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Quinta-feira, 28 de Novembro de 2024 | Horário: 16:02
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Impacto do racismo na saúde mental dos jovens negros é tema de simpósio em Centro Educacional Unificado da Zona Leste

Evento realizado na unidade São Miguel contou com a participação de especialistas para abordar o assunto e apresentações dos atendidos pelos Centros para Crianças e Adolescentes (CCAs) da região

O Centro Educacional Unificado São Miguel, na Zona Leste, realizou, na última sexta-feira (22), a segunda edição do seminário Desafios e os Impactos do Racismo na Saúde Mental de Crianças e Adolescentes.  A primeira ocorreu no ano passado.

O simpósio, organizado pela Supervisão de Assistência Social (SAS) do Itaim Paulista, trouxe especialistas para abordar o tema. O evento também contou com apresentações como expressão artística, capoeira e maculelê, entre outras, dos atendidos pelos Centros para Crianças e Adolescentes (CCAs) Nazareth, 3° Milênio Itaim VI, Espaço Amigo, Parque Santa Rita,  ALPS, 3° Milênio, Criança Cidadã e Xico Esvael.  

Para Tauane Costa, 12, frequentadora do CCA 3° Milênio Itaim VI, o seminário significou uma experiência inédita. “Adorei essa atividade porque, no mundo de hoje, há muitas pessoas que sofrem racismo e, pela importância do tema, com certeza vou participar mais vezes de eventos assim”. 
 
Coleta de dados

Assim como o CCA São Miguel, os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) Itaim Paulista, Itaim Paulista II e Vila Curuçá, da mesma região, têm utilizado uma metodologia para recolhimento de dados nos CCAs, que funciona da seguinte forma: 

  • Primeira coleta - Realizada quando é feita a declaração externa, com a análise de dados inseridos nos prontuários no momento de inscrição para a inserção nos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) e CCAs. 
  • Segunda coleta - Feita no momento no qual é feita a autodeclaração, através de rodas de conversa sobre o Dia da Consciência Negra; debates sobre filmes que abordam o tema; oficinas antirracistas; pela autodeclaração de ser negro, por meio da escrita e do desenho identitário e no projeto “Tornar-se Negro”.

A importância desse trabalho foi destacada por Gislene Aparecida, gestora de Parceria dos CCAs da Vila Curuçá, que integra o distrito. “As crianças que têm seus direitos violentados e estão com sua saúde mental prejudicada têm cor, não é só a classe. Por esse motivo, fizemos essa proposta de recorte. Eu e meus colegas estamos vendo os frutos dessa política da assistência social”.  

Para Wellington Machado, assistente social e especialista em saúde mental, é fundamental que as crianças e os jovens tenham mais contato com serviços da rede socioassistencial que mostram a potência de serem negros. “Logo, é importante trazer a história da origem deles no contexto real e na sua totalidade, para que tenham elementos para ter orgulho das suas origens, ancestralidades e, quando se depararem com o racismo, tenham como enfrentá-lo”.

Sobre o trabalho do CCA

O Centro para Crianças e Adolescentes (CCA) é um serviço que promove atividades para o público a partir de 6 e até 14 anos e onze meses. Seu foco é a constituição de um espaço de convivência a partir dos interesses, demandas e potencialidades dessa faixa etária. A rede socioassistencial conta, atualmente, com 463 CCAs espalhados pela cidade, com um total de 67.980 vagas.  

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