Notícia na íntegra
Como lidar com a gripe Influenza A H1N1
A Secretaria Municipal de Saúde elaborou um guia para esclarecer as principais dúvidas sobre a gripe Influenza A causada pelo vírus H1N1. O texto apresenta os principais sintomas da doença e traz informações sobre a distribuição do medicamento Oseltamivir (Tamiflu) e a campanha de vacinação. Confira abaixo:
Vacina
A vacinação contra a gripe Influenza A é a principal intervenção preventiva em saúde pública. A campanha anual, realizada habitualmente entre os meses de abril e maio, tem por objetivo reduzir a mortalidade, as complicações e as internações decorrentes das infecções provocadas pelo vírus, especialmente nos grupos de risco, que incluem crianças de seis meses até cinco anos de idade, profissionais de saúde, gestantes e pessoas com mais de 60 anos.
A Secretaria Municipal da Saúde, em parceria com o Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado da Saúde, realizará a campanha de vacinação do A H1N1 a partir da primeira quinzena de abril nos grupos de risco em todas as unidades básicas de saúde.
No Brasil, o laboratório que produz as vacinas para a rede pública é o Instituto Butantan. Assim que a Organização Mundial de Saúde estabelece a composição da vacina, com base nos vírus em circulação no inverno do Hemisfério Norte, informa ao Butantan e este produz a nova dose. Caso o paciente opte por tomar a vacina na rede privada, é preciso ficar atento se a mesma contém as cepas recomendadas pela OMS para o Hemisfério Sul neste ano. A proteção conferida pela vacinação é de aproximadamente um ano.
Contraindicações da vacina:
A vacina para Influenza e H1N1 está contraindicada para pessoas com histórico de reação anafilática prévia ou alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados, assim como a qualquer componente da vacina, e para pessoas que apresentaram reações anafiláticas graves a doses anteriores.
Grupos de risco
São fatores de risco para complicações decorrentes da Influenza H1N1:
- Grávidas em qualquer idade gestacional, puérperas até duas semanas após o parto (incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal)
- Indivíduos que apresentem:
- Pneumopatias;
- Cardiovasculopatias (excluída hipertensão arterial sistêmica);
- Nefropatias;
- Hepatopatias;
- Doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme)
- Distúrbios metabólicos (incluindo diabetes melitus)
- Transtornos neurológicos que possam comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de aspiração (disfunção cognitiva, lesões medulares, epilepsia, paralisia cerebral, Síndrome de Down, atraso de desenvolvimento, AVC ou doenças neuromusculares);
- Imunossupressão (incluindo medicamentosa ou pelo vírus da imunodeficiência humana)
- Obesidade;
- Indivíduos menores de 19 anos de idade em uso prolongado com ácido acetilsalicílico (risco de Síndrome de Reye);
- Adultos com 60 anos ou mais;
- Crianças menores de 2 anos;
- População indígena.
Sintomas
A população deve estar atenta aos sintomas da Influenza A H1N1. A doença se assemelha a uma gripe comum, mas é muito mais intensa. Fadiga e dores no corpo, febre alta, dificuldades para respirar e dores no tórax indicam problema. Nesses casos, a orientação é que o cidadão procure atendimento médico na rede pública de saúde. Alguns casos podem evoluir com complicações, especialmente no grupo de risco.
São sinais de agravamento:
• Aparecimento de dispneia (falta de ar) ou taquipneia (aumento da frequência respiratória) ou hipoxemia (diminuição da oxigenação no sangue);
• Persistência ou aumento da febre por mais de 3 dias;
• Exacerbação de doença pulmonar obstrutiva crônica;
• Exacerbação de doença cardíaca pré-existente;
• Miosite (inflamação nos músculos) comprovada por exames laboratoriais;
• Alteração do sensório (do nível de consciência);
• Exacerbação de sintomas gastrointestinais em crianças;
• Desidratação
Tratamento
O medicamento oseltamivir (cujo nome comercial é Tamiflu) é o único indicado para tratamento da doença e é distribuído pelo Ministério da Saúde, nas suas apresentações de cápsulas de 30 mg, 45 mg e 75 mg. A prescrição médica deve conter o nome genérico do medicamento, a concentração (30 mg, 45 mg ou 75 mg), a posologia (como o medicamento deve ser administrado) e a duração do tratamento.
Em razão do atual quadro de incidência da doença, a rede municipal atenderá receitas mesmo se estas estiverem escritas com o nome comercial, Tamiflu. Também, como exceção à regra, o medicamento será fornecido mesmo que a concentração prescrita seja diferente daquela disponível na unidade. Exemplificando, se a receita for de oseltamivir de 30 mg e a concentração disponível na unidade for de 75 mg, o medicamento será fornecido com uma orientação sobre como fazer a diluição do conteúdo da cápsula, que é simples, para atender à necessidade do paciente.
A Secretaria Municipal de Saúde ressalta que o medicamento é distribuído tanto para atendimento de receitas do setor público ou privado em unidades da rede básica e de especialidades. Com relação aos hospitais públicos ou privados, estes dispõem do oseltamivir apenas para tratamento dos pacientes internados.
PREVENÇÃO
Para prevenir a gripe Influenza ou o H1N1 é fundamental:
- A higienização frequente (lavagem) das mãos;
- Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
- Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
- Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
- Manter os ambientes bem ventilados;
- Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de influenza;
- Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.
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