Prefeitura de São Paulo

As chuvas desta terça-feira (3) provocaram o transbordamento do Córrego Guaraú, um deslizamento de terra na Rua Morro do Valongo e alagamentos na região da Rua São Roque de Minas, na Casa Verde, zona norte da cidade. No Córrego do Bispo, também na zona norte, três barracos desabaram e as famílias foram retiradas do local. Devido às ocorrências registradas na região, o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) decretou estado de alerta na Subprefeitura de Casa Verde às 19h05.

O deslizamento de terra na Rua Morro do Valongo provocou a queda parcial de um muro. O imóvel ficará interditado até a manhã desta quarta-feira (4) quando uma equipe da Defesa Civil vai avaliar se há novo risco de desabamento. Ninguém ficou ferido.

A Subprefeitura da Casa Verde realiza serviços de conservação e limpeza na região da Rua São Roque de Minas desde outubro de 2014. A obstrução provocada pelas moradias que se encontram edificadas sobre o córrego do Bispo contribuiu para a enchente na via. Também foram registrados alagamentos nas ruas Condessa Maria Matarazzo e Dr. Francisco Eugênio do Amaral. As águas baixaram e a limpeza foi feita nas vias atingidas. 

Por conta das chuvas, o CGE decretou estado de atenção para alagamentos na zona norte, às 17h28, na zona oeste, às 18h19, e na Marginal Tietê às 18h47, e vieram acompanhadas de rajadas de ventos. No Mirante de Santana, na zona norte, o vento chegou a de 37,4 km/h, às 18h, e no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, foi de 51,9 km/h, onde também foi registrado queda de granizo às 17h30 e às 18h22. Toda a cidade voltou ao estado de observação às 19h50.


Semáforos
Com as chuvas que atingiram a cidade nesta terça-feira (3), 0,795% dos semáforos apresentavam algum tipo de falha até as 20h. Deste total, 0,763% estavam em manutenção e 0,032% se referiam à falta de energia elétrica. Este nível está abaixo de 1% da rede semafórica, padrão adotado pela Prefeitura de São Paulo como meta geral de funcionamento, baseado em critérios técnicos da CET e seguindo, por exemplo, o padrão da cidade de Londres.

A meta vale para agosto de 2015, data de conclusão da maior reforma da rede semafórica. Atualmente, em dias chuvosos, esse índice pode chegar a 2%, porém a situação difere drasticamente do passado recente, pré-reforma, quando temporais fortes ocasionavam a quebra simultânea de até 400 semáforos, com longo prazo de conserto. Hoje, a recuperação é feita em horas, com exceção para falta de energia de duração que ultrapassa a capacidade dos nobreaks.


Previsão
A semana deve ser marcada por chuvas com maior volume entre a quarta-feira (4) e a sexta-feira (6), por conta da intensificação de um sistema de baixa pressão atmosférica entre a costa sul e sudeste do Brasil. As instabilidades além de atingir a região da Grande São Paulo e litoral paulista, devem trazer precipitação inclusive para os reservatórios, mas sem expectativas de resolver o déficit hídrico.

Na quarta-feira (4) o sol aparece entre nuvens, o que favorece a elevação das temperaturas no decorrer do dia. As mínimas oscilam em torno dos 19ºC, enquanto que as máximas ficam próximas dos 28ºC. Os percentuais de umidade do ar se mantém elevados e oscilam entre 50% e 95%. As chuvas continuam ocorrendo na forma de pancadas concentradas entre o final da tarde e a noite, com potencial para a formação de alagamentos.

Na quinta-feira (5) o dia deve começar com céu nublado a encoberto e termômetros em torno dos 18ºC. As chuvas devem ocorrer a partir do período da manhã, na forma de pancadas isoladas. Por conta disso, a temperatura máxima não deve ultrapassar os 24ºC. Os índices de umidade relativa do ar se mantém elevados e variam entre 65% e 98%. Durante a tarde e a noite as instabilidades ganham força e provocam chuva forte, com elevado potencial para a formação de alagamentos, inclusive intransitáveis.