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Quarta-feira, 30 de Março de 2016 | Horário: 14:07
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Como lidar com a gripe Influenza A H1N1

A Secretaria Municipal de Saúde elaborou um guia para esclarecer as principais dúvidas sobre a gripe Influenza A causada pelo vírus H1N1. O texto apresenta os principais sintomas da doença e traz informações sobre a distribuição do medicamento Oseltamivir (Tamiflu) e a campanha de vacinação. Confira abaixo:


Vacina
A vacinação contra a gripe Influenza A é a principal intervenção preventiva em saúde pública. A campanha anual, realizada habitualmente entre os meses de abril e maio, tem por objetivo reduzir a mortalidade, as complicações e as internações decorrentes das infecções provocadas pelo vírus, especialmente nos grupos de risco, que incluem crianças de seis meses até cinco anos de idade, profissionais de saúde, gestantes e pessoas com mais de 60 anos.

A Secretaria Municipal da Saúde, em parceria com o Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado da Saúde, realizará a campanha de vacinação do A H1N1 a partir da primeira quinzena de abril nos grupos de risco em todas as unidades básicas de saúde.

No Brasil, o laboratório que produz as vacinas para a rede pública é o Instituto Butantan. Assim que a Organização Mundial de Saúde estabelece a composição da vacina, com base nos vírus em circulação no inverno do Hemisfério Norte, informa ao Butantan e este produz a nova dose. Caso o paciente opte por tomar a vacina na rede privada, é preciso ficar atento se a mesma contém as cepas recomendadas pela OMS para o Hemisfério Sul neste ano. A proteção conferida pela vacinação é de aproximadamente um ano.


Contraindicações da vacina:
A vacina para Influenza e H1N1 está contraindicada para pessoas com histórico de reação anafilática prévia ou alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados, assim como a qualquer componente da vacina, e para pessoas que apresentaram reações anafiláticas graves a doses anteriores.

Grupos de risco
São fatores de risco para complicações decorrentes da Influenza H1N1:



  • Grávidas em qualquer idade gestacional, puérperas até duas semanas após o parto (incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal)

  • Indivíduos que apresentem:


-          Pneumopatias;


-          Cardiovasculopatias (excluída hipertensão arterial sistêmica);


-          Nefropatias;


-          Hepatopatias;


-          Doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme)


-          Distúrbios metabólicos (incluindo diabetes melitus)


-          Transtornos neurológicos que possam comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de aspiração (disfunção cognitiva, lesões medulares, epilepsia, paralisia cerebral, Síndrome de Down, atraso de desenvolvimento, AVC ou doenças neuromusculares);


-          Imunossupressão (incluindo medicamentosa ou pelo vírus da imunodeficiência humana)


-          Obesidade;


 



  • Indivíduos menores de 19 anos de idade em uso prolongado com ácido acetilsalicílico (risco de Síndrome de Reye);

  • Adultos com 60 anos ou mais;

  • Crianças menores de 2 anos;

  • População indígena.


 


Sintomas
A população deve estar atenta aos sintomas da Influenza A H1N1. A doença se assemelha a uma gripe comum, mas é muito mais intensa. Fadiga e dores no corpo, febre alta, dificuldades para respirar e dores no tórax indicam problema. Nesses casos, a orientação é que o cidadão procure atendimento médico na rede pública de saúde. Alguns casos podem evoluir com complicações, especialmente no grupo de risco.

São sinais de agravamento:


•     Aparecimento de dispneia (falta de ar) ou taquipneia (aumento da frequência respiratória) ou hipoxemia (diminuição da oxigenação no sangue);


•     Persistência ou aumento da febre por mais de 3 dias;


•     Exacerbação de doença pulmonar obstrutiva crônica;


•     Exacerbação de doença cardíaca pré-existente;


•     Miosite (inflamação nos músculos) comprovada por exames laboratoriais;


•     Alteração do sensório (do nível de consciência);


•     Exacerbação de sintomas gastrointestinais em crianças;


•     Desidratação



Tratamento
O medicamento oseltamivir (cujo nome comercial é Tamiflu) é o único indicado para tratamento da doença e é distribuído pelo Ministério da Saúde, nas suas apresentações de cápsulas de 30 mg, 45 mg e 75 mg. A prescrição médica deve conter o nome genérico do medicamento, a concentração (30 mg, 45 mg ou 75 mg), a posologia (como o medicamento deve ser administrado) e a duração do tratamento.

Em razão do atual quadro de incidência da doença, a rede municipal atenderá receitas mesmo se estas estiverem escritas com o nome comercial, Tamiflu. Também, como exceção à regra, o medicamento será fornecido mesmo que a concentração prescrita seja diferente daquela disponível na unidade. Exemplificando, se a receita for de oseltamivir de 30 mg e a concentração disponível na unidade for de 75 mg, o medicamento será fornecido com uma orientação sobre como fazer a diluição do conteúdo da cápsula, que é simples, para atender à necessidade do paciente.

A Secretaria Municipal de Saúde ressalta que o medicamento é distribuído tanto para atendimento de receitas do setor público ou privado em unidades da rede básica e de especialidades. Com relação aos hospitais públicos ou privados, estes dispõem do oseltamivir apenas para tratamento dos pacientes internados.


PREVENÇÃO

Para prevenir a gripe Influenza ou o H1N1 é fundamental:

- A higienização frequente (lavagem) das mãos;

- Utilizar lenço descartável para higiene nasal;

- Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;

- Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;

- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;

- Manter os ambientes bem ventilados;

- Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de influenza;

- Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.



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