Notícia na íntegra
Prefeitura libera início da reforma no Pacaembu
A Prefeitura de São Paulo e a Concessionária Allegra Pacaembu celebraram nesta terça-feira (29/6) o início das obras no Complexo Pacaembu com a autorização para a demolição da arquibancada Sul do estádio, conhecida como tobogã. Neste espaço, será construída uma nova edificação multifuncional, que permitirá maior integração entre as áreas do projeto, com mais uma opção de lazer para a população até 2023.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, lembrou que esta é mais uma ação que dá continuidade aos trabalhos desenvolvidos pela gestão Bruno Covas. “Para a Prefeitura este é um projeto fundamental, que trará uma desoneração de R$ 836 milhões ao longo desta concessão com o pagamento de outorga, desoneração do orçamento municipal, investimentos e ISS, neste que também será um projeto importante para a recuperação da economia pós pandemia”, destacou o prefeito.
De acordo com a Allegra Pacaembu, responsável pelo local, o investimento estimado é de cerca de R$ 400 milhões. No pico das obras, a previsão é que sejam contratados aproximadamente 500 operários.
Entre os benefícios esperados estão a renovação do equipamento, com a melhoria das instalações do Estádio e do Centro Poliesportivo. A concessionária irá investir na modernização do espaço, da infraestrutura, das instalações, bem como em acessibilidade, sinalização e comunicação visual, sistemas elétricos, hidráulicos, de telecomunicações, TI, ar-condicionado e iluminação.
Além disso, deverão ser realizadas reformas no Centro Poliesportivo e no estádio. A implantação destas intervenções deverá ocorrer até o terceiro ano de concessão. Além da reforma, caberão à concessionária todos os custos com administração, zeladoria, segurança e atendimento ao usuário durante 35 anos.
“Este é um exemplo para o Brasil de como o poder público deve tocar um plano de desestatização”, disse o secretário de Governo Municipal, Rubens Rizek. “Esse projeto respeitou a história do Pacaembu, a comunidade e foi fruto de discussão, com muitas alterações feitas para absorver as sugestões da sociedade, dando o exemplo para todo o Brasil, além de induzir o desenvolvimento pela vocação de São Paulo”, concluiu.
Projeto
Também serão reformadas as arquibancadas laterais leste e oeste, criando espaços para eventos e hospitalidade. O museu do futebol seguirá em operação normal. O objetivo da obra é elevar o nível de conforto e segurança em todo o Complexo, transformando o equipamento octagenário em um dos maiores e melhores centros de convivência, esporte, cultura e lazer da cidade.
O clube poliesportivo também será totalmente restaurado, recuperando a arquitetura original, da década de 1940, e seguindo as diretrizes dos Conselhos de preservação do patrimônio histórico.
“Nosso desejo é manter viva a história do Pacaembu. Essa obra será executada com todo zelo e respeito ao patrimônio, orientada para o futuro, iniciando uma nova fase desse ícone de São Paulo. O projeto entregará aos paulistanos um espaço público mais democrático, plural e acessível, resgatando os pilares originais de cultura e lazer, além de potencializar o seu uso esportivo”, afirma Eduardo Barella, CEO da Allegra Pacaembu.
No lugar do tobogã será construído o edifício multifuncional, com espaços pensados para proporcionar experiências únicas, diferente do que São Paulo conhece. O projeto prevê um grande centro de convenções e eventos, construído no subsolo, junto a um novo estacionamento. O térreo será permeável, com áreas cobertas interligadas. Ao Norte haverá uma esplanada ao ar livre com vista para o gramado; e ao sul para um Boulevard que transformará o atual estacionamento em um espaço vivo, uma praça interna de convivência com ampla oferta de alimentação e serviços, oferta que também estará presente na cobertura da nova edificação, onde haverá áreas públicas, restaurantes e um café, conectando as ruas Desembargador Paulo Passaláqua e Itápolis.
Detalhamento das obras
A demolição do tobogã será realizada com diversos equipamentos, de marteletes até escavadeiras, para o corte das estruturas serão utilizadas tesouras hidráulicas. O desmonte dos elementos em áreas elevadas da estrutura, terá peças cortadas com auxílio de fios diamantados e marteletes manuais, já a remoção das peças será executada com o auxílio de guindastes. Não haverá uso de explosivos. No total, cerca de 30 operários trabalharão na demolição, que durará de 3 a 4 meses.
