Prefeitura de São Paulo

Atualizado às 20h05

As fortes chuvas que atingiram São Paulo na tarde desta segunda-feira (12) causaram problemas em dois córregos da cidade: o Morro do S, no Campo Limpo, que transbordou por volta das 16h45, e o Ipiranga, na região sudeste, que registrou extravasamento às 17h15. Por conta dos problemas, o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) decretou estado de alerta nas duas regiões.

O transbordamento do córrego Morro do S causou interrupção do trânsito no entorno das avenidas Carlos Caldeira Filho e Elias Mass, além de as águas terem atingido oito lojas. De acordo com a Subprefeitura de Campo Limpo, não houve vítimas ou grandes prejuízos, porque os estabelecimentos contavam com comportas.

Uma equipe de 20 homens com máquinas se encaminharam para a região por volta das 18h para executar os serviços de limpeza no local. O córrego Morro do S tem obras previstas pela Prefeitura, que abrangem mais de 6.000 metros de canalização dos afluentes, que são os córregos Freitas e Capão Redondo, além da construção de dois piscinões, com prazo para execução de 36 meses. Os recursos são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Já o córrego do Ipiranga registrou extravasamento às 17h15 na altura da avenida Professor Abraão de Morais com a rua General Chagas Santos. Às 19 horas, equipes da Subprefeitura da Vila Mariana avaliariam os impactos no local, o volume de água já havia baixado e não foram registrados danos materiais na região. Cerca de dez pessoas iniciaram o serviço de limpeza na região às 19h40.

Na região, estão previstos a realização de obras de canalização de córrego com a construção de um reservatório, ampliação e adequação hidráulica da Lagoa Aliperti, ampliação do canal do Ipiranga desde o viaduto Aliomar Baleeiro até a avenida Bosque da Saúde. Também estão dentro do pacote a construção de canal extravasor desde a Lagoa Aliperti até o reservatório junto às alças do viário do Viaduto Aliomar Baleeiro. O investimento é de R$ 200.

O Programa de Redução de Alagamentos (PRA), que são obras de microdrenagem, que na primeira fase, foi totalmente executado com investimentos da Prefeitura de São Paulo já beneficia mais de 2 milhões de pessoas. As intervenções englobam o aumento de captação de águas, reforço e construção de galerias e contenção de margens.

Alagamentos
Desde o início desta segunda-feira (12) até as 18h, a cidade registrou 32 pontos de alagamentos, sendo dez transitáveis e 22 intransitáveis. Às 18h, eram 15 pontos de alagamentos ativos sendo cinco transitáveis e 10 intransitáveis.A região mais afetada às 18h era Santo Amaro, na zona sul, com oito locais com acúmulo de água ativos, sendo cinco na avenida Nações Unidas, com quatro intransitáveis.

Na região do Ipiranga, às 18h, havia um único ponto ativo, intransitável, na avenida Ricardo Jafet. No Centro, três pontos de alagamentos estavam ativos, sendo dois na praça da Bandeira, ambos transitáveis, e um na Rua Teixeira Leite, intransitável.

Por conta das chuvas, o CGE decretou às 15h15 estado de atenção para alagamentos nas zonas sul, sudeste, leste e marginal Pinheiros. Essas regiões retornaram ao estado de observação às 18h. As regiões norte, oeste, centro e a marginal Tietê tiveram o estado de atenção decretado às 16h05 e retornaram para observação às 17h38.


Árvores
Até as 18h desta segunda-feira (12), o Centro de Controle Operacional Integrado (CCOI) registrava 58 quedas de árvores nesta segunda-feira (12). Um dos motivos para as quedas de árvores foram os ventos fortes registrados na cidade. Às 16h45, o CGE registrou ventos de 85km/h na região do Aeroporto de Congonhas, de 54 km/h no campo de Marte às 16h30, e de 52 km/h no aeroporto de Guarulhos por volta das 17h.

Um dos locais mais atingidos foi a região do Butantã, em especial, na avenida Politécnica, onde de acordo com a subprefeitura, até as 18h, foram registradas quatro quedas de árvores. Uma das espécies caiu sobre um veículo na altura do número 4.000 e interrompeu o trânsito na via. Não houve feridos. A subprefeitura da região já trabalha para retirar as árvores e reestabelecer o fluxo de veículos e pedestres.

Semáforos
Com as chuvas que atingiram a cidade nesta segunda-feira (12), 1,609% dos semáforos apresentaram algum tipo de falha até as 18h30. Desse total, 0,981% estavam em manutenção e 0,638% se referem à falta de energia. O índice de falha ficou acima de 1% da rede semafórica, padrão adotado pela Prefeitura de São Paulo como meta geral de funcionamento, baseado em critérios técnicos da CET e seguindo, por exemplo, o padrão da cidade de Londres.

A meta de 1% vale para agosto de 2015, data de conclusão da maior reforma da rede semafórica já realizada em São Paulo. Atualmente, em dias chuvosos, esse índice pode chegar a 2%, porém a situação difere drasticamente do passado recente, pré-reforma, quando temporais fortes ocasionavam a quebra simultânea de até 400 semáforos, com longo prazo de conserto. Hoje, a recuperação é feita em horas, com exceção para falta de energia de duração que ultrapassa a capacidade dos nobreaks.

Segundo a CET, todas as equipes de manutenção estão nas ruas para fazer a manutenção nos cruzamentos. Nos locais de maior fluxo, o monitoramento é realizado manualmente por agentes.

Previsão do tempo
De acordo com a equipe de meteorologia do CGE, as próximas horas da segunda-feira (12) seguem com céu bastante nublado, mas sem chuvas de maior intensidade. Há potencial para chuva fraca no decorrer da noite e durante a madrugada, o tempo volta a ficar abafado, com mínima em torno dos 22ºC.

A terça-feira (13) tem previsão de sol e temperaturas elevadas. As mínimas oscilam em torno dos 22ºC, enquanto que as máximas podem superar os 34ºC. As chuvas, que devem vir em forma de pancadas isoladas, podem ocorrer entre o final da tarde e o início da noite, associadas principalmente ao calor e à chegada da brisa marítima.

O tempo não muda muito na quarta-feira (14), que deve registrar tempo quente e ensolarado na Grande São Paulo. Os termômetros variam entre mínimas de 21ºC e máximas de 33ºC. O calor da tarde deve favorecer o retorno das chuvas na forma de pancadas isoladas.