Notícia na íntegra
Para comerciantes, lucro com blocos de Carnaval de Rua de São Paulo é ‘quase um 13º’
Com expectativa de movimentação financeira de R$ 3,4 bilhões em São Paulo, o lucro proporcionado pelo carnaval de rua da cidade é como um “13º” para muitos comerciantes que abrem as portas nos dias de folia. Tanto quem tem um estabelecimento na rota dos blocos quanto quem está fazendo uma renda extra como vendedor ambulante diz que os rendimentos nesta época vão dar um fôlego significativo para o restante do ano.
“No carnaval a gente trabalha bem, vende bem, traz bastante movimento para o bairro, a gente vende de tudo um pouco, tanto bebida quanto lanches rápidos, e é uma fonte de renda que eu costumo falar que é como se fosse nosso 13º ou umas férias, que agrega bastante”, disse a comerciante Eliana Santos da Silva, dona do Bar da Eliana, que funciona há 15 anos na Rua 13 de Maio, na região central, rota de blocos tradicionais do Bixiga, como o Esfarrapado.
O dinheiro obtido com o lucro, diz ela, vai ser usado para melhorar a estrutura do comércio e também para dar mais conforto à família.
Outro que também vai investir em melhorias no estabelecimento é o comerciante José Evandro Nogueira Lima, dono de um bar na região central, que não costuma abrir às segundas-feiras, mas neste ano resolveu aproveitar o movimento proporcionado pelo bloco e a estrutura criada pela Prefeitura. “Está show de bola este ano. A organização está muito boa. Tem segurança para o público se divertir bastante. Graças a Deus não teve notícia de nenhum furto”, afirmou.
Para o empresário Edinho Saez, proprietário de duas cafeterias na República, uma na Galeria Metrópole e outra na Praça da República, é um momento para o comércio aproveitar, pois o carnaval leva as pessoas para a rua. “As pessoas ocupam os espaços, tiram os carros da rua e traz uma galera que não conhece a região. Eu acho incrível poder curtir um bloco aqui”, afirmou.
Proprietário de uma bomboniere na Avenida Brigadeiro Faria Lima, Rodrigo Cordeiro elogia o aumento do fluxo de pessoas. “Eu fico no meio do caminho dos blocos, então o pessoal acaba parando aqui para se abastecer, comprar um chiclete, uma água, ainda não fiz o cálculo, mas o fluxo aumenta mais de 200% nesses dias de blocos, principalmente aos finais de semana, quando aqui é mais parado. Só é triste porque não consigo curtir, mas ganho meu dinheiro e curto depois.”
A Prefeitura é responsável pela organização da festa, por meio da SPTuris, desde a inscrição dos blocos até a implementação das normas de segurança. A autorização para os desfiles e os trajetos dos blocos foram planejados com a aprovação da Companhia de Engenharia de Trânsito (CET) e outros órgãos de segurança pública.
O presidente da Associação Comercial de São Paulo, Roberto Mateus Ordine, avalia a importância do carnaval para o setor na cidade. “O carnaval vai movimentar 16 milhões de pessoas, um impacto econômico de R$ 3,4 bilhões e, claro, um número extremamente importante para o comércio paulistano. Não tenho dúvidas de que a festa deste ano contribuirá para o desenvolvimento econômico e do comércio da nossa cidade”, disse.
A Prefeitura investiu mais de R$ 42,5 milhões em infraestrutura e produção para a festa deste ano, da qual participam 601 blocos. Os desfiles começaram nos dias 22 e 23 de fevereiro (pré-carnaval); continuam entre 1º e 4 de março (carnaval) e pós-carnaval ( 8 e 9 de março).
Mais empregos
A expectativa é de que o carnaval proporcione a geração de 50 mil empregos, sendo 15 mil só para os ambulantes credenciados que trabalham nos blocos que passam por todas as regiões da cidade.
Entre eles, está Luís Afonso Moura, de 18 anos, que participa pela primeira vez como ambulante para realizar um sonho: “Eu estou economizando. Todo dinheiro que estou ganhando, eu tô economizando para futuramente comprar uma casa para mim, ter uma casa própria”, afirmou o jovem, que disse também aproveitar para curtir o carnaval. “Dá para ganhar um dinheirinho e também curtir o carnaval ao mesmo tempo.”
A AMBEV, patrocinadora do Carnaval de Rua 2025, entregou kit aos comerciantes cadastrados, composto por credencial, colete, guarda-sol e isopor. Além disso, os trabalhadores passaram por treinamento e tiveram acesso à pré-venda de produtos com preços diferenciados.
Curso gratuito de capacitação
A Prefeitura também disponibilizou capacitação gratuita com técnicas de venda, gestão financeira e atendimento ao público com o curso gratuito “Meu Comércio de Rua: Vendendo em Grandes Eventos”, em parceria com a AMBEV.
O objetivo dessa formação foi orientar e preparar os participantes para trabalhar no carnaval e em grandes eventos de forma legal e planejada ensinando práticas necessárias ao comércio de rua.
SECOM - Prefeitura da Cidade de São Paulo
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