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Segunda-feira, 1 de Abril de 2024 | Horário: 13:18
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Prefeitura inaugura terceiro Armazém Solidário de São Paulo, no Jardim Jaraguá 

Programa municipal que oferece alimentos a preços até 50% mais baixos, com foco em qualidade e segurança alimentar, já fez mais de 17 mil atendimentos 

 

Com a inauguração do Armazém Solidário-Jaraguá, nesta segunda-feira (1º/4), o programa da Prefeitura de São Paulo chega à terceira unidade, de sete previstas para entrar em funcionamento até o final do ano. O primeiro Armazém Solidário, inaugurado no final de janeiro em São Miguel Paulista, zona Leste, e a unidade City Jaraguá, aberta no dia 6 de março, já fizeram mais de 17.200 atendimentos.  

Ao inaugurar o novo armazém, o prefeito Ricardo Nunes destacou o trabalho da Prefeitura para garantir a segurança alimentar da população. “A gente tem um grande programa de segurança alimentar e nele distribui 7 mil cestas básicas todos os dias e temos outros programas importantes. Olha a diferença quando as pessoas vão poder fazer a sua compra com esses produtos com o preço mais baixo”, disse o prefeito.  

A nova unidade fica em um prédio de 500 m2, na Rua Marcela Alves de Cássia, 145, zona Norte da cidade, que já abrigou o Sacolão Municipal do bairro. Reformado para receber o público, conta agora com espaço e banheiros acessíveis e estacionamento para oferecer centenas de produtos alimentícios, de higiene pessoal e itens de limpeza, com preços que podem ser até metade dos pratiados no comércio convencional. Na inauguração, o prefeito citou alguns exemplos, como o óleo de soja, que custa R$ 6,92 no mercado convencional e R$ 4,04 no Armazém Solidário, com redução de 41%, e sabão em pó Omo, de R$ 17,15 para R$ 7,99, uma redução de 53%. 

A iniciativa, que tem como pilar a dignidade e o empoderamento da população vulnerável na escolha de alimentos saudáveis, foi desenvolvida pela Secretaria Executiva de Segurança Alimentar e Nutricional e de Abastecimento (SESANA), vinculada à Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC). O programa é custeado pelo Fundo de Abastecimento Alimentar de São Paulo (FAASP) e gerido pelo Instituto Nacional de Tecnologia, Educação, Cultura e Saúde (INTECS), Organização Social Civil (OSC) responsável pela implantação dos Armazéns Solidários na cidade de São Paulo. 

Para a secretária de Direitos Humanos, Soninha Francine, a iniciativa é fundamental para ajudar na recuperação da economia no pós-pandemia de Covid e também na garantia da segurança alimentar da população mais vulnerável. “Recentemente, o governo federal anunciou que do último ano para cá, 13 milhões de pessoas teriam saído da fome. Tenho certeza de que uma boa parte desse número é totalmente responsabilidade aqui da cidade de São Paulo. Todo o investimento que a gente faz - Armazém Solidário, Cidade Solidária, Rede Cozinha Escola, Bom Prato Paulistano - é totalmente com recurso municipal. Não tem um centavo de recurso federal sustentando isso. Então, é com muito orgulho mesmo que a gente faz esse investimento para garantia de direitos humanos, direito à cidadania, direito à alimentação adequada”, destacou. 

Alimentação saudável 

Nos Armazéns Solidários, são comercializados somente alimentos in natura, como proteínas (carne, frango e peixes), além de frutas e legumes, ou minimamente processados, como sucos integrais, pães, grãos e cereais. Nas duas primeiras unidades, o gasto médio por cliente foi de R$ 70,61. No período, os itens mais comprados foram os de hortifruti, com legumes, frutas e verduras (27,78% das vendas), seguido por produtos como leite, óleo, açúcar, arroz e feijão (25,09%). 

“Nesses locais, as pessoas que mais necessitam, cidadãos em vulnerabilidade, conseguem buscar, com dignidade, a segurança alimentar que necessitam, e ali podem escolher seus alimentos com qualidade. É assim que alcançaremos o objetivo de criar uma nova cultura alimentar para esta população”, destaca Carlos Fernandes, secretário executivo de Segurança Alimentar, Nutricional e Abastecimento da cidade de São Paulo. 

Também nesta segunda-feira, o Programa Armazém Solidário inicia uma pesquisa de satisfação que pede uma avaliação abrangente dos clientes sobre o atendimento, instalações, preços e produtos oferecidos nas unidades em operação, que servirá de parâmetro para a melhoria contínua de qualidade do projeto. Um segundo levantamento será direcionado aos hábitos alimentares dos frequentadores, com a finalidade de ajudar no ajuste fino das campanhas e ações de conscientização sobre a importância da alimentação saudável, combate ao desperdício e oficinas culinárias previstas no programa.  

Mais saúde 

“A construção de hábitos saudáveis na alimentação é um processo que, além de acesso aos alimentos, requer informação e conscientização para que as pessoas possam fazer as melhores escolhas”, explica Mariana Lozano, responsável pelo departamento de nutrição da INTECS, parceira da prefeitura no programa.   

O público do Armazém Solidário é composto por pessoas que vivem na cidade de São Paulo, com o Cadastro Único ativo (CadÚnico). As compras podem ser feitas por CPF do cadastrado. Os beneficiários podem fazer uma compra por dia por número de CPF.  

Moradora da região do Jaraguá, a orientadora socioeducativa Karen Ramos dos Santos, 32 anos, elogiou o serviço. “O arroz está com um preço ótimo. Achei muito mais acessível. Essa iniciativa é boa para toda a comunidade.” 

Em todos os Armazéns Solidários, também há uma “Banca Solidária”, com alimentos arrecadados pelo Banco de Alimentos da cidade de São Paulo, que os clientes podem levar gratuitamente, dentro de um limite de quantidade indicado. Nas bancas dos dois Armazéns inaugurados, o volume de alimentos doados já ultrapassa 10 toneladas. O novo Armazém Solidário funcionará de terça a sábado, das 9h às 18h. 

Ao todo, o programa prevê a abertura de sete lojas para atender o público de diferentes bairros. Além de São Miguel Paulista, City Jaraguá e Jaraguá, estão previstos Armazém Solidário na Estrada do Sabão, em Guaianases, Cidade Tiradentes e na Freguesia do Ó. 

“Além das aberturas desses sete Armazéns, prevemos a aquisição de alimentos oriundos da agricultura familiar, além de produtos orgânicos, também a custos menores e acessíveis para a população em vulnerabilidade, ampliando om empoderamento das pessoas às escolhas de hábitos alimentares saudáveis e mais nutritivos”, ressalta o secretário. 

 

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