Notícia na íntegra
Professora da Rede Municipal de Ensino desenvolve projeto sobre os povos originários a partir da história de sua família, o povo indígena Pankará
Um projeto sobre os povos originários, com crianças entre quatro e cinco anos e suas famílias, é o trabalho que Selma de Souza Sá, indígena do povo Pankará e professora da Escola Municipal de Educação Infantil Virgílio Távora, da Diretoria Regional de Educação (DRE) Santo Amaro, na Zona Sul, está desenvolvendo este ano.
Selma iniciou as vivências contando sua história por meio do livro Nãna e os Potes de Barro, escrito por sua irmã, Chirley PanKará. A obra traz a vivência da avó com as crianças e o trabalho que desenvolvia fazendo peças desse material.
Em um segundo momento a professora trabalhou com as diferentes cores de argila ao produzir tintas naturais com os pequenos. Na sequência, incluiu a diversidade dos povos originários ao conversar com as crianças sobre as vestimentas, em especial, a do povo Pankará.
No Dia da Família na Escola, Selma compartilhou com os alunos e seus responsáveis a leitura do livro de sua irmã.
Depois, foi a vez de apresentar adereços e cocar, o que contribuiu para desmistificar entendimentos equivocados a respeito da peça, inclusive, quando são construídos de forma estereotipada e com material como E.V.A., que é poluente. Ela explicou como são feitos, que cada povo faz de uma forma diferente e, às vezes, há diferentes tipos dentro de uma mesma aldeia.
O cocar usado pelo povo Pankará, por exemplo, é feito de uma planta típica da caatinga chamada Caroá e representa resistência. Selma e as crianças confeccionaram dois cocares e os colocaram em quadros que estão expostos na escola.
No mês de setembro, realizaram vivência com ervas medicinais. A professora apresentou as plantas, conversou sobre o uso delas e enviou uma pesquisa para casa. O objetivo foi que os alunos conversassem com a pessoa mais idosa de sua família sobre alguma planta medicinal que ela costumava utilizar. Desta forma, a intenção foi criar uma conexão intergeracional. O resultado da pesquisa será transformado em livro físico e digital.
A professora pretende ir com as crianças, antes do término do ano letivo, ao Museu das Culturas Indígenas (Rua Dona Germaine Burchard, 451, Água Branca, próximo ao Parque da Água Branca). Quando o projeto chegar ao final, os pequenos levarão para casa as ervas medicinais que plantaram na escola.
Além disso, Selma e seus alunos tiveram experiências com músicas indígenas e contação de história sobre vivências de infância da professora com elementos da natureza como sementes, folhas e pedras, entre outros. Ao final, as crianças usaram os materiais livremente para criarem brincadeiras.
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