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Quinta-feira, 26 de Outubro de 2017 | Horário: 17:39
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FEBRE AMARELA

Vacinação fracionada contra febre amarela será antecipada na cidade de São Paulo; saiba mais sobre a doença e se você precisa se vacinar

Atualizado em 23/01/2018 às 19h29

A Coordenação de Vigilância em Saúde (COVISA) informa que não há transmissão de febre amarela no município de São Paulo. A Secretaria Municipal da Saúde/COVISA, em conjunto com a Secretaria de Estado da Saúde, vem realizando ações de intensificação da vacinação nas regiões do município com áreas de risco. Até o presente momento, não há notificação de caso humano de febre amarela, seja do tipo silvestre ou urbana, adquirida na capital paulista.

A SMS reforça que não há necessidade de corrida aos postos de vacinação. Para aqueles que não moram ou não trabalham em regiões com recomendação de vacinação, a orientação é procurar as unidades de referência apenas em casos de viagem para áreas de risco.

Todos os casos relatados no Brasil são de febre amarela silvestre, transmitida pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes, só encontrados em lugares de mata. A febre amarela urbana (que envolve o homem e tem como vetor potencial para transmissão o Aedes aegypti) não circula no país desde 1942.

Vacinação
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de São Paulo antecipou o início da campanha de vacinação fracionada contra a febre amarela para a próxima quinta-feira (25), feriado de aniversário da capital paulista.

O fracionamento da dose segue os padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS). Com a medida, uma dose padrão poderá vacinar até cinco pessoas. Estudos laboratoriais atestam a eficácia da vacina por, no mínimo, oito anos.

A medida cautelar segue recomendação do Ministério da Saúde e acontecerá nos postos de 20 distritos da capital definidos como áreas prioritárias: na zona Leste, serão Cidade Líder, Cidade Tiradentes, Guaianases, Iguatemi, José Bonifácio, Parque do Carmo, São Mateus e São Rafael; e, na zona Sul, Capão Redondo, Cidade Dutra, Grajaú, Jardim São Luís, Pedreira, Socorro, Campo Limpo, Vila Andrade, Cursino, Sacomã, Jabaquara e Cidade Ademar. Veja a relação dos postos clicando aqui.

A dose fracionada será aplicada em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos distritos que farão parte desta etapa da campanha, que se estenderá até o dia 24 de fevereiro.

Nesta fase, o atendimento será feito apenas mediante apresentação de senha, que será distribuída casa a casa por agentes de saúde aos moradores destas regiões a partir desta terça-feira (23).

É importante destacar que não haverá entrega de senha nas unidades de saúde.

A partir da próxima segunda-feira (29), 17 unidades de referência determinadas pela SMS vão disponibilizar a dose fracionada da vacina contra a febre amarela para viajantes com deslocamento em território nacional. Veja a relação dos postos clicando aqui.

Desse total, três postos municipais também farão a emissão do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) para os moradores com viagem internacional agendada para áreas com recomendação de vacina: UBS Jardim Miriam II (Cidade Ademar), UBS Jardim Edite (Itaim Bibi) e Hospital Dia da Rede Hora Certa da Penha. Nesses casos, será administrada a dose completa da vacina. Veja os endereços desses postos e também das unidades estaduais que disponibilizam o serviço clicando aqui.

Para emissão do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia, o interessado deve realizar um pré-cadastro no endereço http://www.anvisa.gov.br/viajante, clicar na opção “cadastrar novo” ou no link “cadastro”. É necessário apresentar a passagem no momento da vacinação.

Deslocamento para áreas de risco
A pasta recomenda que, se possível, quem não está imunizado contra a doença, não se desloque para áreas com risco de infecção.

Em caso de extrema necessidade, porém, os moradores de São Paulo que se deslocarão para regiões de risco, em qualquer parte do território nacional, devem procurar as seguintes unidades: UBS Boracéa (Santa Cecília), UBS Dr. Carlos O. de Souza L. Muniz (Ponte Rasa), UBS Vila Curuçá e Jardim Campos (Vila Curuçá),UBS Vila Jacuí, AMA/UBS Integrada Vila Palmeiras (Freguesia do Ó), AMB Especialidades Tucuruvi (Santana), AMA/UBS integrada Paulo VI (Raposo Tavares), UBS José Marcílio Malta Cardoso (Rio Pequeno), UBS Parque da Lapa (Vila Leopoldina), UBS Jardim Edite (Itaim Bibi), AMA/UBS Integrada São Vicente de Paula (Ipiranga), Hospital Dia da Rede Hora Certa (Penha), UBS Vila Prudente, UBS Jardim Miriam II (Cidade Ademar), UBS Vila Constância (Cidade Ademar) e UBS Chácara Santo Antônio (Santo Amaro).

Campanha ampliada
O cronograma da SMS prevê a inclusão de novos distritos na campanha preventiva nos próximos meses.

A expectativa é que, em março, estão previstos os distritos de: Ermelino Matarazzo, Itaim Paulista, Itaquera, Jardim Helena, Lajeado, Ponte Rasa, São Miguel, Vila Curuçá, Vila Jacuí, Arthur Alvim, Cangaíba, Carrão, Penha, Tatuapé, Vila Matilde.

Depois, será a vez da campanha cautelar ter início em outros distritos da região da Bela Vista, Bom Retiro, Cambuci, Consolação, Liberdade, República, Santa Cecília, Sé; Oeste (Alto de Pinheiros, Barra Funda, Butantã, Itaim Bibi, Jaguará, Jaguaré, Jardim Paulista, Lapa, Morumbi, Perdizes, Pinheiros, Rio Pequeno, Vila Leopoldina, Vila Sônia); e Sul (Campo Belo, Campo Grande, Cidade Ademar, Santo Amaro)

Por fim, a campanha vai atingir os distritos de Água Rasa, Aricanduva, Belém, Brás, Cursino, Ipiranga, Jabaquara, Moema, Mooca, Pari, Sacomã, São Lucas, Sapopemba, Saúde, Vila Formosa, Vila Mariana, Vila Prudente.

