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Segunda-feira, 1 de Fevereiro de 2021 | Horário: 11:12
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SUS e médico José Marcos completam 30 anos de atividade com superação e empenho

Profissional não esconde o orgulho de atuar na saúde pública: “Se alguém tinha dúvidas sobre a importância do SUS, não pode ter mais após a pandemia”

No dia 17 de setembro de 1990, o médico José Marcos Thalenberg iniciava sua carreira na rede municipal de Saúde. O começo dessa trajetória veio em um momento oportuno. Afinal, apenas dois dias depois, o Sistema Único de Saúde (SUS) era regulamentado por meio da lei nº 8.080. Hoje, em meio a uma crise sanitária sem precedentes como a pandemia do coronavírus, a existência de um sistema público de saúde como o SUS e de médicos como José Marcos mostra-se essencial para a população.

Thalenberg, 60 anos, é especialista em clínica médica e doutor em medicina interna pela Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp). Ele conta ter orgulho de trabalhar pela saúde pública. "O sistema [SUS] é mais que um hospital, está na assistência, na vigilância e em toda parte e, de maneira inequívoca, mostrou seu valor, principalmente em um país com tanta desigualdade social", pontua o servidor, que fez questão de continuar trabalhando durante a pandemia.

Em 2020, o SUS completou 30 anos de existência. Regulamentado em 1990, ele já estava garantido na Constituição Federal de 1988 para proporcionar acesso à saúde integral, universal e gratuita para toda a população brasileira. Depois de décadas, tornou-se essencial para salvar vidas mesmo em período de calamidade. Não à toa sua relevância é destacada pelos profissionais da área. "Se alguém tinha dúvidas sobre a importância do SUS, não pode ter mais após a pandemia do novo coronavírus", aponta o doutor José Marcos, que já tem ampla experiência no setor.

No início da carreira, trabalhou por dois anos no então Hospital Dia, em Santana, e desde 1992 integra a equipe do Hospital Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder da Silva (Vila Nova Cachoeirinha), na zona norte. Entre suas atividades na maternidade, o médico desenvolveu um guia para avaliação pré-operatória e foi eleito integrante do Conselho Gestor em julho de 2020.

O profissional destaca a gratificação em trabalhar na unidade e poder oferecer assistência médica de qualidade às mulheres que mais precisam. "Costumo dizer para minhas pacientes que elas possuem um plano de saúde e que elas pagam por ele, por meio dos impostos", relata o Thalenberg, que é responsável ainda pelo serviço de monitorização da pressão arterial da área de cardiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Das salas de atendimento às páginas de livro

O médico iniciou, em 2020, o curso de pós-graduação "Legislativo, Território e Gestão Democrática da Cidade", na Câmara Municipal de São Paulo. Junto aos estudos, ele também nutre outra paixão: a de contar histórias. Tanto que pretende lançar um livro com uma coletânea de narrativas de dezenas de pessoas que atendeu ao longo desses 30 anos de SUS.

Uma delas é a de um paciente que atendeu na AMA Prates, onde foi plantonista de 2014 a 2017, e que ajudou a retornar a Nova Friburgo (RJ), sua região de origem. Separado e pai de um filho, o homem era serralheiro e tinha vindo para São Paulo em busca de oportunidade de trabalho, mas não conseguiu. Morava em um abrigo e estava fazendo bicos para sobreviver e juntar dinheiro para voltar à cidade natal. O médico se comoveu e comprou a passagem como presente de Natal. "Ao terminar a medicação, e com a melhora dos sintomas, entreguei-lhe a passagem impressa. Ele parecia nem acreditar. Agradeceu e saiu correndo. Não era apenas mais um. Nunca é."

Para o médico, as histórias das pessoas são mais interessantes do que as doenças e que não basta, muitas vezes, tratar apenas os sintomas. "Dependendo do caso, a intervenção terapêutica tem que ir além da clínica", diz.

Casado com a psicóloga Lúcia Maria dos Santos Costa, José Marcos Thalenberg é pai de três filhas, que são o seu orgulho. A caçula Lia Kopelman Thalenberg, de 17 anos, pretende seguir os passos do pai e se formar em medicina. A do meio, Clara Kopelman Thalenberg, 19 anos, está no primeiro ano do curso de Geografia na Universidade de São Paulo (USP), e sua primogênita Hannah Pugliesi Thalenberg, 30 anos, é antropóloga e mora atualmente nos Estados Unidos. "Adoro conversar com minhas filhas, brindar à vida com a Lúcia, ler e estudar. O Corinthians também é uma paixão, ambos nascemos no Bom Retiro", conta.

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