Prefeitura de São Paulo

Durante a cerimônia de inauguração da Escola de Urbanismo do Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences Po), na tarde desta quinta-feira (24), o prefeito Fernando Haddad defendeu uma solução intermediária em relação ao aplicativo Uber, que gerencia transporte por caronas pagas. O Uber tem despertado discussões nas principais cidades do mundo em torno de sua proibição ou regulamentação.

Ao lado da prefeita da capital francesa, Anne Hidalgo, Haddad afirmou que, assim como a proibição do aplicativo sem abrir a possibilidade para estudos de seus benefícios na mobilidade urbana, a simples regulamentação do serviço sem a avaliação prévia poderia gerar mais conflitos que soluções para as grandes cidades.

“Não há consenso no Brasil sobre esses aplicativos de compartilhamento, a chamada carona paga. Pessoalmente, não acredito em um programa de mobilidade sem regulação do Estado. Já vi isso acontecer em São Paulo e toda desregulação radical acaba gerando mais problemas do que soluções”, disse.

Em São Paulo, a Câmara Municipal aprovou no último dia 9, o projeto de lei 349/2014, que proíbe o uso de carros particulares cadastrados em aplicativos para o transporte individual de pessoas. Atualmente, o PL está sendo avaliando para sanção ou veto de Haddad. “Queremos encontrar um caminho intermediário, que não afaste a tecnologia, mas de outro lado não se perca de vista que sem a vigilância do Estado, sem o cuidado e monitoramento, nós podemos, ao contrário de modernizar as nossas cidades, estar regredindo do ponto de vista regulatório”, afirmou o prefeito.

Durante a apreciação na Câmara, o PL recebeu uma emenda que propõe a realização de estudos para aprimoramento da legislação nessa pauta.

Governar é correr riscos, diz prefeito 

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