Prefeitura de São Paulo

O prefeito Ricardo Nunes tem uma audiência com o Papa Francisco nesta quinta-feira (16), participa do seminário “Da crise climática à resiliência climática”, entre 15 e 17 de maio, na Cidade do Vaticano, na Itália, e troca experiências sobre políticas de acolhimento à população em situação de rua. Nunes é um dos 20 chefes de Executivos em todo o mundo convidados pelo Papa para falar no seminário.  

“Teremos uma participação muito importante aqui. Primeiro, colocar a cidade nesse contexto de mostrar seu trabalho nas mudanças climáticas, meio ambiente, nas questões voltadas à sustentabilidade. E tem também o encontro com o Papa. Foram 20 governos convidados para participar aqui e a cidade de São Paulo está entre esses 20. É um orgulho muito grande para nós. Vamos mostrar tudo o que cidade de São Paulo está fazendo para a questão da sustentabilidade e meio ambiente”, destacou o prefeito ao desembarcar em Roma, na Itália, nesta terça-feira (14). 

O prefeito conheceu o Ambulatório “Madre di Misericordia” (Elemosineria Apostólica), com o Cardeal Konrad Krajewski. A entidade, vinculada ao Vaticano, atende pessoas em situação de rua e foi por meio dela que o Papa enviou doações ao Rio Grande do Sul. “É o serviço de assistência do Vaticano, que iremos conhecer e trocar experiências”, afirmou o prefeito. 

Nesta quarta-feira (15), Ricardo Nunes participa dos eventos relacionados ao seminário. Na quinta, o prefeito assiste a uma Missa na Basílica de São Pedro em homenagem ao prefeito Bruno Covas celebrada pelo padre Pedro Funari. Nessa data, faz três anos da morte de Covas. 

Durante o dia, o prefeito será recebido pelo Papa ao lado dos outros prefeitos convidados e integrará mesa redonda em que apresenta os exemplos práticos que a Prefeitura implementa no combate à crise climática. Vai falar, por exemplo, como a cidade vem se preparando para reduzir a emissão de poluentes e o compromisso assumido pela cidade por meio do Programa de Metas, em que prevê respostas imediatas às demandas locais e globais, zelando pelas gerações futuras e posicionando São Paulo mundialmente na vanguarda da promoção da sustentabilidade e qualidade ambiental.     

O prefeito vai explicar algumas dessas ações, como o aumento da cobertura da área vegetal da cidade, passando de 48% para 54,13%, e a redução das emissões de poluentes em 50% até 2030 e, até 2050, zerar as emissões de carbono adotando medidas como a eletrificação da frota de ônibus. 

“Hoje, 15% do território da cidade são áreas públicas de florestas que compõem parques estaduais, municipais e áreas indígenas”, disse o prefeito, que em fevereiro assinou um decreto que desapropria para o município 11% de áreas verdes particulares para preservação sob proteção da Prefeitura. “A gente vai passar para 26% do território da cidade de área de mata, preservada, área pública. Isso representa um quarto da cidade”, salientou Nunes. Atualmente, a cidade conta com 112 parques e, até o final do ano, serão entregues 9 parques à população. A capital planta 55 mil árvores por ano.     

Homenagens e presentes 
Nesta quinta, o prefeito vai homenagear os gaúchos ao presentear o Papa com uma bandeira do Rio Grande do Sul, devastado por fortes chuvas, e uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira da Brasil, para ser abençoada por Francisco e depois levada ao Estado.  

O prefeito vai entregar outros presentes ao Papa: uma imagem de São Paulo, padroeiro da capital, outra imagem de Nossa Senhora, que volta à capital após as bênçãos de Francisco, além de uma bandeira da cidade de São Paulo e outra do Brasil. O prefeito ainda deve presentear o Papa Francisco com uma camiseta da Seleção Brasileira e outra do Palmeiras.     

Seminário   
As Pontifícias Academias de Ciências (PAS) e de Ciências Sociais (PASS) do Vaticano realizam o seminário “Da crise climática à resiliência climática” para debater o fortalecimento da resiliência diante da crise climática.      

O seminário se baseia em três pilares de atuação: mitigação, de modo a reduzir as causas do fenômeno climático; adaptação, a fim de lidar com os riscos inevitáveis decorrentes desse processo; e a transformação social, como meio de promover a mitigação e a adaptação, buscando soluções que abordem a proteção da biodiversidade e a redução da desigualdade, com especial atenção para a promoção da saúde humana e os impactos da transição climática sobre o aumento de fluxos migratórios.