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Quarta-feira, 7 de Fevereiro de 2024 | Horário: 19:26
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Manequinho Lopes é um dos três viveiros municipais que funcionam na cidade

Conheça a história do Viveiro que fica no Parque do Ibirapuera e é responsável pela produção e fornecimento de herbáceas e arbustivas

A cidade possui três viveiros públicos de plantas, que são os principais responsáveis pelo fornecimento de mudas de espécies ornamentais herbáceas, arbustivas e de árvores que ornamentam as áreas públicas municipais da cidade. As mudas ornamentam e arborizam espaços públicos municipais, tais como praças, parques, unidades básicas de saúde, escolas, canteiros centrais, laterais e demais áreas verdes.

Cada viveiro possui uma função diferente na produção de mudas.  Nas próximas semanas, vamos trazer informações sobre esses locais, incluindo as histórias de cada um. Hoje, será a vez do Viveiro Manequinho Lopes, e depois Arthur Etzel e Harry Blossfeld.

O Viveiro Municipal Manequinho Lopes, no Parque Ibirapuera, é responsável pela produção e fornecimento de herbáceas e arbustivas, sendo estas mudas ornamentais, medicinais, alimentícias não convencionais (PANCS) e nativas do município de boa qualidade, de espécies resistentes e adaptadas ao ambiente urbano, com a maior diversidade. Elas são destinadas aos plantios realizados nas áreas públicas municipais (Parques, Subprefeituras, Escolas e demais unidades da gestão) e entidades não governamentais de comprovado interesse social, além de promover a arborização e o ajardinamento de áreas da cidade.

 

História

Em 1798, ocorreu a inauguração do primeiro Jardim Público da cidade, localizado atualmente no Parque da Luz. Com o passar dos anos, o espaço passou por diversas melhorias e, em 1899, o senhor Antonio Etzel assumiu a função de administrador.

Na época, o prefeito decidiu iniciar um processo de arborização da cidade. Para isso, ele implementou o chamado plano de ajardinamento americano, que incluía extensas áreas gramadas e ruas direcionais, com o objetivo de facilitar o lazer e a circulação de pedestres. Para dar continuidade eram necessários mais viveiros, já que até então existiam apenas dois: um pequeno no Jardim Público (Luz) e um maior na região da Água Branca.

O viveiro da Água Branca foi transferido para o terreno da Vila Clementino em 1928. Essa mudança para o Parque Ibirapuera permitiu o cultivo de várias árvores para embelezar a cidade, além de arbustos, azaléias, vasos de flores para canteiros e estufas.

O senhor Manoel Lopes de Oliveira Filho, nomeado como diretor da recém-criada Divisão de Matas, Parques e Jardins durante a administração do prefeito Fábio da Silva Prado, teve a ideia de estabelecer o viveiro, evitando que o terreno fosse invadido e que a prefeitura perdesse a área. Ele contou com a colaboração do chefe da Subdivisão de Parques e Jardins, Arthur Etzel, e do responsável pelo viveiro, Erwin Burckhardt.

O terreno era excessivamente pantanoso e, para solucionar esse problema, Manoel, também conhecido como Manequinho Lopes, plantou muitos eucaliptos australianos no local, para assim eliminar o excesso de umidade do solo. Em seguida, ele começou a cultivar espécies destinadas a embelezar as ruas, parques e jardins, incluindo árvores nativas e exóticas, como pau-ferro, ipê, pau-brasil, pau-jacaré, tipuana, flamboyant e sibipiruna, além de arbustos, trepadeiras e flores.

Em 1933, os idealizadores pelo projeto do futuro Parque Ibirapuera solicitaram ao prefeito Fábio Prado que o viveiro fosse removido. Manequinho Lopes ficou indignado e pediu ao prefeito que fosse criado um viveiro definitivo para a cidade. A proposta de remover o viveiro não foi adiante, e Manequinho continuou com seu importante trabalho.

Nesse mesmo ano, o prefeito decidiu incentivar o plantio de árvores na cidade e mudas eram fornecidas gratuitamente às pessoas interessadas. O amor pela natureza era tão grande que Manequinho e sua equipe chegavam a criar jardins gratuitamente em casas e prédios. Em 1938, Manequinho adoeceu e faleceu. Em sua homenagem, o prefeito, por meio do ato nº. 1372, de 14 de março de 1938, nomeou o viveiro municipal como Viveiro Manequinho Lopes.

Durante as décadas de 1940, 50 e 60, o Viveiro Manequinho Lopes tinha a função de abastecer os jardins da cidade, realizar a manutenção e o plantio de novas árvores.

O Viveiro Manequinho Lopes foi restaurado em 1993. Burle Marx elaborou um novo projeto, valorizando a vegetação, incluindo as belas árvores. Após a revitalização, o viveiro foi novamente entregue à população em 24 de março de 1994.

Atualmente, o local ocupa uma área de 48.000 m². O viveiro fornece mudas de herbáceas e arbustivas destinadas às unidades municipais da cidade de São Paulo, para plantios em praças, parques, escolas, canteiros centrais e demais áreas verdes. Além disso, ele está aberto à visitação de segunda-feira a sexta-feira, das 8 às 14h.

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