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Quinta-feira, 25 de Agosto de 2022 | Horário: 15:37
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Prefeitura lança 56 obras prioritárias do Plano Diretor de Drenagem da cidade

Com um investimento de R$ 4,6 bilhões, as ações fazem parte do Plano Diretor de Drenagem do Município. Estudos e projetos terão início ainda em 2022

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB), lançou na manhã desta quinta-feira (25) as 56 ações prioritárias do Plano Diretor de Drenagem do Município de São Paulo. A iniciativa conta com a colaboração da Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica (FCTH), da Universidade de São Paulo (USP) e terá investimento estimado de R$ 4,6 bilhões.

Segundo o prefeito Ricardo Nunes, desde 2017 a Prefeitura de São Paulo investiu cerca de R$ 2 bilhões em obras de drenagem na cidade.

“Desses, em 2021 e 2022 foram R$ 1 bilhão. Nós tivemos metade do investimento em um ano do que foi feito de 2017 até agora”, afirmou.

O Plano de Ações reúne 56 obras de drenagem propostas nos Cadernos de Bacias Hidrográficas (CBH) já publicados pela secretaria. São eles: Água Espraiada, Cabuçu de Baixo, Jacu, Jaguaré, Mandaqui, Morro do S, Verde-Pinheiros, Uberaba, Pirajuçara, Aricanduva, Anhangabaú, Água Preta e Sumaré. Também foram contemplados os dados presentes nos cadernos que serão publicados este ano (Sapateiro, Tiquatira, Vila Leopoldina, Cordeiro, Tremembé e Itaquera).

“O Plano Diretor de Drenagem é uma ferramenta importantíssima para o planejamento de drenagem na cidade. Essa é a primeira edição e a intenção é que esse Plano seja dinâmico e que a gente vá ajustando ao longo do tempo, de acordo com as necessidades ou outras situações que surjam na cidade”, enfatizou o secretário de Infraestrutura Urbana e Obras, Marcos Monteiro.

Um dos pontos de destaque do Plano de Ações é o sistema de hierarquização de projetos e propostas existentes para a drenagem de águas pluviais. Permite alocar os recursos disponíveis de forma mais eficiente, maximizando os benefícios gerados aos paulistanos. O plano cumpre a função de ser uma ferramenta para programação e elaboração de um cronograma de obras, além de fornecer suporte à decisão de priorizar determinada intervenção, e postergar a execução de outras.

A hierarquização das obras é feita aplicando-se as ferramentas de ESG (sigla em inglês para Environmental, Social and Governance), com base em premissas técnicas diminuindo, assim, a aplicação de critérios subjetivos. As 56 intervenções foram selecionadas a partir da análise dos seguintes aspectos: construtivo, econômico, social, ambiental, danos evitados, repercussão da intervenção, vulnerabilidade técnica e impactos na infraestrutura urbana. É importante destacar que, durante o desenvolvimento dos trabalhos, cada aspecto técnico recebeu um peso diferente, conforme seu grau de relevância.

Além das obras convencionais de macrodrenagem como reservatórios, alteamento de pontes, canalizações e galerias, destacam-se as intervenções focadas no meio-ambiente. Neste aspecto, o Plano de Ações contempla revitalizações e aberturas de córregos, bacia de sedimentações, lâmina de retenção, controle de poluição difusa com fitorremediação (controle de poluição por meio de plantas), biovaletas, terraceamento, poços de infiltração e canteiros pluviais.

“Trata-se de um tema de grande relevância para cidade de São Paulo, onde a ação colaborativa da Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica (FCTH), juntamente com a Prefeitura, tem trazido bastante resultados significativos para melhoria da qualidade de vida da população”, disse o presidente do Conselho Curador da Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica (FCTH) e Professor Livre Docente da POLI-USP, José Carlos Mierzwa.

O Plano de Ações em números

As 56 obras que fazem parte do Plano de Ações contam com um investimento estimado de R$ 4,6 bilhões, já incluídas as desapropriações, estudos e as compensações ambientais. As análises e projetos para início das obras elencadas começam a ser desenvolvidos já em 2022. A previsão para conclusão das intervenções é 2036.

As ações prioritárias representam uma redução de 4,6 km² na mancha de alagamento da cidade e uma capacidade de reservação de mais de 4 milhões de m³ de água. Estima-se que, com as obras selecionadas, a Prefeitura implante mais 13 mil metros de novas canalizações no município.

Clique aqui e veja os cadernos de drenagem e o Plano Diretor de Drenagem do Município - Plano de Ações.

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