Notícia na íntegra
Coletivo para discutir pautas do universo feminino da EMEF Sebastião Francisco é selecionado para prêmio nacional
O coletivo feminista da EMEF Sebastião Francisco – O Negro, criado por alunas e a professora Débora Camasmie da escola EMEF Sebastião Francisco, foi selecionado no 3º Prêmio Territórios do Instituto Tomie Ohtake. A ação do instituto premia escolas públicas de todo o país que utilizam estratégias pedagógicas articuladas com os seus territórios, tendo como base ações que visam a promoção de uma ética amorosa.
Alunas do 5º ao 9° ano do ensino fundamental da escola, localizado na zona leste de São Paulo, sentiram a necessidade de um espaço de confiança e acolhimento para discutir situações do dia a dia que estão presentes na vida de todas as meninas. Em 2016, com a ajuda da professora, o coletivo feminista da EMEF Sebastião Francisco – O Negro foi criado para atender a demanda das estudantes.
“Eu comecei a ouvir muitos relatos das meninas sobre uma série de questões e junto com outras professoras, a gente colheu todos e começou a fazer alguns projetos. Um tempo depois, a gente decidiu criar um coletivo”, conta Camasmie.
As professoras orientadoras do projeto visam relacionar as pautas do coletivo às premissas do Currículo da Cidade, além dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estipulados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Os temas são tratados em um espaço seguro e confortável para todos, mesmo os assuntos considerados tabus para a sociedade, como dignidade menstrual.
Sempre são levados para a roda de conversa, com um embasamento teórico pautado no Currículo da Cidade, assuntos como a luta pelo direito das mulheres, a forma que a imagem da mulher é veiculada na mídia e saúde feminina. Além das rodas de conversa, durante as duas reuniões semanais, são realizadas também diferentes atividades ao longo do ano letivo.
Os meninos também participam e têm muito interesse, principalmente após alguns relatarem situações ligadas ao machismo que perceberem que as próprias mães vivenciam em casa. É discutido, por exemplo, a masculinidade tóxica e como a imagem de que os homens precisam ser “durões” também os prejudica. Atualmente, o projeto é liderado pela professora de ciências da unidade, Janaina Silva Coelho, que também acompanhou o coletivo desde o início.
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