Notícia na íntegra
Autodeclaração da cor é fundamental para aprimorar políticas de saúde pública
A dificuldade de reconhecer a cor e raça se tornou um obstáculo para o avanço da construção de políticas específicas para o melhoramento de vida das pessoas negras no Brasil. Esse reconhecimento é essencial para direcionar as equipes de saúde no tratamento de seus pacientes, tendo em vista que algumas doenças atingem, com mais frequência, a população negra, maior parcela do povo brasileiro.
Neste sábado (20) é celebrado o Dia da Consciência Negra, que encoraja a luta dos negros contra a discriminação. Apesar da data simbólica refletir sobre a resistência, a importância do povo e da cultura africana no Brasil, a consciência de cor deve ser exercitada o ano todo, bem como a saúde. Cada raça, seja branca, preta, parda, amarela ou indígena é acometida por determinados problemas de saúde e patologias específicas.
O aspecto genético de cada raça precisa ser levado em conta na elaboração de políticas de saúde. Desta forma, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) reforça a relevância da declaração da raça para ajudar a atender as necessidades desta população.
Minha Cor eu Declaro
Criada em parceria com o Núcleo de Comunicação da Escola Municipal de Saúde (EMS), a campanha "Minha Cor Eu Declaro" tem abordado essa importância da autodeclaração como forma de promover mais equidade.
"A população negra tem doenças específicas, assim como as outras populações também. Na raça negra é mais comum a diabetes (tipo 2), anemia falciforme, doenças falciformes e a hipertensão. Essas são as doenças com maior incidência na população negra", ressalta o professor Marco Antônio dos Santos, sociólogo e assessor da área técnica de Saúde da População Negra da SMS.
Vale ressaltar que a cor e raça devem ser declaradas pela própria pessoa. Caso o cidadão seja incapaz de responder, fica a cargo de seu responsável informar o dado.
"O dia 20 de novembro é um marco para a saúde da população negra, mas nós devemos lembrar que o ano inteiro nós temos que ficar atentos e não só nessa data. Hoje as pessoas não estão mais só fazendo as comemorações, elas estão fazendo ações. A nossa luta é para provar que não existe uma raça superior à outra", pondera Marco Antônio.
SECOM - Prefeitura da Cidade de São Paulo
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