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Domingo, 11 de Maio de 2025 | Horário: 12:22
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Programa Mãe Paulistana realizou mais de três milhões de consultas de pré-natal nos últimos quatro anos

Mulheres inscritas no programa também recebem bolsa com o enxoval para o recém-nascido. De 2021 até agora, já foram entregues mais de 270 mil enxovais

O Programa Mãe Paulistana atendeu, de 2021 até março deste ano, 451.330 mulheres e ofertou mais de três milhões de consultas de pré-natal. O atendimento humanizado, aliado a uma ampla estrutura, proporciona segurança a mães, bebês e familiares.

Para garantir uma gravidez saudável, a inclusão da gestante no Programa Mãe Paulistana acontece na Unidade Básica de Saúde (UBS) na fase inicial, até a 12ª semana de gravidez, garantindo, além de consultas de pré-natal, a realização de exames laboratoriais e ultrassonografia, testes rápidos para ISTs e também cuidados especiais, caso seja diagnosticada gravidez de risco. Além das 479 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), a porta de entrada do SUS na capital, participam do atendimento 23 Ambulatórios de Especialidades (AEs), 16 maternidades e duas casas de parto.

De acordo com Ligia Santos Mascarenhas, coordenadora da Área Técnica de Saúde da Mulher, a eficácia do programa está associada a um trabalho pontual das equipes das UBSs, que realizam, cotidianamente, o trabalho de busca e inclusão das gestantes. “Por meio da atenção integral às futuras mães, é possível detectar precocemente eventuais problemas e riscos à gestação, o que assegura um parto mais tranquilo e melhor assistência ao recém-nascido”, disse.

Detalhes que fazem a diferença

As mulheres inscritas no programa também recebem bolsa com o enxoval para o recém-nascido. De 2021 até agora, já foram entregues mais de 270 mil enxovais. Outro ponto importante do Programa Mãe Paulistana, que proporciona segurança às gestantes, é a possibilidade de realizar uma visita antecipada à maternidade de referência para o parto, com garantia de vaga quando chegar a hora. E, quando o bebê nascer, estão garantidas também a consulta da puérpera, além da primeira consulta do recém-nascido.

Para o bebê, segundo a Coordenadora da Área Técnica de Saúde da Criança e do Adolescente, Athenê Maria de Marco, o Mãe Paulistana garante vaga em uma creche da rede municipal de ensino. Para isso, é necessário que as gestantes iniciem os atendimentos do programa de pré-natal até o 4º mês de gestação, além de informar seu endereço no sistema Escola Online (EOL), com o auxílio de agentes da UBS onde realiza o pré-natal. A vaga será disponibilizada pela Secretaria Municipal da Educação (SME) no mês indicado pela gestante.

Partos

A prevalência dos partos na capital é de cesarianas. Desde 2021, foram realizados 330. 619 partos por cirurgia cesariana, enquanto o número de partos normais foi de 273.915. Desse total, 37.969 foram gravidezes de risco. Para estas gestantes que precisam de acompanhamento especial, são oferecidos os serviços dos Ambulatórios de Alto Risco, que funcionam em Hospitais Dia e maternidades, além da central telefônica Mãe Paulistana Digital, dentro do aplicativo e-saúdeSP. Nela, as futuras mães contatam as equipes de saúde, que fazem o acompanhamento gestacional também remotamente.

Cuidados com os recém-nascidos

Os recém-nascidos na capital também têm acesso ao teste do pezinho ampliado, que detecta até 50 doenças metabólicas, genéticas ou endócrinas de forma precoce, e, caso seja necessário, a exames complementares e consulta com geneticista utilizando o Serviço de Referência em Triagem Neonatal do Instituto Jô Clemente aos recém-nascidos do município de São Paulo.

Como parte da Triagem Neonatal, a rede municipal realiza a Oximetria de Pulso, também chamada de teste do coraçãozinho, para diagnóstico precoce de cardiopatia congênita crítica. O diagnóstico precoce é fundamental, pois pode evitar choque, acidose, parada cardíaca ou agravo neurológico antes do tratamento da cardiopatia.

