Notícia na íntegra
Cidade registra índice de isolamento social de 48%
O Sistema de Monitoramento Inteligente (SIMI-SP), do Governo de São Paulo, apontou que a cidade de São Paulo registrou o percentual de 48% de isolamento social na última quinta-feira (7). O número representa um sinal vermelho para a baixa adesão da capital, podendo impactar ainda mais a economia, já que a quarentena poderá continuar enquanto os índices de transmissão da covid-19 (doença provocada pelo novo coronavírus) não diminuírem na cidade.
Durante coletiva de imprensa realizada no Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul da cidade, nesta sexta-feira (8), o prefeito Bruno Covas alertou que situações extremas precisam de medidas mais duras.
“O isolamento social atingindo os números mais baixos registrados, ficando na casa dos 47% [durante a semana], causou um maior índice de congestionamento desde o início do isolamento, na faixa de 52 quilômetros aqui na cidade de São Paulo, nos levando a decretar o rodízio de 50% da frota, todos os dias, demonstrando a necessidade de medidas cada vez mais duras”, disse Covas.
O respeito ao isolamento social é fundamental para conter avanço da doença e preservar toda a rede de saúde (seja ela pública, filantrópica ou particular). Com o baixo índice de isolamento da capital, todo esforço que a Prefeitura e o Governo do Estado têm feito para a ampliação do número de leitos será em vão e a quarentena irá continuar enquanto a situação não estiver controlada.
No último boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), foram registrados 25.043 casos confirmados e 2.006 óbitos pela doença na capital. Outros 98.448 casos e 2.490 óbitos estão em investigação. Por isso que as pessoas devem colaborar ficando dentro de casa.
“Domingo será um Dia das Mães diferente, um dia de distância, com menos abraços e beijos, mas com o mesmo carinho e proteção. Que o espírito de proteção das mães nos inspire. Que a preocupação das mães com a saúde dos seus filhos nos sirva de lição para que a gente se preocupe com a saúde de todos”, disse o prefeito Bruno Covas.
A aceleração acentuada da contaminação por coronavírus em São Paulo coincide com a queda sensível nos índices de isolamento social em todo o estado. A média paulista chegou a 47% na última quinta-feira (7), muito longe da taxa considerada ideal, de 70%, e abaixo do mínimo de 55% estipulado como nova meta pelas autoridades em saúde.
A implantação da quarentena segue orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), da Organização Pan-americana de Saúde (Opas), Ministério da Saúde e do Centro de Contingência do coronavírus de São Paulo, formado por epidemiologistas, cientistas, pesquisadores, infectologistas e virologistas. Atualmente, o plano para a retomada gradual do distanciamento social, feito pelo governo estadual, será baseado em critérios como:
- A estabilidade e o declínio do número de óbitos
- Variação epidemiológica
- Capacidade de todo o estado na resposta aos doentes graves e que necessitam de Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
- Efetividade do distanciamento social
Embora o cenário atual seja muito preocupante, um modelo matemático do Centro de Contingência aponta que o isolamento social em todo o estado de São Paulo evitou mais de 40 mil mortes desde o dia 24 de março. Porém, a alta taxa de ocupação de leitos em hospitais por COVID-19 é o principal gargalo que exige a manutenção da quarentena.
Nesta sexta-feira (8), foi apresentado dados de um estudo realizado por pesquisadores da USP e Unicamp que indica o impacto do isolamento na diminuição de óbitos no país. Somente em São Paulo, entre os dias 8 e 21 de maio, os pesquisadores estimam quem 3.346 vidas sejam salvas.
SIMI-SP
A central de inteligência analisa os dados de telefonia móvel para indicar tendências de deslocamento e apontar a eficácia das medidas de isolamento social. Com isso, é possível apontar em quais regiões a adesão à quarentena é maior e em quais as campanhas de conscientização precisam ser intensificadas, inclusive com apoio das prefeituras.
O SIMI-SP é viabilizado por meio de acordo com as operadoras de telefonia Vivo, Claro, Oi e TIM para que o Governo de São Paulo possa consultar informações agregadas sobre deslocamento no Estado. As informações são aglutinadas e anonimizadas sem desrespeitar a privacidade de cada usuário. Os dados de georreferenciamento servem para aprimorar as medidas de isolamento social para enfrentamento ao coronavírus.
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