Estima-se que praticamente todo o concreto do tobogã seja reaproveitado na própria obra. Seguindo os protocolos de segurança, todo o perímetro do tobogã será devidamente isolado. Uma barreira com tela será instalada quando as atividades demandarem tal sistema de proteção, como é comum para atividades de demolição. Basicamente, a tela de proteção será instalada entre o tobogã e o ginásio poliesportivo e concomitantemente à demolição, será realizada a desmontagem da estrutura metálica do placar eletrônico, com auxílio de guindastes e plataforma elevatória.
Com a demolição das estruturas, terá início o processo de britagem dos escombros e armazenagem desse material no campo de futebol, pois a maior parte dos resíduos será aplicada na própria obra, seguindo a cartilha de boas práticas ambientais e de sustentabilidade.
As arquibancadas laterais (leste e oeste) serão inteiramente reformadas, para que possam ser criadas áreas internas, como as ocupadas pelo Museu do Futebol. Sob as arquibancadas, haverá uma nova infraestrutura para atender o Estádio, como novos banheiros e lanchonetes; além de espaços para outras programações, como a arena de eSports.
Estão previstas, ainda, a reformulação das áreas de imprensa, a criação de 25 camarotes e implantação do desenho universal para ampla acessibilidade aos espaços do Pacaembu.
A fachada histórica do estádio e a arquibancada norte, localizada na curva da ferradura (setores verde e amarelo), serão totalmente restauradas. O clube poliesportivo também passará por minucioso trabalho de restauro e recuperação das estruturas. O ginásio poliesportivo voltará a ter uma abertura na fachada norte e os arcos de madeira que compõem sua cobertura serão completamente recuperados, readquirindo o aspecto original.
O ginásio de tênis também terá sua cobertura original recuperada e áreas internas completamente restauradas. A piscina, que permanecerá com acesso livre e gratuito aos paulistanos, contará com lanchonete, banheiros e vestiários renovados e arquibancada restaurada. Tudo para elevar o nível de conforto ao público. A quadra de tênis externa receberá uma nova abertura para o Boulevard, local onde hoje funciona o estacionamento e dará espaço a uma futura praça de convivência.
O projeto paisagístico respeita os maciços arbóreos presentes no Pacaembu, formado por indivíduos notáveis, de espécies nativas e exóticas, tais como Jacarandá, Mangueira, Pitangueira, Figueira, Abacateiro, Pinheiro Americano, Pau-ferro, entre outras espalhadas por todo o Complexo.
Complexo Pacaembu
O Complexo Pacaembu é um equipamento da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (SEME). Inaugurado no dia 27 de abril de 1940, o espaço possui área aproximada de 75.500 m², sendo 50 mil m² de estádio e 25.500 m² de centro poliesportivo.
Suas instalações incluem: piscina olímpica aquecida, ginásio poliesportivo coberto, ginásio de saibro coberto para tênis, quadra externa de tênis com arquibancada, quadra poliesportiva externa com iluminação, três pistas de cooper, duas salas de ginástica e posto médico. O custo aproximado do espaço é de R$9 milhões ao ano.
Desestatização
A desestatização do Complexo Pacaembu faz parte da ação conduzida pela Secretaria do Governo Municipal com a SP Parcerias, responsável por modelar e estruturar projetos de concessão e parcerias público-privadas para viabilizar a consecução do Plano Municipal de Desestatização (PMD).
Mercadão e Kinjo Yamato, Mercado de Santo Amaro, Ibirapuera, Anhembi, baixo dos viadutos Antártica e Lapa, além do Estacionamento Rotativo, estão entre as concessões já estabelecidas, que colocaram o município de São Paulo na liderança em parcerias firmadas com o setor privado desde 2019.
Allegra Pacaembu
A Allegra Pacaembu é a concessionária que, em 25 de janeiro de 2020, assumiu a gestão do Complexo Esportivo do Pacaembu por 35 anos. A concessionária prevê a entrega de um equipamento totalmente restaurado e modernizado; respeitando sua história e amplificando seu significado. Será um Pacaembu mais aberto, democrático, inclusivo e plural; um espaço de convivência com ampla oferta de serviços, esporte, lazer e cultura.
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