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Quarta-feira, 1 de Junho de 2022 | Horário: 14:49
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Teste do Pezinho é obrigatório no Brasil

Exame detecta 50 doenças diferentes e deve ser feito preferencialmente entre o 3º e 5º dia de vida

Um dos primeiros exames realizados em recém-nascidos, o Teste do Pezinho é capaz de detectar doenças como anemia falciforme e hipotireoidismo congênito, o que possibilita o diagnóstico precoce e encaminhamento ao tratamento adequado, evitando danos e sequelas ao desenvolvimento das crianças.

A triagem neonatal, nome técnico do teste do pezinho, deve ser realizada preferencialmente entre o 3º e 5º dia de vida do bebê, uma vez que diversas doenças não apresentam sintomas no nascimento e, se não forem diagnosticadas e tratadas precocemente, podem causar sérias complicações à saúde do recém-nascido.

Na capital, o Instituto Jô Clemente (antiga Apae) é o serviço de referência em triagem neonatal, sendo responsável por capacitação e sensibilização continuada de todos os profissionais da saúde, monitoramento da qualidade e quantidade das amostras coletadas nos equipamentos de saúde, realização dos exames coletados e confirmação diagnóstica e pela busca ativa de responsáveis por crianças para as quais há necessidade de novos exames.

O teste é obrigatório por lei em todo o território nacional. Caso o exame não seja realizado, o bebê perde a chance de ser tratado em tempo hábil, podendo sofrer danos relacionados ao desenvolvimento neuropsicomotor, sequelas, internações e até óbito.

A partir da sua realização, os cidadãos têm acesso a exames confirmatórios e agendamento de consulta com especialistas na rede municipal de saúde, assegurando a linha de cuidado para cada doença.

Doenças que o teste detecta

Desde dezembro de 2020, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) ampliou a triagem neonatal, passando de seis para 50 doenças diagnosticadas.

Anteriormente, o exame conseguia detectar apenas as doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia falciforme, hiperplasia adrenal congênita e deficiência biotinidase. Com a ampliação, doenças como toxoplasmose, galactosemias e outras passaram a fazer parte da triagem de até 50 patologias no mesmo bebê, conforme a testagem realizada e a necessidade.

Como o exame é feito

Normalmente, o sangue do calcanhar do recém-nascido é coletado no momento da alta da maternidade e inserido em um papel de filtro que é armazenado e encaminhado para o laboratório, onde será processado.

A triagem é feita no calcanhar por ser uma região bem vascularizada, propiciando a obtenção da amostra de sangue adequada. Além disso, a técnica utiliza a lanceta e não há uso de agulhas, o que evita possíveis complicações ósseas ou vasculares.

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