Notícia na íntegra
Prefeitura abre mais três novos abrigos emergenciais para população de rua se proteger do frio
Buscando ampliar ainda mais os espaços para a população em situação de rua se proteger do clima frio, a Prefeitura abriu na última segunda-feira (13) mais três novos abrigos emergenciais na cidade de São Paulo, somando mais de 200 vagas para a rede.
No total, além das 10 mil vagas fixas em 79 centros de acolhidas, por conta da Operação Baixas Temperaturas, o município abriu mais 13 espaços emergenciais com 1.517 vagas.
Desde o dia 16 de maio, quando a Operação Baixas Temperaturas foi iniciada, a Prefeitura realizou mais de 250 mil acolhimentos de pessoas em situação de rua. No último fim de semana, entre a noite de sexta-feira (10) até a manhã de segunda-feira (13), foram mais de 31.739 acolhimentos. Somente na noite entre segunda (13) e terça (14), 11.268 acolhidos.
O prefeito Fernando Haddad visitou na noite desta terça-feira (14) um dos abrigos emergenciais montado na rua Cajuru, na região do Belém, que conta com 100 vagas. Além do pernoite em cama individual, com colchão e cobertores, o local oferece ainda refeições e instalações para banho. Durante o dia, no espaço funciona um Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop), que atende de forma multidisciplinar cerca de 400 pessoas.
"Na rua, é difícil. Além de você ter de dormir e vigiar ao mesmo tempo, tem o frio que é mais pesado do que para quem está em casa. Aqui posso só dormir e descansar minha cabeça com paz", afirmou Marcos Antônio de Souza Oliveira, 27 anos, que está acolhido no local e mora na rua há seis meses, após a separação com a esposa, e conversou com o prefeito.
"Conseguimos ampliar em 1.500 vagas desde o início da operação. Então, temos vagas extras tanto no Centro como na periferia, seja em Campo Limpo, Pirituba e Itaquera, porque apesar de ter uma população em situação de rua concentrada no Centro, temos também na periferia", afirmou a secretária Luciana Temer.
Para fazer o acolhimento do máximo de pessoas vulneráveis, a Secretaria Municipal da Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) atua diariamente em todas as regiões da cidade. Técnicos realizam abordagens e encaminhamentos ao Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS). São mais de 500 profissionais envolvidos no trabalho, que consiste na identificação, aproximação, escuta e encaminhamentodas pessoas que aceitam ir para a rede de Proteção Especial como Centros de Acolhida.
Pessoas em situação de rua interessadas no acolhimento devem procurar uma das unidades da rede. A população também pode ajudar os moradores em situação de rua solicitando uma abordagem social por meio da Coordenadoria de Atendimento Permanente e de Emergência (CAPE), que funciona 24 horas por dia.
Apesar da abertura de novos abrigos e do trabalho, na noite de segunda (13) São Paulo apresentou mais de 249 vagas ociosas, ou seja, sem ocupação. "Como disse ao prefeito, muitos não aceitam entrar porque aqui não pode beber ou usar drogas. Eles sabem que as vagas existem, mas não vêm e não querem ocupá-las por causa disso. É difícil porque são amigos que queria aqui, mas não vem", disse Marcos Antônio.
"Sempre houve uma resistência dessa população e continua havendo. Nosso esforço tem sido diversificar esse atendimento. A atual gestão abriu 2.000 novas vagas com leitos para acolhimento, mas o mais importante é que essas vagas foram diversificadas, ou seja, abertas para famílias, o que não havia na cidade de São Paulo, para a população LGBT, que não conseguia ser acolhida nos serviços regulares, e para os imigrantes. A ideia é, cada vez mais, atrair essas pessoas que têm resistência aos acolhimentos", afirmou a secretária Luciana Temer.
Operação
Durante a estação mais fria do ano, a SMADS intensifica o trabalho na rede de abordagem e atendimento à população em situação de rua por meio da “Operação Baixas Temperaturas”. Em média, as equipes de assistência social da Prefeitura encaminham para locais protegidos mais de 9 mil pessoas por dia. A operação especial entra em ação quando termômetros registram 13° C ou menos.
A ação tem como objetivo zelar pela segurança e bem-estar dos habitantes da cidade, promovendo o acolhimento de crianças, adolescentes e adultos em situação de rua. Isso porque, por conta da fragilidade nutricional e de saúde desta população, ela está sujeita a risco de morte por choque térmico.
Nos Centros de Acolhida, que funcionam durante 24 horas, os moradores em situação de rua podem tomar banho, pernoitar, jantar, tomar café da manhã, almoçar, além de receber o atendimento social e participar de atividades de convivência durante o dia. Já os serviços que funcionam 16 horas, ofertam o atendimento social, banho, jantar e o café da manhã.
A medida é coordenada de forma compartilhada pelas secretarias municipais de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) e de Coordenação das Subprefeituras, por meio da Coordenadoria Municipal da Defesa Civil (COMDEC). A implementação do plano de contingência fica a cargo do Comitê Permanente de Gestão de Situações de Baixas Temperaturas, instituído em maio de 2015, composto por representantes de SMADS e das secretarias municipais de Coordenação das Subprefeituras, da Saúde, de Segurança Urbana, de Direitos Humanos e Cidadania, de Transportes e do Centro de Gerenciamento de Emergência (CGE).
Histórico
A operação funcionará até o dia 16 de setembro, com um esquema especial de atendimento. De acordo com a demanda, haverá ainda a possibilidade de abertura de alojamentos de emergência, quando as vagas ofertadas pela rede forem insuficientes.
O beneficiado é encaminhado para o serviço que tenha vagas disponíveis. Nos casos das famílias, a oferta da rede prioriza o encaminhamento aos serviços especiais para famílias como o Família em Foco. Já no caso das mulheres sozinhas com filhos, o encaminhamento ocorre para os serviços especiais para mulheres com filhos. A política de Assistência Social não permite a separação do núcleo familiar.
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