Prefeitura de São Paulo

Após o recebimento de 165.300 doses da vacina de Oxford/AstraZeneca na segunda-feira (25), a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), começou uma nova etapa da campanha de imunização contra a Covid-19 na capital paulista.

No início da tarde da última quarta-feira (27), a vacinação foi realizada em Unidades Básicas de Saúde (UBS), dentre elas a UBS Boracéia, na Barra Funda, onde a agente de saúde Percília Camilo, 34 anos, foi a primeira profissional a receber a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, e o laboratório britânico AstraZeneca, que no Brasil tem parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Seguindo recomendação do governo estadual, a SMS aplicará todas as 368.300 doses das vacinas Coronavac/Butantan e Oxford/AstraZeneca recebidas, sendo respectivamente 203 mil doses da primeira e 165.300 da segunda.

Esse primeiro lote da vacina de Oxford amplia a cobertura vacinal para os equipamentos e grupos prioritários, ou seja, os profissionais da saúde que atuam na linha de frente do atendimento à Covid-19 em hospitais públicos e privados, prontos-socorros, UPAs, AMAs, UBS e os profissionais que trabalham no SAMU Resgate. Também fazem parte do grupo prioritário idosos residentes em Instituições de Longa Permanência (ILPI) e indígenas.

Com a ampliação do número de vacinas também serão incluídos na vacinação: funcionários e idosos do Programa de Assistência ao Idoso (PAI); funcionários e idosos (acamados) atendimentos por Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAD); e os funcionários e residentes dos Serviços de Residência Terapêutica (SRT) e das Unidades de Acolhida (UA).

Conforme a liberação das doses, a vacinação contemplará 100% dos profissionais das unidades de saúde, incluindo os setores de atendimento Covid-19, reabilitação, laboratório, limpeza e administração. Eles serão vacinados em seus locais de trabalho, mediante lista e escala.

Vale lembrar que as duas vacinas possuem aplicação em duas doses. A Coronavac tem intervalo recomendado de 2 a 4 semanas e a Oxford, de 4 a 12 semanas. O Governo do Estado de São Paulo e o Ministério da Saúde garantiram o envio posterior das vacinas dentro do intervalo hábil recomendado.

O imunizante

Com base em dados de três países (Brasil, Reino Unido e África do Sul), a vacina de Oxford/AstraZeneca tem indicação de eficácia de 70% em adultos com menos de 55 anos, mas estudos clínicos apontaram que a vacina é segura para todas as faixas etárias, incluindo os idosos. O número supera a eficácia mínima de 50% estabelecida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para dar aprovação a um imunizante contra a Covid-19. E como a Coronavac, a vacina de Oxford/AstraZeneca tem prevenção de 100% dos casos graves da doença e internações.

Sobre possíveis reações adversas, foram relatadas dor no local da vacinação, febre e dor de cabeça, todas de intensidade leve ou moderada. Não foi registrada nenhuma reação grave relacionada à imunização.

O imunizante também apresenta facilidade de transporte, se conserva em temperaturas de geladeira comum (de 2ºC a 8ºC), o que facilita o uso na estrutura já existente no SUS, o Sistema Único de Saúde.

A vacinação na capital

O processo de vacinação contra a Covid-19 na cidade de São Paulo teve início no dia 19 de janeiro, a partir do recebimento do primeiro lote de 203 mil doses da vacina Coronavac/Butantan, entregue pelo Governo do Estado de São Paulo.

A técnica de enfermagem Helen Cristina de Camargo Seixas Pacheco foi a primeira profissional da rede municipal vacinada. Ela trabalha no Hospital Municipal Dr. José Soares Hungria, em Pirituba, Zona Norte de São Paulo.

Na quarta-feira (20), a Secretaria Municipal da Saúde iniciou a vacinação de indígenas na aldeia Tenondé-Porã, da etnia guarani, em Parelheiros, Zona Sul da capital.