Notícia na íntegra
Após mais de 3 mil partos realizados, enfermeira obstetra conserva a emoção de trazer um bebê ao mundo
Contar os nascimentos de bebês dos quais participa é um costume da enfermeira obstetra Thaís Talarico, 41. E ela se orgulha dos números contabilizados nos seus 19 anos de carreira.
“Já realizei 3.170 partos.Trazer uma criança ao mundo é incrível, tem muita emoção envolvida”, enfatiza.
Thaís trabalha na Casa de Parto Sapopemba, na Zona Leste. É uma unidade hospitalar da Secretaria Municipal da Saúde que realiza partos humanizados – e de baixo risco - pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Parto humanizado é o tipo de assistência que a mulher recebe no dia em que vai dar à luz. As decisões da parturiente são ouvidas e respeitadas pela equipe médica
Desde a adolescência o sonho de Thaís, que é natural de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, era trabalhar na área da saúde como seu pai, o dentista Luiz Talarico, de 78 anos. Ela pretendia cursar Medicina na Universidade de São Paulo (USP). No entanto, após dois vestibulares que não lhe renderam bons resultados, optou pela Enfermagem.
Graças ao estímulo familiar e à dedicação aos estudos, Thaís foi aprovada nas duas fases do vestibular da USP, a Fuvest, e ficou em oitavo lugar na classificação geral.
Em 2000, quando estava no segundo ano da graduação, escolheu fazer as matérias relacionadas à pediatria. Mas logo percebeu que não era aquilo que desejava. Trocou as disciplinas para o campo de saúde da mulher e se encontrou na obstetrícia.
Durante o curso ela e uma amiga, Samanta Guilger, 41, foram conhecer a Casa de Parto Sapopemba. As duas ficaram apaixonadas pelo lugar e Samanta disse que, no futuro, gostaria de ter seu primeiro filho lá. E que o nascimento da criança fosse presenciado por ThaÍs.
Os anos se passaram. Após o término da faculdade, dois locais fizeram parte do currículo da jovem enfermeira: a instituição Amparo Maternal, localizada na Vila Clementino, Zona Sul, de 2001 a 2008; e o Hospital Geral de Pedreira, na mesma região, de 2003 a 2010. Em março de 2010, ela realizou mais um sonho: foi trabalhar na Casa de Parto Sapopemba.
Momento especial
Seis anos mais tarde, Thais recebeu uma mensagem pelo Facebook que a deixou muito surpresa.
“Era a minha amiga Samanta, contando que estava grávida e que gostaria de ter a bebê naquela ‘casinha linda’ que conhecemos no passado”, recorda-se.
A enfermeira levou Samanta para visitar o local, acompanhada pelo marido e a mãe dela. Mas explicou que não era possível escolher os profissionais que iriam acompanhar o parto na data prevista, pois quem faria o procedimento seria a equipe de plantão.
Alguns meses depois, em um domingo, assim que chegou para cumprir seu expediente, uma colega disse à Thaís que havia uma paciente em trabalho de parto. Ao ouvir a descrição da futura mãe, perguntou o nome dela e confirmou sua suspeita.
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“Fiquei em êxtase ao saber que estaria no parto da minha amiga de faculdade. Moramos juntas por um período, tivemos tantas histórias. Foi emocionante”, afirma a enfermeira, feliz por ter presenciado o nascimento da pequena Lis Belle.
“Mesmo depois de tanto tempo, de tantos partos, ainda choro. É muito emocionante ver as mulheres se modificando, se tornando mães, deixando de ser apenas mulheres. E os homens, por sua vez, se tornando pais. É a formação de uma família”, comemora Thaís.
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