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Segunda-feira, 23 de Janeiro de 2017 | Horário: 12:50
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Complexo Júlio Prestes vai requalificar região central com habitação e cultura

Projeto integra Parceria Público-Privada, em trabalho conjunto com os governos estadual e federal. Empreendimento oferecerá 1.202 apartamentos

Um complexo com 94,6 mil metros quadrados com conjunto habitacional, praça, escola de música, creche e lojas vai requalificar o bairro da Luz, na região central. O projeto, que teve as obras iniciadas nesta segunda-feira (23), integra a Parceria Público-Privada da Habitação no Centro, realizada em conjunto com os governos estadual e federal.

“É uma ação conjunta e transversal. Este projeto na Júlio Prestes tem uma grande vantagem que é o trabalho arquitetônico, que envolve lojas e empreendimentos comerciais no piso térreo, permitindo que as pessoas tenham oportunidade de trabalhar aqui, gerar renda e não terem o problema da mobilidade”, afirmou o prefeito João Doria, em solenidade de lançamento da pedra fundamental do empreendimento.

Os oito blocos do complexo serão dispostos no entorno de um boulevard, que será uma continuação da Rua Santa Ifigênia. Esse espaço terá quase 200 árvores, uma praça com 5,5 mil metros quadrados e 3,9 mil metros quadrados de áreas verdes. Integradas a este espaço, haverá 67 lojas e espaços comerciais, além de uma creche de 1,7 mil metros quadrados, que oferecerá vagas para 200 crianças.

O terreno receberá ainda a sede própria da Escola de Música do Estado de São Paulo Tom Jobim, com salas de aula e auditórios. Atualmente, a escola atende 1,3 mil estudantes em um espaço alugado.

 “Vamos aproximar o trabalho e a moradia. A Prefeitura Regional da Sé tem mais 15% dos empregos da cidade, e não tem 5% dos moradores. Aqui tem tudo: metrô, trem, hospital, escola, internet, cultura. Queremos trazer de volta as pessoas para morar aqui”, disse o governador Geraldo Alckmin.

Para Gilberto Occhi, presidente da Caixa Econômica Federal, a construção do complexo criará um exemplo de intervenção urbana de sucesso. “É uma ação de geração de desenvolvimento no Centro da cidade, novidade que outros centros de capitais poderão copiar e implantar”, avalia Occhi. O banco público financia a obra.

No setor residencial, serão oito edifícios: quatro prédios com 17 andares, um com 13 andares e três com 12 andares. O empreendimento oferecerá 1.130 unidades de habitação de interesse social, para famílias com renda mensal de até R$ 4.344. Destas unidades, 902 terão dois dormitórios, 216 serão de um dormitório e 12 contarão com três dormitórios. Outros 72 apartamentos, todos com dois dormitórios, serão destinados a habitação de mercado popular, para famílias com renda entre R$ 4.344 e R$ 8.100. Os blocos terão áreas de lazer internas e uma quadra esportiva.

As obras são realizadas pela construtora Canopus Holding S.A. A previsão é que sejam entregues em 36 meses. A construção empregará o trabalho de 600 operários.

PPP da Habitação
A Parceria Público-Privada da Habitação no Centro tem como objetivo revitalizar bairros da região central com a construção de 3.683 moradias. Os primeiros apartamentos foram entregues em dezembro de 2016, na rua São Caetano, no Bom Retiro. Há ainda obras em andamento em terreno entre a Rua Helvetia e Alameda Glete, com 91 unidades habitacionais. Haverá ainda unidades na antiga Usina de Asfalto da Barra Funda, cujo terreno será doado pela administração municipal.


O investimento total da iniciativa privada será de R$ 900 milhões. A participação do Estado será de R$ 465 milhões, divididos ao longo de 20 anos, com contrapartida máxima anual de R$ 82 milhões. A participação da Prefeitura de São Paulo é no fornecimento de parte dos terrenos.

Inscrições
Os interessados em uma das moradias da PPP terão até 24 de julho de 2017 para inscrever-se pelo site da Secretaria Estadual de Habitação, no botão "Inscrições Abertas - Faça seu Cadastro PPP".

Para participar, é necessário ter ao menos um dos membros da família trabalhando na região central da cidade de São Paulo; estar dentro das faixas de renda familiar mensal bruta de 1 a 6 salários mínimos, ou seja, de R$ 810 a R$ 4.344; e não ter imóvel próprio ou financiado em qualquer parte do País nem ter sido atendido por programa habitacional público.

A classificação dos cadastrados será realizada por meio de sorteio, levando em consideração as cotas legais e as faixas de renda. O sorteio será ocorrerá em até 90 dias depois do final das inscrições. Atualmente há cerca de 150 mil pessoas inscritas. Todas as regras estão disponíveis na página da secretaria estadual.

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