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Quarta-feira, 19 de Novembro de 2014 | Horário: 08:19
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Encontro com funkeiros debate soluções para “pancadões”

O prefeito Fernando Haddad participou na noite desta terça-feira (18), na sede da Ação Educativa, no Centro, do evento “Cadeira Elétrica”, promovido pela Liga do Funk. Ao lado dos secretários Juca Ferreira (Cultura), Toninho Pinto (Promoção da Igualdade Racial) e Rogério Sottili (Direitos Humanos), o prefeito ouviu demandas e debateu soluções para os “pancadões” com quase cem pessoas ligadas ao gênero musical.



O diálogo com o movimento foi iniciado no ano passado, após o surgimento dos rolezinhos em shoppings centers, quando a Prefeitura de São Paulo reuniu os organizadores, articulou ações com segurança e disponibilizou espaços públicos, como o Parque do Ibirapuera. De acordo com Haddad, o encontro é importante para continuar esse diálogo e encontrar medidas que conciliem o lazer dos jovens da periferia e o sossego de vizinhos das festas.



“Nosso objetivo não é confinar o funk ao autódromo ou sambódromo, mas oferecer como alternativa episódica, uma vez ou outra. Quando a gente convoca os organizadores desses encontros para conversar é no sentido de promover uma organização territorial para que os jovens tenham seu espaço, mas o trabalhador que vai acordar as 4 horas da manhã, também tenha seu espaço”, disse.



Para o secretário Juca Ferreira, uma das prioridades será articular formas para manter o funk na periferia. “O funk é hoje o gênero mais acolhido e querido pela juventude periférica e, portanto, tirar o funk do território onde as pessoas vivem e a comunidade está presente, acho que seria um enfraquecimento”, afirmou.



No final do evento, o prefeito recebeu uma placa em homenagem como “funkeiro honorário” e falou sobre o gênero. “O samba, até outro dia, era estigmatizado. O hip hop, que agora é cult, também não foi bem aceito no início. Nós não podemos controlar a cultura. Não sabemos onde ela vai dar. Pode ser que esse ritmo tenha um futuro ou fique por aqui. Quem vai dizer é o processo social”, disse Haddad.



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Crédito: Cesar Ogata


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