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Segunda-feira, 2 de Dezembro de 2024 | Horário: 14:24
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Prevenção e detecção precoce do câncer de pele são temas da campanha Dezembro Laranja

Provocada principalmente pela exposição excessiva e o não uso de proteção solar, neoplasia cutânea tem várias manifestações. O melanoma é a mais grave

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), em 2023 foram estimados 7.230 casos de câncer de pele não melanoma e 940 de melanoma na cidade de São Paulo. Com o objetivo de prevenir e detectar precocemente esse mal, a capital participa da campanha Dezembro Laranja.

Um dos principais meios de detectar precocemente esse mal é o autoexame e, em caso de lesão suspeita, procure assistência nas 479 Unidades Básicas de Saúde (UBSs). 

O câncer de pele está diretamente relacionado ao aumento contínuo das temperaturas e das emissões de raios ultravioleta sobre o planeta. É provocado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem o tecido cutâneo, evolui de forma silenciosa e é de difícil detecção. Por isso é importante conhecer suas possíveis manifestações como pintas, feridas que não cicatrizam, eczemas ou outras lesões benignas, e ter consciência e de que pessoas de pele clara estão mais sujeitas à doença. Conhecer bem a própria pele e saber em quais regiões existem pintas também faz diferença na hora de detectar irregularidades.

Saiba mais sobre cada tipo:

Carcinoma basocelular (CBC): é o câncer da pele não melanoma mais frequente, de baixa letalidade. Surge normalmente em regiões expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Também pode se desenvolver em áreas não expostas, ainda que mais raramente. Causa o aparecimento na pele de um pequeno tumor avermelhado e brilhoso, que cresce lentamente ao longo do tempo, podendo formar crosta central e sangrar com facilidade.

Carcinoma espinocelular (CEC): este é o segundo tipo não melanoma mais comum. Também é mais frequente nas áreas expostas ao sol como orelhas, face, couro cabeludo e pescoço. Mas pode se desenvolver em todas as partes do corpo. Além da exposição excessiva ao sol, o CEC também pode estar associado a cicatrizes na pele e uso de drogas antirrejeição de órgãos transplantados, além da exposição a certos agentes químicos ou à radiação. Esse câncer, que é duas vezes mais frequente em homens, tem coloração avermelhada e se apresenta na forma de machucados ou feridas que não cicatrizam, ou pode ainda se assemelhar a verrugas.

Melanoma: é o tipo menos frequente, porém tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. Tem origem nos melanócitos, as células que produzem melanina, o pigmento que dá cor à pele, e se inicia nas camadas superficiais da cútis. Porém, nos estágios mais avançados, a lesão torna-se mais profunda, o que aumenta o risco de metástase, ou seja, de se espalhar para outros órgãos. 
 

Geralmente tem a aparência de uma pinta ou de um sinal na pele, em tons acastanhados ou enegrecidos, que vão crescendo e mudam de cor, de formato ou de tamanho. 

A hereditariedade desempenha um papel central no desenvolvimento do melanoma. Por isso, familiares de pacientes diagnosticados com a doença devem se submeter a exames preventivos regularmente. No entanto, as chances de cura são de mais de 90% quando há detecção precoce da doença.

Fique atento aos sinais

  • Uma lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente;
  • “Regra do ABCDE”: pintas Assimétricas, com Bordas irregulares, Cor variada, Diâmetro maior que 6mm e Evolução com mudança no tamanho, forma, cor ou aparecimento de outros sintomas;
  • Lesões enegrecidas  nas plantas dos pés e palmas das mãos  e unhas; 
  • Uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento;
  • Em casos mais avançados, de câncer de pele com metástase, também podem ocorrer outros sinais como nódulos na pele, inchaço nos gânglios linfáticos, falta de ar ou tosse, dores abominais e de cabeça, por exemplo.

Prevenção
Evitar a exposição excessiva ao sol continua a ser a melhor estratégia contra o câncer de pele e os cuidados devem ser redobrados, uma vez que a incidência dos raios ultravioleta está cada vez mais agressiva em todo o planeta. O alerta vale para pessoas com todos os tipos de pele, embora os grupos de maior risco sejam os de pessoas com pele clara, ruivas e  cabelos ou olhos claros. Já na pele mais escura o melanoma predomina nas plantas dos pés, palmas das mãos e unhas, sem correlação com exposição solar. Também devem redobrar os cuidados aqueles que têm antecedentes familiares com histórico de câncer de pele, muitas queimaduras solares, sardas e  pintas pelo corpo e já ter tido câncer de pele.

Dicas de proteção

  • Use óculos escuros e protetores solares;
  • Cubra as áreas expostas ao sol com roupas apropriadas, como camisa de manga comprida, calças e um chapéu de abas largas;
  • Evite a exposição solar especialmente entre 10h e 16h;
  • Na praia ou na piscina, dê preferência a barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta, pois o nylon deixa passa 95% dos raios UV;
  • Use filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou de diversão. Escolha produtos que protejam contra radiação UVA e UVB e tenham um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo, e reaplique a cada duas horas ou menos, nas atividades ao ar livre;
  • Observe regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas;
  • Mantenha bebês e crianças protegidos do sol, lembrando que protetores solares podem ser usados a partir dos seis meses;
     

Os endereços de todas as UBSs da capital podem ser consultados na página Busca Saúde.

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