Notícia na íntegra
Casa Angela, na Zona Sul, atinge a marca de 4 mil partos humanizados
Realizar partos naturais e humanizados é o lema da Casa Angela, localizada desde 2015 no Jardim São Luís, na Zona Sul da capital. A unidade integra a rede da Secretaria Municipal de Saúde, funciona 24 horas e conta com uma equipe de 65 colaboradores que inclui enfermeiras obstetras e obstetrizes, médicas da saúde, técnicas de enfermagem e pessoal de apoio.
Na última quarta-feira (19) lá foi realizado o parto de número 4 mil. O bebê V.P.M. nasceu às 3h26, de parto natural, pesando 3.275 kg. É o primeiro filho da nutricionista B.C.P.M, 23 anos, e do empresário A.M.
A partir do momento que a bolsa estourou, na terça-feira (18), o casal passou a ser monitorado por uma doula e a equipe da casa de parto, até as contrações aumentarem. Por volta da meia-noite eles chegaram à Casa Angela, onde estava tudo preparado para a realização do parto, que foi realizado na banheira.
“Sempre quis ter um parto o menos invasivo possível. Nunca fui fã de hospital e, por isso, a nossa doula indicou a Casa Angela", declarou B.C.P.M.
A mãe elogiou a forma acolhedora com a qual foi recebida pela equipe. “Todas as profissionais foram muito solícitas, sempre muito cuidadosas comigo e com o bebê, sem impor nada pra gente”. Para o pai a experiência também foi inesquecível. “É uma diferença muito grande quando a gente sai do papel de apenas apoiador e é incluído no processo do nascimento do filho. Acho que isso ajudou também o parto a fluir da forma mais natural possível”, enfatizou.
Para a gerente administrativa do equipamento, Amanda Meskauskas Melkunas, este número expressivo de partos é fruto da dedicação da equipe que, desde a fundação, tem por missão dar o melhor atendimento nesse momento tão importante, oferecendo um ambiente seguro, acolhedor e respeitoso para a gestante que quer ter um parto natural.
“No parto humanizado as mães são as protagonistas e ditam o ritmo do processo. Escolhem se querem o parto na banheira, no chuveiro, na cama ou em pé. Caso haja necessidade, ambulâncias 24 horas ficam à disposição para levar as gestantes ao hospital e toda a estrutura para atendê-la com segurança”, explicou a gerente, que também deu à luz aos seus dois filhos no local.
Com um protocolo rigoroso de segurança, a casa – administrada pela Organização Social de Saúde (OSS) Monte Azul - acompanha gestantes interessadas em ter o bebê a partir das 28 semanas de gestação, desde que seja uma gravidez de baixo risco e que o pré-natal esteja sendo feito em uma das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da capital. Até as 37 semanas as consultas são quinzenais, em paralelo ao acompanhamento na UBS. Depois, até a 40º semana, passam a ser semanais ou de acordo com a necessidade, até o momento do parto.
De acordo com o protocolo da Secretaria Municipal de Saúde, para essas casas, o parto pode ser realizado até a 41ª semana. Atingido este limite a gestante é encaminhada para o hospital de referência do território. O Hospital Municipal Dr. Fernando Mauro Pires da Rocha (Campo Limpo) está localizado a uma distância de cinco minutos de ambulância da Casa Angela.
Após o parto as crianças que nascem na Casa recebem todas as vacinas, além de realizarem os exames de triagem neonatal, como o teste do pezinho, e são acompanhadas até 1º ano de idade. Depois, continuam o acompanhamento na UBS.
“Ter minha filha aqui foi um sonho realizado, porque sempre desejei ter um parto humanizado, que respeitasse as minhas vontades, os meus limites e que me permitisse vivenciar toda essa experiência do nascimento de forma plena”, afirmou I.M.A., 24 anos, mãe da M., que nasceu há exatamente 1 mês.
Com capacidade de atender 40 partos por mês, a Casa também oferece encontros de grupos voltados tanto às gestantes quanto às puérperas, com uma programação que inclui preparação para o parto, cuidados com o bebê, amamentação e puerpério. “A Casa Angela atende às nossas necessidades e eles estão atentos para cuidar de todos sentimentos que a gente tem, desde à gestação até depois do nascimento”, completou I.M.A.
Estrutura
O equipamento disponibiliza quatro quartos de parto, dois alojamentos conjuntos para a mãe ficar junto do bebê e da pessoa que a acompanha, além de um salão no qual são realizados encontros de grupos, voltados tanto às gestantes (com uma programação que inclui preparação para o parto, cuidados com o bebê, amamentação e puerpério) quanto às novas mães. A Casa Ângela também tem cozinha própria, de onde saem todas as refeições, elaboradas com produtos naturais e seguindo eventuais restrições apontadas no Plano de Parto de cada mulher, além de uma sala de amamentação e um jardim para as mamães descasarem ou receberem as visitas dos familiares e amigos.
Parteira alemã
A inauguração da Casa Angela, em 2009, se deu por iniciativa da Associação Comunitária Monte Azul, a partir do trabalho que vinha sendo realizado desde os anos 80 pela parteira alemã Angela Gehrke da Silva na comunidade do Jardim Monte Azul.
Angela faleceu no ano de 2000, mas a casa de parto renasceu como Casa Angela graças ao trabalho da médica alemã Anke Riedel, que coordenou a implantação da unidade. O convênio com a SMS existe desde 2015.
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