Notícia na íntegra
Prefeitura elabora guia para processo de triagem no atendimento
Conhecidos por agilizar os atendimentos, os protocolos de triagem são bastante comuns nos hospitais: antes mesmo de ser atendido pelo médico, o paciente passa por uma entrevista com um profissional da saúde, que avalia seus sinais vitais e sintomas. A iniciativa da Divisão da Fauna Silvestre (DFS), com sua Triagem Avançada, eliminou esse intermediário – no primeiro contato da população com o serviço, mesmo que seja por telefone, quem atende é o profissional responsável, um médico veterinário ou um biólogo. A iniciativa, que define critérios prévios para atendimento clínico de animais silvestres em risco, foi o ponto de partida para o guia “Como implementar um processo de triagem que prioriza recursos e qualifica o serviço público?”, a ser lançado no dia 5 de dezembro.
Tudo começou após o projeto da DFS conquistar Menção Honrosa na categoria Inovação em Processos Internos, no Premia Sampa 2018. Seu conteúdo despertou a atenção de outra equipe, do projeto CopiCola, projeto da Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia (SMIT) que visa construir capacidades para inovar através da transferência de conhecimento de servidor para servidor da Prefeitura de São Paulo. O guia propõe um Protocolo de atendimento e triagem às solicitações feitas pela população para o resgate de animais encontrados no meio urbano na cidade de São Paulo.
Biólogos e veterinários atendem casos de atropelamento, acidentes em rede elétrica e ferimentos por ataque de animais domésticos. Filhotes que perderam os pais também são entregues, caso da oncinha parda Marsha. Resgatada pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) em um canavial próximo de Campinas, a pequena felina tinha apenas 15 dias de vida. Os cuidados clínicos e reabilitação são feitos no Centro de Manejo e Conservação de Animais Silvestres (CeMaCAS), no Parque Anhanguera, com um posto avançado da Divisão no Parque Ibirapuera.
Triagem Avançada
A DFS percebeu, no entanto, que era preciso filtrar o atendimento de animais recebidos, pois alguns estavam fora das especificações de animal silvestre nativo de São Paulo, como prevê a lei. “Recebíamos grande número de espécies silvestres oriundas de outras regiões do país, animais exóticos como calopsitas, ou mesmo animais domésticos, como coelhos. Isso prejudicava o foco de nosso atendimento”, explica o biólogo Ricardo Gandara Crede. Hoje cerca de 70% dos chamados e solicitações são resolvidas com a simples transmissão de informação, deixando de receber animais de forma indevida, mobilizar os técnicos da fauna – agora concentrados nos casos que realmente dependem desses esforços – ou até mesmo viaturas da polícia ambiental para o transporte ou resgate dos animais.
Para atender à demanda de forma racional, o setor estudou como seria possível triar esse recebimento, e criou canais de atendimento que descartam previamente o recebimento físico do animal. O protocolo de atendimento desenvolvido na Triagem Avançada não depende do recebimento do animal para depois triá-lo: é possível fazer esse procedimento antes mesmo de qualquer intervenção ou retirada do animal da natureza, o que otimiza muito o serviço.
O projeto de Triagem Avançada inclui o contato prévio do munícipe que encontra o animal (ele pode, inclusive, enviar fotos e descritivo). O resgate da GCM Ambiental, inserida no sistema, também envia fotos durante o procedimento. “Eles nos dão informações sobre as condições do animal ainda na viatura. Nossos técnicos acompanham virtualmente as ocorrências envolvendo a fauna silvestre atendidas pela GCM Ambiental. Se o animal estiver bem e puder ser solto, a GCM Ambiental poderá devolvê-lo à natureza sem que dê entrada no CeMaCAS”, explica o biólogo.
Sequestro de fauna
O fato de desconhecer as espécies faz com que a população pratique o que se chama, entre os especialistas, de sequestro da fauna (quando se retira do habitat um animal saudável). Os pedidos vão da remoção de ninhos à exclusão de espécies em quintais e condomínios. “Explicamos que não se remove um ninho, pois isso é crime ambiental e os filhotes necessitam de um certo período para o seu desenvolvimento; animais não devem ser removidos por causar certo temor ou algum desconforto visual, como urubus ou gambás. Aves jovens que ainda estão aprendendo a voar também não devem ser recolhidas: faz parte do desenvolvimento de algumas espécies ficar no chão após a saída do ninho. Assim, contribuímos com a educação ambiental da população”, afirma Ricardo.
SERVIÇO
Lançamento do Guia Como implementar um processo de triagem que prioriza recursos e qualifica o serviço público?
Data: 05/12/2019
Horário: 16h
Local: MobiLab+
Endereço: Rua Boa Vista, 128 – mezanino - Centro
SECOM - Prefeitura da Cidade de São Paulo
E-mail: imprensa@prefeitura.sp.gov.br
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