Notícia na íntegra
Prefeitura oferece programas de apoio ao combate às drogas e ao alcoolismo
Apoiar pessoas com problemas relacionados ao uso de álcool e drogas, assim como suas famílias, além de enfatizar a importância das ações de prevenção a esses males é uma das metas da Prefeitura de São Paulo. Uma das iniciativas para essa ação é a ModeraSP, funcionalidade disponível dentro do aplicativo municipal e-saúdeSP, voltada para a prevenção do consumo excessivo de álcool. Trata-se de uma importante aliada das equipes das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) na conscientização sobre os riscos do uso de bebidas alcoólicas. Mais de 50 mil usuários já utilizaram esse recurso.
A ferramenta tem o objetivo de fornecer orientação e estimular mudanças de comportamento na população sobre o consumo de álcool. Além de promover a educação em saúde, a ModeraSP detecta casos de alto risco para direcioná-los ao tratamento na Rede de Atenção Psicossocial (Raps) do município.
Ao acessar o e-saúdeSP, o usuário inicia sua experiência no Modera SP respondendo ao "Alcohol Use Disorders Identification Test" (Audit), um questionário desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e validado no Brasil. Com até dez respostas, a ferramenta fornece uma pontuação que classifica os padrões de consumo de álcool em quatro áreas de risco (Baixo Risco, Risco Moderado, Alto Risco ou Possível Dependência).
Após a avaliação a ferramenta direciona o usuário para um "Plano de Mudança", incentivando uma reflexão sobre a redução ou interrupção do consumo de álcool. Nesta etapa a pessoa pode assistir a vídeos motivacionais, participar de quizzes sobre mitos e verdades do álcool, refletir sobre suas motivações para beber, praticar exercícios respiratórios e definir um limite semanal de consumo, registrado em um "Diário de Consumo" que é pode ser modificado e monitorado semanalmente.
A biblioteca de conteúdo disponível oferece informações sobre receitas de drinques sem álcool; os danos da bebida à saúde; custos associados e vídeos com dicas de especialistas, além de direcionar o usuário para encontrar ajuda especializada em álcool e drogas direcionando para a página da Prefeitura.
Caso a ferramenta identifique que o usuário está na zona 4 (possível dependência), a Unidade Básica de Saúde (UBS) é notificada para realizar uma busca ativa e oferecer acolhimento com acompanhamento médico e multidisciplinar, que pode incluir diagnósticos, intervenções individuais ou coletivas, ou encaminhamentos para o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD).
Saúde Mental
A data de 20 de fevereiro é considerada como o Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo. Segundo o inquérito telefônico Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas (Vigitel) de 2023, 20% da população maior de 18 anos na cidade consome álcool de maneira abusiva.
O cuidado com a saúde mental para aqueles que enfrentam questões relacionadas ao uso excessivo de álcool e outras drogas é fornecido por meio de uma rede estruturada de serviços da Secretaria Municipal de Saúde, chamada Rede de Atenção Psicossocial (Raps). Implementa estratégias de redução de danos, entre outras iniciativas. Os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) especializados em Álcool e Drogas (AD) funcionam em regime de porta aberta, oferecendo acolhimento imediato sem a necessidade de agendamento.
Um deles é o Caps Álcool e Drogas (AD) III Paraisópolis onde o usuário Bruno (nome preservado a pedido do entrevistado) está em tratamento desde 2022. “Por ser um assunto delicado, tanto para nós, como para nossas famílias e para a sociedade em geral, normalmente encontramos dificuldade para falar a respeito, de procurar ajuda e tentar resolver os problemas diários. Por ser um centro específico (para o atendimento de pessoas que possuem problemas com álcool e/ou outras drogas), os profissionais estão preparados para lidar e atender quem tem esse tipo de dificuldade. Quando cheguei ao Caps AD, eu estava em situação de abuso de substância muito grande, que estava atrapalhando meu convívio familiar e social. Consegui afastamento do trabalho, fiquei por 15 dias no acolhimento integral, e depois mais um mês de acolhimento diurno (retomando algumas atividades diárias). Estou há um ano e meio de volta ao trabalho, conseguindo executar as atividades com sobriedade (trabalho, estudo etc.)”, afima o rapaz.
Procurar ajuda é fundamental para dar início ao tratamento, que pode ter altos e baixos. “Continuo frequentando o Caps para permanecer no tratamento e não voltar ao que era antes, tomando a medicação correta, participando dos grupos, consultas e exames médicos, contando outros profissionais para conversar sobre o que está acontecendo. Não é fácil, é uma luta diária, porém, sabemos que temos um lugar que podemos contar em caso de dificuldades para lidar com esses problemas”, afirma Bruno.
Tatiana Helena Silva, gestora do Caps AD III Paraisópolis, conta que o trabalho do Caps é de porta aberta para quem busca de forma espontânea ou encaminhada, e é indicado para as pessoas que têm dificuldade de diminuir ou parar o uso. “Os maiores desafios estão ligados à adesão dos serviços, porque o consumo de álcool e drogas muitas vezes está ligado às questões culturais, do grupo ou de comportamento, que vão marcando esta questão da continuidade. Outra dificuldade é que muitas vezes o usuário perdeu a rede de apoio para um tratamento mais regular”, explica a gestora.
A cidade de São Paulo conta com 103 Centros de Atenção Psicossocial (Caps), divididos em 34 unidades para a população infantojuvenil (IJ), 34 para adultos e 35 voltados para álcool e drogas (AD). Os Caps IJ e AD são os principais serviços dedicados ao cuidado contínuo de indivíduos que apresentam sofrimento relacionado ao uso prejudicial de substâncias.
SECOM - Prefeitura da Cidade de São Paulo
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