Prefeitura de São Paulo

A SP Urbanismo lançou nesta semana, em parceria com a rede global de cidades C40 Cities, um Concurso Internacional para selecionar projetos urbanos para quatro áreas públicas subutilizadas da região central da cidade. Voltada a arquitetos, urbanistas e escritórios de arquitetura e urbanismo do Brasil e do exterior, a competição tem o objetivo de reunir propostas inovadoras para transformar espaços residuais do sistema viário subutilizados em áreas de estar e lazer mais convidativas à circulação de pedestres e ao uso de meios de transporte não poluentes, como bicicletas.

O concurso faz parte da competição global chamada “Reinventing Cities”, promovido pela C40, rede que reúne grandes cidades do mundo comprometidas com o desenvolvimento de ações para combater o aquecimento global e as mudanças climáticas.

São Paulo é a única representante da América Latina na lista de cidades escolhidas para esta edição do concurso.

O presidente da SP Urbanismo, Cesar Azevedo, destacou a importância da participação de São Paulo no projeto da rede C40. Segundo Azevedo, será uma oportunidade para mobilizar arquitetos e urbanistas no Brasil e em outros países para a missão de resgate do centro de São Paulo. “Especialmente num contexto pós-pandemia, repensar esses espaços de convivência e de passagem torna-se ainda mais urgente e fundamental para a construção de uma cidade mais sustentável e resiliente”, afirmou.

O município definiu quatro áreas para receber estudos preliminares dos candidatos: Mercado Kinjo Yamato / Boulevard Prestes Maia; Praça Alfredo Issa; Praça Dr. João Mendes e Praça Clóvis Beviláqua. Elas estão situadas em pontos estratégicos do Centro Histórico e conectam-se a outros projetos de requalificação urbana da Prefeitura já elaborados ou em andamento para a região.

As áreas estão localizadas em cruzamentos de grandes avenidas e foram implantadas no início do século XX, época em que as intervenções urbanísticas priorizavam o tráfego de veículos. Atualmente, elas apresentam uma série de conflitos viários entre automóveis, pedestres e ciclistas, o que tem resultado em alto índice de acidentes de trânsito e poucos (ou nenhum) espaços para permanência e convivência das pessoas.

A expectativa da Prefeitura é recepcionar propostas que transformem os locais em espaços seguros à circulação de pedestres e usuários de meios de transporte não poluentes. Os estudos devem contemplar ações de sustentabilidade, acessibilidade, valorização do patrimônio histórico e criação de locais agradáveis de convivência.

Para participar do concurso, é necessário se inscrever até 20 de setembro no site da rede C40. O edital e todos os anexos podem ser encontrados no site e-negocios, da Prefeitura de São Paulo.

As propostas deverão ser entregues presencialmente ou por correio à SP Urbanismo entre 5 e 7 de outubro. Elas serão analisadas, sem identificação de autores, por um júri formado por representantes da SP Urbanismo, C40 e entidades de arquitetura do país entre 10 e 14 de outubro. O anúncio dos vencedores acontecerá em cerimônia pública prevista para outubro (data a definir).

Cada uma das quatro áreas terá três propostas vencedoras. O primeiro colocado receberá o prêmio de R$ 100 mil e a possibilidade de ser contratado pela Prefeitura para desenvolver o projeto executivo do que foi proposto no estudo (valor de contratação fixado em R$ 300 mil). O segundo lugar será premiado com R$ 30 mil e o terceiro, com R$ 20 mil.

O Concurso “Reinventing Cities São Paulo” reforça a diretriz da SP Urbanismo de planejar a cidade de forma conjunta com os diversos atores que pensam o planejamento urbano do município. Em 2016, a empresa pública promoveu o “Concurso Público Nacional de Ideias para Elementos de Mobiliário Urbano de São Paulo”, que contou com a participação de 221 profissionais e estudantes. No ano de 2015, aconteceu o “Concurso Público Nacional para Plano de Urbanização da Operação Urbana Consorciada Água Branca”. Um total de 424 arquitetos de 6 estados do Brasil participou da competição.

 

Objetivos do Concurso

- Transformar espaços residuais do sistema viário subutilizados da região central de São Paulo em áreas de estar e lazer mais convidativas à circulação de pedestres e ao uso de meios de transporte não poluentes, como bicicletas.

- Promover a sustentabilidade do espaço público, a acessibilidade, a valorização do patrimônio histórico e a criação de espaços agradáveis para a convivência das pessoas.

Como as áreas foram escolhidas?

Um levantamento da SP Urbanismo identificou espaços livres públicos na região central próximos de outros projetos urbanos do Município executados, como as requalificações da Praça da Sé, Praça da República, Praça Dom José Gaspar e do Vale do Anhangabaú), e em desenvolvimento, como Requalificação dos Calçadões, Esquina Histórica, Requalificação da Santa Ifigênia, Requalificação do Entorno do Mercadão e o Plano Urbanístico do Parque Dom Pedro II.

Essas áreas estão localizadas no anel viário conhecido como Rótula Central, próximo ao Centro Histórico. Elas foram implantadas no início do século XX, época em que as intervenções urbanísticas priorizavam o tráfego de veículos.

Premiação

1ºs colocados: R$ 100 mil e a possibilidade de contratação para elaborar projeto executivo (fixado no valor de R$ 300 mil)

2ºs colocados: R$ 30 mil

3ºs colocados: R$ 20 mil

Cronograma

18/07 a 20/09 – Período de Inscrições

05 a 07/10 – Envio das propostas

10 a 14/10 - Análise das propostas

A partir de 19/10 (data a definir) - Anúncio das propostas vencedoras

24/10/2022 a 24/01/2023 - Elaboração dos projetos executivos selecionados