O Teste do Olhinho, realizado em todas as maternidades, pode detectar qualquer alteração que cause obstrução no eixo visual, como catarata, glaucoma congênito e outros problemas, possibilitando o tratamento no tempo certo e o desenvolvimento normal da visão. 

Outra ação importante para a saúde ocular das crianças é o atendimento de recém-nascidos com diagnóstico de retinopatia da prematuridade (ROP) e outras demandas oftalmológicas, por meio de oftalmologistas, já nas maternidades. A retinopatia da prematuridade é uma das principais causas de cegueira prevenível na infância. Os recém-nascidos abaixo de 1.500g de peso e de idade gestacional menor ou igual a 32 semanas estão mais sujeitos a desenvolver a doença, que, se não diagnosticada e tratada precocemente ainda na maternidade, pode levar à cegueira irreversível.

Os recém-nascidos nas maternidades municipais e sob gestão municipal também realizam a Triagem Auditiva Universal, por meio da qual são identificadas possíveis deficiências e realizados agendamentos dos casos que falham para diagnóstico e intervenção em serviços especializados, os Centros Especializados em Reabilitação (CERs).

Outro exame oferecido é o Teste da Linguinha, que avalia o frênulo da língua em bebês em todas as maternidades, com objetivo de diagnosticar e indicar o tratamento precoce das limitações dos movimentos da língua causadas pela língua presa, que podem comprometer as funções de sugar, engolir, mastigar e falar.

UBS possui equipe dedicada a indígenas

A Unidade Básica de Saúde (UBS) Real Parque, localizada na Zona Oeste da cidade, acompanha atualmente 67 gestantes pelo Programa Mãe Paulistana. A maioria é jovem, na faixa etária entre 25 a 29 anos, vivendo em áreas de vulnerabilidade do território e em sua primeira gravidez.

“Desde 2008 até 31 de março deste ano, atendemos 2.903 gestantes no pré-natal, que vêm não apenas para as consultas médicas, mas também são assistidas por uma equipe multiprofissional composta por assistente social, enfermeiro, fisioterapeuta, educador físico, psicólogo, farmacêutico, nutricionista e fonoaudiólogo”, comenta Leonardo Monteiro Teixeira, gestor da UBS Real Parque.

Ele também destaca um avanço no comportamento dos pais, que, convocados pelos profissionais das equipes, têm acompanhado as mulheres não apenas durante a gestação, mas também após o parto.

A unidade conta com três equipes de Estratégia da Família (ESF), sendo uma delas voltada especificamente ao atendimento da população indígena Pankararu, que tem 182 famílias no território, com 668 pessoas cadastradas, além de 140 indígenas que transitam em outros territórios. Há 19 anos, essa UBS atende a população indígena.

A enfermeira Catiane Alves de Moura, 35, atua na equipe ESF indígena há um ano e meio. Ela conta que a maioria das gestantes reside em contexto urbano, mas algumas moram no território e outras deslocam-se de diferentes bairros e até estados. “Recebemos mulheres da Paraíba, de Embu e Parelheiros; isso porque aqui reconhecemos a importância das tradições e realizamos o acolhimento.”

Filha de pai da etnia Pankararu, Luciara de Araújo Barbosa, 29 anos, cuidadora de crianças, foi atendida pelo Programa Mãe Paulistana por meio da equipe ESF especializada em saúde indígena. Apesar de viver em contexto urbano, Luciara mantém muitas tradições. Ela conta que a médica que a acompanhou na gravidez respeitou seus costumes e substituiu em seu receituário a indicação de um medicamento alopático por uma erva que fazia o mesmo efeito. “Esse respeito às tradições dos povos originários é algo que destaco como um dos aspectos positivos do atendimento", afirma Luciara. O filho Zyon já está com três meses e ela diz que foi muito bem assistida pelo programa.

 

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