Prefeitura de São Paulo

Em paz e alegria, turistas e paulistanos lotaram mais uma vez as exibições públicas e ruas da cidade para acompanhar os mais de 120 minutos de tensão e emoção do jogo contra o Chile, que levou a seleção brasileira às quartas de final da Copa do Mundo. A partida aconteceu às 13 horas deste sábado (28), em Belo Horizonte, no Estádio do Mineirão.

Logo cedo, em torno das 11h, os portões da FIFA FAN FEST, no Vale do Anhangabaú foram fechados, pois o evento já estava com a capacidade total de 25 mil pessoas. Estrangeiros, entre eles alguns chilenos, mas principalmente brasileiros de várias partes lotaram o local. Até às 19h30, foram feitos 118 atendimentos no local e somente uma remoçã, número considerado baixo, já que todos os atendimentos foram feitos no próprio Vale. Os trabalhos do serviço de Vigilância Sanitária também aconteceram sem intercorrências no local.

Mesmo com a Bolívia fora da Copa do Mundo de 2014, o engenheiro de sistemas, Hugo Ramírez, 32 anos, veio de La Paz para curtir o evento no país vizinho. No Brasil há três semanas, ele conseguiu ver diferença entre os paulistanos e os cariocas. "No Rio de Janeiro, as pessoas estão sempre festejando e comemorando. São Paulo é uma cidade muito grande, com muitos comércios e indústrias e as pessoas estão sempre correndo. Parece incrível, mas na hora do jogo, param tudo e a festa é ainda mais intensa", disse.

Depois de viajar sete dias em um motorhome para o Brasil, os irmãos chilenos Aldo e Lizardo Pérez, passaram por Cuiabá, Rio de Janeiro e preferiram ficar em São Paulo após a partida contra a Holanda e não irem para Belo Horizonte, acompanhar o jogo contra o Brasil. Para eles, São Paulo é maior e mais moderna do que Santiago, apesar dos contrastes sociais que se misturam na festa. "Aqui há um contraste enorme. Há pessoas comemorando bem vestidos e outros que moram na rua, mas torcendo para o Brasil. O metrô, os ônibus e a Paulista são modernas, enquanto aqui (Vale do Anhangabú), você vê muitas coisas antigas", disse Aldo, que após o fim da participação do Chile na Copa, irá voltar para Santiago.

A copeira, Fabiana Almeida, 34 anos, que mora em Mauá, tem acompanhado todos os jogos do Brasil na Fifa Fan Fest desde o início da Copa do Mundo. Para ela, o espaço é organizado e seguro, apesar da grande aglomeração de pessoas. "Com o Brasil ou sem o Brasil, a festa continua. Copa aqui é uma vez na vida e outra na morte", afirmou.

Além da FAN FEST, a Prefeitura de São Paulo realiza outras três exibições públicas, que também contaram com bom público. Em Campo Limpo, na Zona Sul, estiveram duas mil pessoas, em Perus, zona norte, foram duas mil e quinhentas e em São Miguel, na zona leste, duas mil.

Balanço de atendimentos durante a Copa
Desde a abertura da Copa do Mundo, no dia 12 de junho, até às 19h30 deste sábado (28), o Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde (CIOCS) registrou 1.286 atendimentos em locais onde aconteceram eventos relacionados ao mundial. Destes, 640 foram dentro da Arena Corinthians, 594 na FIFA FAN FEST, no Vale do Anhangabaú e 52 outros em outros serviços de referências ligados aos dois espaços.

Vila Madalena
Para organizar a grande concentração de turistas na região da Vila Madalena, a Prefeitura tomou uma série de medidas para este sábado (28). A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), assim como na última partida, fechou as ruas Aspicuelta, Wizard, Mourato Coelho, Fidalga e Fradique Coutinho para o tráfego e estacionamento de veículos. Moradores da região estão credenciados para que possam acessar suas residências. 

O número de banheiros químicos, que na terça-feira (23) foi de 80, passou para 160 unidade. Mais de 186 metros de sinalização foram instaladas para indicar os banheiros e mudanças de trânsito de forma bilíngue. As equipes de varrição, assim como em outros dias, entraram e ingressarão mais cedo, também com reforço de outras regionais, para agilizar o serviço antes do início do dia.