Notícia na íntegra
Ação da Prefeitura na Luz reduziu “fluxo” e atendeu 252 pessoas
No dia seguinte à ação da Prefeitura para desmontagem pactuada de barracas na praça Julio Prestes (Luz), o chamado “fluxo” de dependentes químicos foi reduzido para cerca de 50 pessoas, retornando ao patamar de meados do ano passado. Desde o segundo semestre de 2014, traficantes de drogas passaram a usar lonas e carretas para se mesclar com pessoas em situação de rua e dependentes químicos, o que impediu a abordagem de equipes de saúde e assistência da Prefeitura que atuam na região para reduzir danos. A administração municipal está em diálogo há semanas com o governo estadual sobre essa situação. A ação de ontem aconteceu sem participação da Polícia Militar para evitar ações violentas ou repressivas, conforme pactuado com as lideranças locais. A meta era repetir a ação inicial de janeiro de 2014 do programa De Braços Abertos, quando 150 moradias de rua foram desmontadas pacificamente pelos próprios moradores.
“A operação em si foi um sucesso, basta passar lá hoje. Está tudo de acordo com o planejado: as barracas desmontadas, os traficantes afastados. Há cerca de 20, 30 traficantes que ocupavam aquelas barracas. Pedras, bandejas de crack, tijolos de crack que eram fracionados naquelas barracas. Hoje as barracas não existem mais”, disse hoje o prefeito Fernando Haddad, em evento ocorrido em São Matheus. Segundo Haddad, a ação da Prefeitura não deve ser desqualificada ou confundida com o incidente da Polícia Militar.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo foi acionada pessoalmente pelo prefeito Fernando Haddad no começo da tarde da quarta (29), quando foi detectada a intenção de pessoas ligadas ao tráfico de oferecer resistência e remontagem de barracas. Neste momento Haddad telefonou para o secretário Alexandre de Moraes e ambos se reuniram em seguida na Luz. Até esse momento, não tinha sido registrado nenhum incidente e o fluxo de cerca de 500 pessoas já estava reduzido para cerca de 200, em um quarteirão da Rua Dino Bueno, com a Rua Helvetia e Praça Julio Prestes já completamente liberada. A ação foi conduzida pela Assistência Social, Trabalho, Direitos Humanos, Subprefeitura da Sé, Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb) e Guarda Civil Metropolitana (GCM).
Na quarta, a Prefeitura incluiu novos 88 beneficiários ao programa De Braços Abertos e acolheu outras 103 pessoas, que aceitaram o encaminhamento para albergues ou núcleos de assistência da Prefeitura, como o Centro de Acolhida de Catadores, o Portal do Futuro, Zaki Narchi, Núcleo Prates e Família em Foco. Nesta quinta (30), novos 61 acolhimentos foram realizados.
Dois incidentes marcaram o período da tarde de ontem. O primeiro foi o disparo de uma arma. “Um policial foi reconhecido quando fazia uma incursão pelo fluxo e as informações que eu tive é que ele foi agredido e reagiu. Esse incidente provocou um certo tumulto, que teve que ser administrado com muita paciência para que aquilo não viesse a se tornar mais grave”, explicou o prefeito. O segundo incidente aconteceu quando a situação já voltava à normalidade. “Depois do incidente houve uma reação, uma tentativa de invasão no posto policial e no terreno da Cultura. Esse episódio foi controlado. Obviamente que ninguém deseja que alguém saia ferido em nada” completou.
Para a Prefeitura, os próximos passos incluem a busca ativa por novas adesões ao programa De Braços Abertos, focado em moradia, trabalho e assistência social e médica. Aqueles que desejarem internação em clínicas são encaminhados ao projeto complementar do Estado na região, o Recomeço. O fator preponderante para evitar uma nova recaída na região depende da Polícia Militar.
“Tem que haver, evidentemente, a presença ostensiva da Segurança Pública para que o tráfico se veja intimidado pela presença do poder público. Não há o que intimide o tráfico, a não ser a força ostensiva, e ai ele realmente se intimida, e o usuário, o dependente, nós vamos tratar, ou de forma ambulatorial, por meio dos CAPS, ou se assim desejar a família ou o próprio usuário, por meio de internação. O Cratod também está atuando na região. E algumas pessoas, às vezes, até pedem a internação, quando há concordância do médico, a pessoa recebe esse tratamento”, explicou.
SECOM - Prefeitura da Cidade de São Paulo
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