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Domingo, 14 de Abril de 2024 | Horário: 09:52
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Doença de Chagas é lembrada neste 14 de abril

Zoonose, transmitida pelo inseto barbeiro, tem diagnóstico e tratamento na rede pública, porém estima-se que 70% das pessoas infectadas desconheçam sua condição

A doença de Chagas (DC) é transmitida pela picada do “bicho-barbeiro”, infectado com o protozoário Trypanosoma cruzi. Quando não tratada, ela pode causar insuficiência cardíaca e complicações digestivas. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Cardiologia estima em pelo menos 1,2 milhão de pessoas infectadas, com maior incidência na região Norte do país.

O barbeiro tem hábitos noturnos e pode se esconder em buracos das paredes, frestas, camas e colchões das casas. O seu nome popular se deve ao fato de picar as pessoas na região do rosto. Além do homem, também infecta animais mamíferos. Para alertar a população sobre os riscos que oferece, o 14 de abril marca o dia mundial de conscientização sobre essa enfermidade silenciosa.

A transmissão da DC ocorre principalmente quando o barbeiro, ao picar, deposita fezes sobre a pele da pessoa. A picada provoca irritação e ao se coçar, o protozoário contido nas fezes acaba se espalhando e entra na corrente sanguínea pelo local da picada. A boca, o nariz, a mucosa dos olhos, cortes e feridas na pele favorecem a penetração no organismo humano, que ocorre ainda por transfusão de sangue, transmissão de mãe para filho. Outra forma frequente de contaminação é o consumo de alimentos contaminados (com o inseto ou suas fezes), como carne de caça, cana-de-açúcar e açaí.

 

Sintomas
O período entre o primeiro contato e o início dos sintomas varia conforme a transmissão que pode ser vetorial (4 a 15 dias); oral (3 a 22 dias); vertical (em qualquer fase da gestação ou durante o parto); transfusional (acima de 40 dias) e acidental (em até 20 dias).

 

São sintomas da fase aguda:

  • dor de cabeça;
  • fraqueza;
  • febre persistente superior a uma semana;
  • ferida na região da picada;
  • inchaço no rosto e nas pernas;
  • dor abdominal;
  • exantema (erupção cutânea avermelhada);
  • taquicardia;
  • dispneia (falta de ar)
  • aumento dos gânglios;
  • vômitos e diarreias, especialmente quando ocorre a transmissão oral.

 

São consequências da doença crônica, que pode se manifestar depois de anos:

  • insuficiência cardíaca;
  • dilatação do esôfago e intestino (megacólon e megaesôfago).

 

Medidas preventivas

  • Telar as janelas para evitar a entrada de barbeiros.
  • Manter a casa limpa, varrendo o chão, limpando atrás dos móveis e quadros.
  • Expor travesseiros, colchões e cobertores ao sol.
  • Impedir a instalação de ninhos de pássaros nos beirais da casa.
  • Impedir a permanência de animais e aves dentro de casa.
  • Construir abrigos e recintos para animais domésticos distantes da casa, mantendo-os limpos e vistoriados.
  • Exercer as boas práticas de manipulação de alimentos.

 

Tratamento
A doença pode ser detectada com exame de sangue rotineiro (sorologia para doença de Chagas). Para o tratamento, a medicação é fornecida pelo SUS, administrada com acompanhamento médico, e a doença tem chances de cura se for tratada rapidamente (antes das manifestações gastrointestinais e cardíaca).

Os resultados são mais satisfatórios na fase aguda, período em que o parasita está circulando no sangue. Já fase crônica, são controlados apenas os sintomas para evitar complicações. Em caso de suspeita, procure a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da sua residência, para avaliação e orientação médica.

A localização de todos os equipamentos de saúde pode ser consultada na plataforma Busca Saúde.

 

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