Prefeitura de São Paulo

Na rede socioassistencial da Prefeitura, Núcleos de Convivência são espaços que contribuem para o estímulo da participação social e melhoria de qualidade de vida das pessoas em situação de rua. Mas, além do atendimento ao público geral em situação de vulnerabilidade, há serviços de convivência específicos para determinados grupos. É o caso dos Núcleos de Convivência do Idoso (NCI).

Na Zona Sul, o NCI ‘Gaia’, que realiza 140 atendimentos diariamente, conta com a presença de um grupo de dez imigrantes, de sete nacionalidades diferentes: Itália, Portugal, Espanha, Chile, Bolívia, Paraguai e Japão.

Além das dificuldades em se adaptar ao idioma, costumes e culturas diferentes do que estão acostumados, eles lidam diariamente com situações que trazem o sentimento de não pertencimento à nação. A paraguaia Palmira Dal Bem, de 78 anos, mudou-se para o Brasil e, antes de constituir sua vida e família no país, sofreu com a adaptação, o que dificultou o início de sua imigração.

“Estudar era sempre muito difícil. Já sofri muito preconceito. Além disso tudo, tive que voltar alguns anos na escola porque não conseguia acompanhar as matérias”, contou.

Diante disso, a gerência do serviço promoveu recentemente uma palestra sobre a importância do acolhimento de imigrantes nos serviços para idosos da rede socioassistencial. A abordagem jogou luz às dificuldades que essas pessoas sofrem ao deixar seus países de origem para viver em outra nação, e de que forma o acolhimento do serviço contribui para a adaptação dos atendidos.

Apesar das dificuldades, o NCI tem ajudado os atendidos a se adaptarem e reencontrarem-se em um novo lugar. “Quando cheguei ao Gaia me senti incentivada a sair de casa e conhecer novas pessoas e costumes. O serviço me acolheu e tirou todo o sentimento de solidão que sentia. Sou muito grata”, concluiu Palmira.