado que dois alunos e uma professora não conseguiram sair e estão ilhados. Imediatamente se desloca ao local para o resgate das vítimas.

3. Apoio dos órgãos de emergência

- Guarda Civil Metropolitana, CET, Polícia Militar, Enel e Sabesp

- O Corpo de Bombeiros auxiliará na retirada de uma moradora acamada e alunos do CEI Lapenna.

- O SAMU realizará o apoio médico e a CET controlará o acesso às vias nas áreas secas.

4. Coordenação e Comunicação

- O diretor da Divisão de Defesa Civil (DDEC) avisará o CCOI sobre os afetados e passará uma contagem aproximada para acionar o serviço de Assistência Social.

- Equipe da Defesa Civil e Subprefeitura chegarão ao local após a liberação para iniciar as vistorias.

5. Resgate e Encerramento

- Após o resgate de todos os alunos, os Bombeiros encerrarão suas atividades e convocarão todos os órgãos envolvidos para o posto de comando.

- A Defesa Civil, juntamente com a equipe técnica da Subprefeitura, desmobilizará o Plano de Contingência gradativamente até a declaração do encerramento da emergência.

6. Atendimento veterinário aos pets

Grupo de Resposta a Animais em Desastres

- Para garantir um atendimento adequado e digno também aos animais domésticos, um grupo de voluntários do Grupo de Resposta a Animais em Desastres (GRAD) estará com uma tenda no local para prestar atendimento veterinário aos pets.

- A ONG conta com profissionais de diversas áreas como médicos, veterinários, zootecnistas e biólogos

7. Retorno e Vistoria Final

- A Coordenadoria de Vigilância Sanitária (COVISA) chegará ao local para apoio e análise das condições sanitárias.

- Após a conclusão da vistoria e a baixa das águas, os moradores e alunos retornarão ao local, obedecendo às orientações de preservação da área.

A participação estratégica dos envolvidos foi devidamente estudada e preparada por meio de um simulado de mesa, onde foram discutidas as ações mais adequadas para o êxito dos resgates. O simulado de mesa permitiu que todos os participantes analisassem o cenário, revisassem os procedimentos e as decisões a serem tomadas para que não haja falhas no plano de resposta.

Com a conclusão deste exercício, a Defesa Civil cumpre o objetivo estabelecido pela atual gestão municipal de realizar os tipos específicos de simulados de riscos em pontos estratégicos na cidade, mediante aos desafios enfrentados pelas comunidades.

Em outubro de 2022, foi realizado na Subprefeitura Ipiranga o simulado de risco de incêndio, onde a comunidade local e órgãos de segurança foram capacitados para lidar em uma emergência.  Em agosto de 2023, houve o simulado de risco geológico, que envolveu os moradores a reagirem de forma emergencial a uma situação de deslizamento de terra, na subprefeitura Jaçanã/Tremembé.

De acordo com o secretário de Segurança Urbana, Júnior Fagotti, “mapear e classificar as áreas de risco é um trabalho muito desafiador na cidade de São Paulo. A gestão, como um todo, segue trabalhando para identificar os riscos e tomar as medidas necessárias para que a população tenha mais segurança. ”Mesmo após o treinamento da comunidade, o local, que também se encontra mapeado no estudo de áreas de risco, seguirá monitorado pela Divisão de Prevenção da Defesa Civil, que conta com uma equipe integrada, composta por geólogos e uma equipe de resposta de prontidão para resgate e operações de risco hidrológico. Além disso, por meio do Programa Operação Trabalho (POT), a Defesa Civil contratou e capacitou 465 pessoas para auxiliar no monitoramento de áreas de risco em toda a capital e manter o contato constante entre a comunidade e a Defesa Civil".