Prefeitura de São Paulo

Durante o segundo dia de debates para os desafios e soluções para a construção de cidades mais justas, democráticas e sustentáveis, realizados pela Conferência “Catalisando Futuros Urbanos Sustentáveis”, a Prefeitura, por meio da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) participou do evento representada pelo seu chefe de Gabinete,Rodrigo Ravena, que fez parte da sessão temática “Biodiversidade Urbana e Contabilidade do Capital Natural”, presidida pela coordenadora de Cidades e Mudanças Climáticas do Banco Mundial, Xueman Wang. 

A apresentação de Ravena teve como foco a biodiversidade na cidade de São Paulo, partindo de referências geográficas (área, altitude, relevo), aspectos econômicos, fauna, flora e cobertura vegetal. O chefe de gabinete apresentou o  inventário da fauna, realizado em 2018, que trouxe um total de 1121 espécies, das quais 726 são vertebrados. Já o Herbário Municipal catalogou 1273 amostras digitalizadas da flora, sendo importante fonte para o reconhecimento de espécies raras ou ameaçadas de extinção. Ravena também incluiu em sua apresentação dados de gestão e atividades gerais da SVMA, como seus parques e Unidades de Conservação.

“É importante chamarmos a atenção para um ponto. São Paulo está muito próxima dos exemplos de Paris, Xangai e Cingapura, com um encaminhamento global onde as cidades fazem a efetiva proteção da natureza. É importante que o trabalho continue para cada vez mais buscarmos ferramentas para tornar a atividade pública cada vez mais transparente, e mostrar os principais avanços de são Paulo”, disse Ravena.

O debate também contou com a participação da vice-prefeita de Paris, Penélope Komitès, que falou sobre os principais desafios da cidade europeia para o combate ao efeito estufa, com o objetivo de promover a biodiversidade. 

“Sabemos que existe uma urgência climática e, por isso, não podemos mais esperar para promovermos ações a favor da biodiversidade. Precisamos agir, não importa a cidade em que estamos, com instrumentos para mudarmos juntos esta realidade. Trocar ideias para além das nossas diferenças. Como cidades estamos livres para agir e empurrar Estados e governos para a tomada de decisões”, afirmou. 

Planos Verdes
A política ambiental do Município está definida no Plano Diretor Estratégico (PDE), contemplada no Sistema de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres (SAPAVEL), nos chamados Planos Verdes. Um deles, o Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA) já concluído, aponta ações prioritárias e áreas para conservação, manejo, fiscalização e recuperação da vegetação nativa. 

Ele se articula com os demais planos verdes em andamento, como o Plano Municipal de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres (PLANPAVEL), Plano de Conservação e Recuperação de Áreas Prestadoras de Serviços Ambientais e Plano Municipal de Arborização Urbana (PMAU). Ravena citou ainda o Mapeamento digital da Cobertura Vegetal do Município, a ser concluído e divulgado no início de outubro deste ano. Por fim, citou os serviços municipais voltados para a gestão da biodiversidade como o atendimento veterinário de animais silvestres (para recuperação física) e consequente reabilitação, para devolvê-los à natureza.

Conferência “Catalisando Futuros Urbanos Sustentáveis”
O que a sua cidade está fazendo para catalisar um futuro urbano sustentável para todos? Com o objetivo de concentrar ideias sobre o tema, a cidade de São Paulo recebe a Conferência “Catalisando Futuros Urbanos Sustentáveis”. O evento acontece até 20 de setembro no Parque Ibirapuera, na Zona Sul, reunindo prefeitos, gestores municipais e especialistas em cidades de todo o Brasil e exterior para o debate de soluções voltadas ao crescimento urbano sustentável. Clique aqui e saiba mais