Notícia na íntegra
Em parceria com a Apae, Prefeitura ajudará 150 pessoas com deficiência no ingresso no mercado de trabalho
Cerca de 150 pessoas com deficiência intelectual, com idades entre 16 a 45 anos, que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) do governo federal serão inseridas no mercado de trabalho por meio de uma ação da Prefeitura de São Paulo em parceria com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). O lançamento do programa federal “BPC Trabalho” no município e o termo de cooperação técnica com a entidade foram apresentados na tarde desta quarta-feira (30), em evento no auditório da Uninove, na rua Vergueiro.
Além da oportunidade de emprego, os beneficiários da parceria, que são pessoas com deficiência de origem mais pobre e socialmente vulneráveis atendidas por equipamentos da Secretaria Municipal da Assistência e Desenvolvimento Social, ainda receberão capacitação e terão acompanhamento feito pela APAE e seus profissionais.
“Isso é importante não só para a pessoa com deficiência, mas para a pessoa sem deficiência. O convívio com a pessoa com deficiência é fundamental para sua própria formação. O ganho é mútuo. A pessoa sem deficiência precisa ter a experiência de conviver com alguém diferente dela, porque é parte da formação de cidadania dela”, afirmou o prefeito Fernando Haddad. Quando foi ministro da Educação, ele ajudou a criar o “BPC Escola”, que incentiva a volta de crianças com deficiência às escolas, também com apoio de entidades como a Apae.
O programa lançado em âmbito federal em 2012 já tinha sido implementado em projetos-piloto em São Paulo, mas por não contar com o acompanhamento técnico da Apae junto à pessoa com deficiência reinserida, não havia sucesso em boa parte dos casos. De acordo com a secretária Luciana Temer (Assistência e Desenvolvimento Social) , com apoio da entidade, a tendência é que a permanência no emprego e a reinserção no mercado sejam mais efetivas.
“A Apae tem a expertise desse trabalho de acompanhamento, o que vai, na verdade, garantir que essa inserção ao mercado se perenize e consiga não só ingressar no mundo do trabalho como permanecer”, disse a secretária.
Juliana de Mello Gay, 35 anos, atua no Tribunal de Justiça de São Paulo por meio de uma parceria com a Apae e destaca a importância de ter não só entrado no mercado de trabalho, mas aprendido a profissão de auxiliar administrativo. “Tenho muito orgulho do que faço e estou me esforçando bastante. Estou batalhando e feliz por estar compartilhando, fazendo amizades e conhecendo pessoas”, afirmou.
O BPC é pago a pessoas com deficiência e idosos que não podem garantir sua sobrevivência por conta própria. Antes do “BPC Trabalho”, o beneficiário tinha o benefício cancelado caso conseguisse um emprego. Agora, ele é suspenso de forma especial e, caso o atendido perca o emprego, pode voltar a receber o benefício. O beneficiário contratado como aprendiz pode ainda acumular o salário recebido com o valor do BPC por até dois anos. Além dos 150 atendidos da primeira fase, o objetivo é ampliar a ação.
“Esta é uma parceria bastante importante, não somente para a Apae, mas também para o município, e principalmente, as pessoas com deficiência e suas famílias. Levou um tempo para ser elaborada, o que é natural, faz parte. Agora a gente vai dar início e, certamente, teremos bons resultados daqui para frente”, disse a gerente de serviço socioassistencial da Apae, Valquíria Barbosa.
Fotos
Crédito: Heloisa Ballarini/SECOM
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