Prefeitura de São Paulo

Durante o encontro de encerramento da 28ª edição da ação Prefeitura Presente, no CEU Uirapuru, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, assinou nesta quinta-feira (18) a Ordem de Início para as obras de drenagem do Córrego Antonico, na região do Morumbi, Zona Oeste da capital. As intervenções visam combater as enchentes que atingem o bairro há mais de 20 anos. Com investimento de R$ 273,8 milhões, as obras ficarão sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras. 

“Hoje, por onde andei, vi uma região melhor. Vamos comemorar o que conseguimos, mas também  temos conhecimento de que há muitas coisas para serem feitas nesta região, como tapar buracos, recolher os carros abandonados, fazer a manutenção de algumas praças, entre outras. Quero também falar sobre o autorizo de uma obra importante para conter as enchentes, que é a do Córrego Antonico, e agradecer aos diretores do São Paulo Futebol Clube, que participam comigo desta assinatura”, declarou o prefeito.

O contrato contempla a construção de um novo reservatório para contenção das cheias, além de novas galerias. O reservatório será implantado na Praça Roberto Gomes Pedrosa e terá capacidade para armazenar até 133,5 mil metros cúbicos de água, volume equivalente a mais de 53 piscinas olímpicas. As galerias serão construídas na Rua Senador Otávio Mangabeira, em um trecho de 660 metros. Em dias de fortes chuvas, o reservatório receberá as águas excedentes do Córrego Antonico, que nasce na região de Paraisópolis e passa sob o Estádio do Morumbi. O prazo contratual para execução das obras é de 24 meses. 

Ao final das obras, a SIURB irá recompor os equipamentos públicos presentes hoje na Praça Roberto Gomes Pedrosa, sendo eles a base da Polícia Militar e a sede do CONSEG Morumbi. Também será discutido com a comunidade local quais outros itens serão instalados na praça. A rotatória no encontro das avenidas Giovanni Gronchi, Jorge João Saad e Rua Jorge Assad Abdalla terá sua cobertura vegetal recomposta, com o plantio de árvores como Carobinha, Uvaia e Ipê-Amarelo. Todas as intervenções serão executadas em áreas públicas, o que elimina a necessidade de desapropriações.

“Hoje a gente tem o CONSEG na praça, uma banca de jornal e a base da Polícia Militar, que serão realocados durante a construção, mas depois voltam para uma praça que será melhor do que a que existe hoje, toda urbanizada”, explicou o secretário municipal de Infraestrutura e Obras, Marcos Monteiro.

Ao todo, o projeto desenvolvido pela SIURB, em parceria com a Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica (FCTH) da USP, prevê, ainda, a construção de mais um reservatório na Praça Alfredo Gomes e novas galerias na Av. Jules Rimet. Essas obras estão sob a responsabilidade do Governo do Estado e já foram iniciadas.

 

Estudos
Os estudos realizados pela SIURB e pela FCTH demonstraram que as chamadas "soluções baseadas na natureza", como jardins de chuva, poços de infiltração, telhados verdes e mini reservatórios, não são suficientes para o combate às enchentes na região, além de sua implantação ocorrer em médio e longo prazo. O projeto final prevê dois grandes reservatórios que podem armazenar, juntos, 177,5 mil metros cúbicos de água (volume equivalente à 71 piscinas olímpicas), implantados em áreas públicas, e que promovem um alto grau de proteção à bacia hidrográfica em curto prazo.

 

Construção de reservatórios
A Prefeitura de São Paulo, por meio da SIURB, está trabalhando na construção de outros sete reservatórios: quatro estão localizados no Ribeirão Perus, na Zona Norte; um no Morro do S, na Zona Sul; um no Parque do Carmo, na Zona Leste; e um no Córrego Lapenna, também na Zona Leste.

As obras do reservatório da Rua Abegoaria já estão contratadas e atualmente encontram-se em fase de estudos. A licitação para o reservatório do Córrego Carumbé já foi homologada, estão em andamento as tratativas para assinatura do contrato. 

A SIURB conta, também, com mais três reservatórios em fase de licitação (Mooca 2, Rio Verde e Paraguai-Éguas) e outros cinco em fase de análise das consultas públicas (três estão localizados no Córrego Sapateiro, um no Córrego Uberaba e mais um no Córrego Moinho Velho).

 

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