Prefeitura de São Paulo

A sondagem é um importante recurso para acompanhar os processos e avanços do que as crianças já sabem em relação à Língua Portuguesa e Matemática no Ciclo de Alfabetização, que inclui o 1°, 2° e 3° anos do Ensino Fundamental, e é uma peça chave para o planejamento e replanejamento das aulas até o final do ano letivo. 

Durante o mês de março, as Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEFs) aplicaram e analisaram as avaliações diagnósticas do 1° bimestre.  Em maio, agosto e novembro serão aplicadas as sondagens do 2°, 3° e 4° bimestres, respectivamente.

A professora Shirlei Monteiro integra a divisão de Ensino Fundamental e Médio (DIEFEM) da Coordenadoria Pedagógica (COPED) da Secretaria Municipal de Educação (SME) e destaca a importância desse instrumento. “Os professores e professoras alfabetizadores (as) podem realizar os ajustes necessários ao planejado para atender as reais necessidades dos estudantes, permitindo que, além de replanejar, os professores e professoras possam intervir de forma mais ajustada nas diversas situações didáticas, garantindo um acompanhamento progressivo de cada criança”, aponta.

A Avaliação Diagnóstica faz parte do processo e segue as orientações da SME por meio do Documento Orientador de Sondagens, disponível aqui (Link para um novo sítio). 

No documento, cuja elaboração segue as orientações do Currículo da Cidade, indica a realização de quatro tipos de sondagens. Em Língua Portuguesa, o processo é dividido entre Sondagem de Escrita e Sondagem de Leitura. Para cada ano/série há uma orientação específica, isto é, as sondagens do 1º ano são diferentes das realizadas nos e 3° anos do ensino fundamental.  

O destaque não é avaliativo e corretivo, mas deve conter um foco na análise, como destacado no próprio documento. “A sondagem é o momento para que escrevam, da melhor maneira possível, as palavras e revelem sua compreensão sobre o SEA(Sistema De Linguagem Alfabética). Diante disso, as escritas das crianças não devem ser corrigidas e sim analisadas”. 

Em Matemática, o Documento Orientador indica a realização de uma  Sondagem de Números e uma Sondagem de Resolução de Problemas. Nos números, é analisada a capacidade de escrita numérica dos estudantes e na Resolução de Problemas são apresentados problemas do campo aditivo e multiplicativo. A análise considera todas as estratégias de resolução utilizadas pelas crianças.

Após a realização das sondagens, os professores inserem os resultados em um sistema on-line, onde a Diretoria Regional de Educação (DRE) e a gestão da unidade conseguem verificar a situação de cada estudante e auxiliar no aprendizado, se necessário. 

Para a Formadora da Divisão Pedagógica (DIPED) da DRE Ipiranga, Débora Valiante, o sistema é importante para auxiliar as ações em cada unidade do território. “Conseguimos acompanhar cada estudante e, com base nisso, coletar as informações e elaborar ações formativas pontuais para os professores alfabetizadores”, aponta.

Os Coordenadores Pedagógicos (CPs) e Professores Orientadores de Área (POA) atuam dentro da própria unidade, auxiliando no planejamento das ações dos professores e intervindo  de forma qualificada e colaborativa no trabalho docente, a fim de garantir o avanço das aprendizagens dos estudantes. 

O trabalho do órgão central da SME consiste na análise de dados para acompanhamento das aprendizagens do ciclo de alfabetização, auxílio e criação de ações formativas e elaboração de políticas públicas que visam garantir uma educação integral inclusiva e equitativa.