Notícia na íntegra
Hospital Municipal Vila Santa Catarina passa a oferecer nova tecnologia de biópsia minimamente invasiva para rastreamento de câncer de próstata
O Hospital Municipal Dr. Gilson de Cássia Marques de Carvalho – Vila Santa Catarina, administrado pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, passa a realizar um novo exame minimamente invasivo para a biópsia de próstata. Com a chegada do equipamento, que foi concedido pelo parceiro e instalado no Centro de Alta Tecnologia em Diagnóstico e Intervenção Oncológica Bruno Covas, é possível aplicar a tecnologia de ponta no rastreamento do câncer de próstata para ampliar os benefícios do método aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) de São Paulo.
Desde a implantação do equipamento em setembro deste ano, que envolve desde o treinamento da equipe de enfermagem até a adequação da sala de exame, três pacientes realizaram o novo procedimento na unidade.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no Brasil, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. O mais recente levantamento realizado pelo instituto estima que, para cada ano do triênio 2020/2022, foram diagnosticados no Brasil 65.840 novos casos da doença e a chance de cura desses quadros aumenta quando os tumores são detectados com precisão e em estágio inicial.
“A saúde de São Paulo está voltada para a prevenção de doenças e esse novo equipamento, cedido pelo Einstein ao nosso hospital, nos ajudará no diagnóstico preciso e com menor impacto aos nossos pacientes”, destacou Marilande Marcolin, secretária-executiva de Atenção Hospitalar.
“Ainda que as ferramentas mais utilizadas para o rastreamento do câncer prostático sejam a dosagem do antígeno prostático específico (PSA) e o toque retal, a biópsia continua sendo a única maneira de se confirmar esse tipo de tumor”, explica Rodrigo Gobbo, diretor médico do Centro de Medicina Intervencionista do Hospital Israelita Albert Einstein.
A biópsia convencional de próstata é feita através do reto do paciente, guiada por ultrassonografia, retirando-se pequenos fragmentos da próstata. Essa retirada é realizada de forma sistematizada, frequentemente aleatória, de modo que pequenos tumores iniciais ou lesões situadas em locais de difícil acesso à glândula podem não ser devidamente amostrados, podendo trazer resultados inadequados.
Diante desse cenário, a fusão da ressonância magnética (RM) com as imagens de ultrassom nesse novo método melhora a precisão da detecção de tumores de alto grau – ou seja, aqueles que têm evidências de progressão mais acelerada, e tendem a crescer e se disseminar mais rapidamente do que um câncer de baixo grau. Isso porque, durante o procedimento, as imagens da ressonância magnética multiparamétrica da próstata (RMMP) previamente realizadas são carregadas em um dispositivo que as alinha com as imagens ultrassonográficas em tempo real, possibilitando que o médico direcione precisamente a ferramenta de biópsia para coletar amostras do tumor suspeito.
Além de minimamente invasiva, a biópsia de próstata por via transperineal guiada por fusão de imagem, por se tratar de uma via de acesso estéril e sem a necessidade perfuração do reto, também elimina a chance de potenciais complicações – entre elas o sangramento retal e infecções, que podem ser bastante graves, exigindo internação e a utilização de antibióticos.
Segundo Gobbo, a expectativa é de que o novo método se torne, em curto prazo, o padrão para esse tipo de procedimento para todos os pacientes que necessitem de tal diagnóstico, de acordo com publicações científicas atuais.
Centro Oncológico Bruno Covas
Em maio deste ano a SMS entregou à população o Centro de Alta Tecnologia em Diagnóstico e Intervenção Oncológica Bruno Covas, no HM Dr. Gilson de Cássia Marques Carvalho – Vila Santa Catarina, que dispõe de tratamento de alta complexidade, com implemento inclusive de robótica, inédito em um hospital municipal do SUS.
A unidade tem capacidade ambulatorial para atender 10 mil pacientes por mês, além de realizar 8 mil exames radiológicos e 450 cirurgias. A estrutura física do centro oncológico, que é um dos legados pós-pandemia no município, é composta por 115 leitos de internação clínica e cirurgia oncológica, 40 leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs), além de 23 consultórios.
O centro também dispõe de dois equipamentos de tomografia, um de ressonância magnética, sete salas de intervenção por ultrassom, uma sala de histeroscopia, uma de cistoscopia, duas salas para endoscopia, colonoscopia e broncoscopia, além de uma farmácia oncológica de alto custo administrada pela SMS.
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