Até o momento, as áreas com recomendação de vacina em São Paulo são: Anhanguera, Brasilândia, Cachoeirinha, Jaraguá, Mandaqui, Parelheiros e Tremembé. A vacinação da Zona Norte da capital começou em setembro do ano passado após a confirmação de epizootia no Horto Florestal e até o momento foram aplicadas 1.307.127 doses da vacina.

Em 20 de dezembro, teve início a ação preventiva na Zona Sul nos distritos Jardim Ângela, Parelheiros, Marsilac e parte do Capão Redondo (apenas na área de abrangência da UBS Luar do Sertão). Não houve epizootia confirmada na região e a medida cautelar levou em consideração a proximidade da região com o município de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, que na época havia confirmado a morte de 10 macacos por febre amarela. Foram 447.982 doses aplicadas até esta terça-feira (16).

Também em dezembro, foi ampliada a ação preventiva para o distrito Raposo Tavares, na Zona Oeste, região que também é próxima de Itapecerica da Serra. Os três postos da área vacinaram 33.917 pessoas até terça-feira (16).

As demais unidades que aplicam a vacina da febre amarela são de referência para viajantes e estão destinadas a aplicar a vacina para quem vai viajar, passear ou mesmo visitar municípios, estados ou países com risco para a doença.

Os endereços dos postos de vacinação da campanha nas zonas Norte, Sul e Oeste e as unidades de referência para viajantes estão no site da prefeitura e podem ser acessados clicando aqui.

A coordenadora do programa municipal de imunização da capital, Maria Lígia Nerger, esclarece que os munícipes que já tomaram a vacina em alguma fase da vida não precisam de reforço. “Quem já tomou não precisa se vacinar novamente. A Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam apenas uma dose da vacina para prevenção contra a febre amarela: é o suficiente para proteger contra a doença.”

A vacinação seguirá até que todo o público-alvo esteja imunizado e as ações de rotina seguirão nas unidades que normalmente já realizam vacinação para a febre amarela.

A dose não está indicada para gestantes, mulheres amamentando crianças com até 6 meses e pessoas imunodeprimidas, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas (portadores de Lúpus, por exemplo). Em caso de dúvida, é importante consultar o médico.

Até o momento, foram confirmadas 105 mortes de macaco por febre amarela na capital.

Entre janeiro e março de 2017, foram registrados 11 casos de febre amarela silvestre na capital (cinco  evoluíram para óbito). Em dezembro passado, foram registrados outros 10 (seis evoluíram para óbito). Em janeiro deste ano, foram confirmados dois casos (um evoluiu para óbito). Todos são importados de outros estados e/ou municípios (10 de Minas Gerais, um de Monte Alegre do Sul, oito de Mairiporã, três de Atibaia e um de caieiras).

Foram notificadas cinco mortes por suposta Doença Viscerotrópica pelo vírus vacinal: uma foi confirmada; uma, descartada e outras três estão em investigação. Todas as notificações são de moradores do município de São Paulo.

A reação à vacina é rara e, de acordo com a literatura médica, pode atingir uma (1) a cada 500 mil pessoas que tomaram a dose. A resposta negativa do organismo é causada por uma deficiência imunológica, que faz com que a pessoa, ao ser vacinada, acabe desenvolvendo a doença sem ter sido contaminada pelo mosquito transmissor.

Parques fechados
A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) suspendeu a visitação pública em 23 parques administrados pelo município, como medida preventiva após as mortes dos macaco.

É importante informar que o macaco não transmite a doença para humanos. Sua morte é o indicativo de que há circulação de vírus no local. “O ataque do mosquito à fauna é um alerta para podermos conter o avanço da doença e evitar que ela chegue ao ser humano. Os primatas atingidos são apenas vítimas da doença, pois não a transmitem ao homem. Pedimos que a população nos informe a presença de animais doentes ou mortos e jamais mate nossos animais”, afirmou Juliana Summa, diretora da Divisão de Fauna Silvestre da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente.

Ciclos da Febre Amarela
A Febre Amarela apresenta dois ciclos de transmissão epidemiologicamente distintos: a febre amarela silvestre (FAS), que ocorre em primatas não humanos (macacos) e os principais vetores transmissores são mosquitos silvestres (dos gêneros Haemagogus e Sabethes). O ser humano é contaminado acidentalmente, quando vai para áreas rurais ou silvestres que tem a circulação da febre amarela. O ciclo da Febre Amarela Urbana (FAU) envolve o homem e tem como vetor principal o Aedes aegypti. 

Desde 1942, o Brasil não registra casos de febre amarela urbana. Para que ela continue longe da população, é fundamental reforçar o combate ao mosquito, que também transmite dengue, chikungunya e zika vírus. A população pode ajudar, eliminando os locais que acumulam água e servem de criadouro para o mosquito, principalmente nas residências.

Sintomas da doença
Caso você tenha viajado para alguma área de risco de transmissão no Brasil ou para Cidades do Estado de São Paulo, fique atento. Os sintomas aparecem, geralmente, 3 a 6 dias após a picada do mosquito transmissor infectado, mas podem levar até 15 dias para ocorrerem.

  • febre de início súbito, calafrios;
  • dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral;
  • náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza;
  • icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos);
  • sangramentos. 

Cerca de 20-50% das pessoas que desenvolvem doença grave podem morrer.

Importante: informe ao serviço de saúde se você viajou nos 15 dias anteriores ao início de sintomas e leve a sua carteira de vacina.

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